Capítulo 6 - Fábio Machado

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Gabrielle sorri como uma garotinha que foi pega fazendo uma arte. Ela coloca o cobertor em cima de uma das macas dos paramédicos, segura no braço da vovó e a vai conduzindo dali.

-Eu... não podia deixar aquela menina ali... eu tenho um tchã com crianças, sabe...

-Você apareceu nua, num jardim... se embrulhou com um brilho azul para atravessar as chamas... saiu de dentro de um incêndio sem nenhum machucado... Meu anjo...

As duas se abraçam. Os olhos da velha senhora estão brilhando de todas as lágrimas que escorriam deles. Gabrielle a aperta forte, com muito carinho!

-Eu preciso que a senhora volte. Volte para o abrigo. Ainda não posso ir embora, tenho coisas a fazer aqui.

-Sim, eu entendo, meu anjo... agora eu entendo que nada que eu lhe disser irá fazer você ir embora daqui...

-É isso mesmo, vovó!!! E tome muito cuidado, porque eu não estarei com a senhora para protegê-la no caminho até o abrigo, heim! Afinal, só ELE pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo!

Elas se despedem. A vovó começa a fazer o caminho de volta.


Gabrielle para diante do prédio, que agora está completamente destruído. O bombeiro que a ajudou vem lhe fazer companhia:

-Você morava aqui?

Gabrielle olha pra ele e não responde nada.

-Me desculpe a pergunta – insiste o jovem bombeiro – mas eu nunca havia visto uma moça tão corajosa como você... Ou tão maluca, aí você quem escolhe!

Gabrielle sorri:

-Não, não morava. Eu só estava passando!

-Jura? Que maluquice é essa? E aonde é que uma doida tão linda mora?

-Pera aí, isso é uma cantada?

-De maneira nenhuma, senhorita, eu estou apenas fazendo o meu trabalho, sabe... estou coletando informações, oras.

-Então você é detetive da polícia?

-Hahahahaha... não, sou bombeiro, oras!

Por alguns segundos os dois ficam em silêncio, trocando olhares. Até que o rapaz fala:

-Posso... te tocar?

-O quê?! – Gabrielle se assusta com a pergunta e dá um passo pra trás.

-Eu... naquela hora, eu tentei te cocar... mas meus dedos passaram por dentro do seu braço... e você desapareceu bem na minha frente... eu fiquei gelado naquela hora, sabe... eu sei que não foi alucinação da minha cabeça....

Gabrielle fica olhando para o jovem firmemente. Então ela começa a ver uma luz amarelada em volta de seu corpo... uma forte sensação de esperança, expectativa e inspiração saía da aura daquele rapaz... Definitivamente aquele era um homem bom. Gabrielle resolve confiar nele:

-Se eu te disser que posso fazer algumas coisas meio.... sei lá, meio loucas assim... tipo deixar os dedos das pessoas passarem pelo meu corpo, ou ficar transparente...


Os dois ficam parados ali, na frente do prédio em chamas, conversando sobre vários assuntos. Meia hora se passa. Uma hora se passa.

-Meu nome é Fábio Machado.

-Meu nome é Gabrielle... dos Anjos!

-Lindo nome, Gabrielle. Posso te pagar uma cerve...

-Um sorvete!!!! Claro!!!

-Isso, um sorvete!!! Lógico!!!

E a conversa continuo por mais um bom tempo...



Fim do Capítulo 6


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Os Agentes da Penumbra: GabrielleWhere stories live. Discover now