— Oi sou Bruno.

Bruno? Aquele Bruno que maltratou a minha Alice quando era mais nova? E estava segurando a minha filha? Desgraçado. Não pensei duas vezes e meti-lhe um soco na cara.

— ELIJAH!

Alice veio para cima de mim na intenção de me segurar, mas a minha raiva era enorme. Eu a empurrei com força demais e ela acabou batendo a cabeça e desmaiando.

— Alice! — o idiota se aproximou dela.

— SAI! ELA É MINHA NOIVA!

— FOI VOCÊ QUE A EMPURROU, SEU BABACA.

Me subiu uma raiva e uma vontade de bater na cara desse imbecil de novo, mas eu me detive assim que vi que a cabeça dela sangrava.

— MERDA!

Me levantei correndo, fui para o corredor e comecei a gritar.

— MAX, ISAAC, LEVI, ARCHIE POR FAVOR. ALGUEM. — vi todos saírem dos seus quartos e Lanay também — CHAMEM UMA AMBULANCIA.

Voltei correndo para o quarto e vi o imbecil do Bruno com Alice no colo.

— ME DA ELA!

Ele não me escutou e a colocou na cama. De repente todos entram no quarto.

— O que aconteceu? Quem é ele? — Archie perguntou.

— Bruno? — Lanay disse e os meninos olharam para o Bruno.

— Bruno? Aquele Bruno? — Max perguntou e Lanay assentiu.

Vi no mesmo momento Archie avançar para cima dele e Levi o segurar.

— SAI FORA DAQUI! — Levi gritou. Levi nunca grita a não ser que esteja com raiva — OU EU O SOLTO.

— Não me importo. O tatuado aqui já me bateu uma vez. Eu não saio daqui, até ela acordar!

— Já acordei, agora sai. — Vi Alice se mexer na cama e eu fui até ela.

— Amor, desculpa. Como você está?

— Minha cabeça dói. Demais. Anna?

— Está dormindo. — Bruno quem respondeu. O fuzilei com o olhar.

— O que ainda faz aqui? — Isaac disse calmamente. Mas do jeito que ele olhava para o imbecil dava para se saber com quanta raiva ele estava.

— EU NÃO VOU SAIR DAQUI!

Bruno gritou e eu por muito pouco não tinha pulado em cima dele. Sorte a dele, que Alice me segurou.

— AH VAI!

Levi soltou Archie que praticamente o colocou para fora. Archie e Levi saíram do quarto junto com o idiota.

— Alice tudo bem? — Lanay se aproximou de nós na cama.

— Sim. Carly?

— OH. — ela gritou e saiu correndo.

— A deixamos dormindo. Mas Lanay não gosta de deixá-la sozinha. — Max explicou. — Mas o que aconteceu aqui?

— Eu entrei e vi-o segurando minha filha. Ele se apresentou e eu parti para cima dele. Alice tentou separar e eu sem querer a empurrei. E acabou batendo a cabeça.

Abaixei a cabeça, pois senti meus olhos queimarem. Não quero chorar. Odeio ser fraco. Alice puxou meu rosto para o seu e me beijou.

— Amor, eu sei que foi sem querer! — disse, parando de me beijar.

— O que ele fazia aqui? — perguntei.

— Ele disse que queria conversar. O que eu não sei. Ele veio com esse papo no Brasil também.

— No Brasil? Vocês se encontraram lá? — ela nunca me disse que tinha encontrado esse imbecil por lá.

— No dia que você foi embora. — ela abaixou a cabeça, mas continuou falando — Eu sai de casa furiosa e me sentei em um banco da praça que tinha perto de casa. Aí ele chegou e disse que queria ser meu amigo.

— O que você disse?

— Claro que eu disse não. Depois de tudo o que ele me fez eu ainda iria ser amiga dele? Uma coisa que eu admiro em mim, é que eu não esqueço nada. As pessoas que me fizeram mal eu excluo da minha vida sem chances de volta.

— Porque ele segurava Anna?

— Ele queria vê-la. Eu não deixei. Até que ela começou a chorar demais e eu a peguei no colo. Ele fez carinho em seu rosto e ela sorriu. Eu achei estranho. Quando eu estava grávida ela só havia mexido para o Isaac e...

— Eu tenho privilégios! — Isaac disse fazendo bico. Olhei de cara feia para ele. — Desculpa. Pode continuar.

— Continuando... e assim que ele fez carinho nela ela sorriu. É difícil alguém conseguir isso.

— Eu nunca consegui! — eu disse e sai do quarto.

Como pode minha própria filha não sorrir para mim? E ainda por cima sorrir para um estranho que fez mal a mãe dela? Não posso culpá-la disso, ela é tão novinha e não sabe da crueldade que o mundo é. Talvez eu não devesse ser o pai dela!

Ei. Eu posso não ser o pai dela? Sempre que eu chego perto da Alice, a beijo Anna reclama. Quando Alice estava grávida eu mexia na barriga dela e Anna não mexia para mim. Quando a pego no colo ela nunca sorri. Alice deixou aquele idiota pegar nossa filha no colo. Ela sorriu. Eles se encontraram no Brasil e ela nunca me contou. Será que...?

VIDA A QUATROWhere stories live. Discover now