Capítulo 3- O Marques Das Serpentes

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Olá minhas ciganas!
Como brinde de carnaval, mais um capítulo do nosso Marquês!
Olha só, me segue lá no Instagram: @dankamaiaoficial
Vamos trocar ideias e energia!
Bom feriado para todos!

A noite começou caindo no pé da serra, da minha cama a escuridão vinha do leste para oeste, era assim que eu sabia que mais uma vez o dia havia findado. Eu pensava em cada segundo daquele dia tão particular em minha vida quando escutei a voz de meu pai aproximando-se da porta. Parecia conversar com alguém, imaginei que fosse madrinha, contudo ao abrir a porta e entrar quarto adentro vi que era Enola.

_ Vim trazer sua prima para lhe dar boa noite Francesco. - Enola arredia, mal olhava para meu pai - Não vai falar nada filho?

_ Obrigado por vir. - foi tudo que consegui falar.

_ Ela fez questão Frank. Não foi Enola?

_ Verdade. Queria lhe dar boa noite Frank.

_ Obrigado.

_ Eu quero que você saia mais desse quarto com sua prima. Vocês precisam conversar mais. Se conhecerem melhor.

Eu pensei que para não ter o Clóvis empurrando sua cadeira por todos os lados, seria melhor alguém da idade de vocês, e pensei no filho do Pedro. Enola foi quem me fez lembrar de Ismael.
Por um segundo foi a minha vez de baixar a cabeça suspirando pesadamente e depois sacudi-la concordando.

_ Gostou mesmo da ideia filho?
_ Sim, meu pai. - quase me afogando na saliva de ódio em minha boca.
_ Então está acertado. Depois de seus cuidados matinais Ismael virá aqui para que vocês possam prosear bastante.

O que não faltam são lugares maravilhosos em Doze Cedros para vocês se divertirem. O ar fresco e a companhia dessa bela mocinha vai te renovar mais ainda. É tudo que eu mais quero nessa vida! - ao colocar a mão no ombro de Enola vi nos olhos do coronel Francavilla todo o engenho de mais um passo em sua armadilha.

_ Meu tio, posso falar a sós com Frank por um minuto?
_ Mas é claro. Fique o tempo que desejar. Mais tarde peço a Edite que venha busca-la minha doce sobrinha. Com licença.

Assim que deixou o quarto, Enola voou para a maçaneta trancando a porta e em seguida jogou-se em minha cama .

_Quero que peça desculpas a Ismael.
_ Não vou mesmo.
_ Vai sim. Deve um pedido sincero de desculpas a ele. Se não fizer isso não falarei mais com você Frank.
_ Por que é tão importante para você que eu peça desculpa aquele mequetrefe?
_ Porque passaremos muito tempo juntos. Perto de mim você tratará o Ismael bem. Eu não aceito menos que isso! - cruzando os braços.

Uma vez ouvi de um algum homem numa conversa paralela que mulheres são seres demoníacos, eu não entendia a razão até aquele dia.
_ Você se importa muito com ele, não é?
_ Eu não gosto de injustiça Frank. Na Verdade, eu odeio. Fico do lado de quem foi injustiçado seja lá quem for.
_ Sei.
_ A prova disto foi ter ido ao banheiro com você mesmo depois do que fez a Ismael.
_ Do que está falando?
_ Naquele hora do almoço eu vi o quanto você estava sendo injustiçado por tio Giorgio. Fazendo firulas na frente dos convidados quando nem liga para você. Eu fiquei do seu lado e por isso lhe fiz companhia e por isso estou aqui.

Descobri que além de seres demoníacos, as mulheres também podem ser serem encantadores.

_ O que me diz?
_ Não posso pedir desculpas a um...
_ Meça suas palavras Frank. - com dedo agora em punho quase dentro do meu nariz.
_ Você pode empurrar minha cadeira. Não precisamos dele.
_ Ah é? E se precisarmos de algum tipo de ajuda? Eu não conheço bem a fazenda que é enorme. Frank, eu quero poder levar você a cada canto desse lugar que é tão lindo! Por isso precisamos da ajuda de Ismael. - dentro de mim ainda reinava a dúvida se estava diante de uma bruxa ou de uma fada - Não gostou da ideia? Assim ficaremos mais tempo juntos. Poderemos brincarmos e nos divertir também.

O Marquês Das SerpentesWhere stories live. Discover now