Uma típica manhã de primavera

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— Quer saber um segredo? Eu também estou bastante excitado... — Confessou Pablo rente ao ouvido de Eric, logo depois dá um leve mordisco no lóbulo. O outro lobo rapidamente correspondeu ao estímulo, dando um rosnado nada contido. Suas mãos seguraram, de forma possessiva, as nádegas de Pablo e o forçaram a reiniciar o que tinham interrompido (temporariamente). Agora com mais vigor e fervor. Desta vez, era Pablo que continha os gemidos, mordendo o lábio inferior com tamanha forçava que um filete de sangue escorreu por seu queixo. Não sentia dor, entretanto, pelo contrário, sentia o mais puro prazer.

— E-Eric... — Arfou, suas garras, agora já expostas, se aprofundaram no ombro do outro lobisomem. Eric correspondeu com um uivo curto e abafado. Este era o limiar...

Pablo buscou, as cegas, os lábios do amante, logo o encontrou. Beijaram-se de forma desastrada, dentes se colidindo, ângulos errados de cabeça. Um gemido grutal foi emitido por ambos... O líquido quente preencheu o canal apertado de Pablo. O jato de gozo quente também escorreu entre ambos, indicando a ejaculação do lobo menor.

Continuaram a se beijar, agora mais lentamente, como que provando e saboreando o momento.

— Isso foi... Uau... — Balbuciou Eric depois de um tempo, deixando que suas mãos massageassem o escalpo do seu amado. Podia sentir a textura sedosa dos cabelos cacheados de Pablo, também notou o quanto o outro relaxava com os seus toques... Se fosse um gato, agora deveria estar ronronando.

— Lógico que foi ótimo! — Eric não conteve o riso com orgulho e confiança proferida por aquela fala.

— Não ria! — Pablo lhe deu um leve tapa... Correção... Os tapas daquele lobisomem nunca seriam leves. Eric soltou um resmungou ao sentir o golpe em seu ombro.

— Ai! Pablo! Eu não coleciono cicatrizes, sabia?

O outro deu os ombros.

— Pense nisso como marcas de afeto.

— Suas "marcas de afeto" doem! Se isso é amor, nem quero imaginar como seria as "marcas de ódio"!

— Não seja tão dramático! — Deu um selinho nos lábios seu parceiro emburrado — Esqueceu que lobisomens se recuperam rápido de seus ferimentos?

— Só por que temos essa habilidade não é justificativa de...

Pablo o calou com um beijo. No final, sempre discutiam pelas as mesmas coisas (as brigas entre eles era algo constante) e como sempre, logo após uma discussão havia um delicioso sexo de reconciliação.

— Sabe o que seria divertido? — Eric sentiu seu corpo tremer de antecipação, reconhecia aquele olhar vibrante, sempre antecedia a um plano formulado pelo o gênio da alcateia. Pablo não esperou pela a resposta do outro beta, assim, continuo — Se trocarmos.

— Trocarmos? — Eric arqueou uma sobrancelha, confuso.

— Sim. — Pablo lambeu a ponta do nariz do seu amante, sorriu de forma maliciosa. Os batimentos cardíacos de Eric deram um grande salto, apreciando o gesto doce e sexual — Acho que já está na hora de eu também experimentar... A sensação de te penetrar... De meu pênis entrar em você.

— O-o-o que?!

— Não fique tão surpreso. — Pablo fez biquinho, dando uma aparência estranhamente infantil, em total discrepância com a realidade — Você realmente pensava que iria ficar com toda a diversão?

— N-não... Lógico que...Não... — Na verdade, ele não esperava que o assunto surgisse assim, do nada! Bem que já devia estar acostumado, ao longo dos meses desde do início da relação deles, aprendera que seu amante podia ser bastante direto e incisivo durante seus momentos íntimos.

— Você não quer? — Agora Pablo parecia magoado.

— N-não é isso... — Eric lambeu os lábios agora secos. Seria hipócrita em esconder o fato de já pensar sobre o assunto... Queria experimentar tudo com Pablo. Sabia que não tinha a relação deles era de igual para igual. Lógico que a ideia de trocar seria mais do que perfeita — Eu adoraria... Seria...Algo legal...

— Owt! Você está corando? Que fofo!

— Cala a boca, Pablo... — Rosnou baixo, voltando ao seu estado anterior de emburrado.

— Não se preocupe, prometo que serei delicado, afinal essa é sua primeira vez. — Sem sombra de dúvida, Pablo o estava provocando.

— Tudo que estamos vivendo juntos até o momento... Pode ser classificado como primeiras vezes. Eu nunca estive com alguém por tanto tempo e... Nunca imaginei que poderia formar uma nova família. — Murmurou, desarmando totalmente o moreno — Fico feliz que todas as minhas primeiras vezes sejam com você.

— Não fale essas coisas... Seu grande idiota! — Pablo puxou o outro para um novo beijo. Era perfeito. Aquela manhã não podia ser mais perfei...

Um leve toque na porta os interrompeu.

— Papais? — A voz baixa de uma criança os alertou que a diversão matinal tinha acabado. Os dois, com rapidez, começaram a buscar por suas roupas de baixo enquanto a maçaneta da porta estava sendo aberta. Uma menina de longos cabelos castanhos e olhos grandes de íris púrpura observava a cena com curiosidade, em seus braços tinha o seu lobo de pelúcia inseparável: Pupu.

— Pupu disse que eu devis bater antes de entrar, não é educado entrar sem bater! — Anunciou a criança sem ligar para o alvoroço dos seus "papais" que tentavam colocar discretamente suas cuecas e o resto da roupa.

— Pupu está certo. — Disse Pablo dando uma risada nervoso, pelo o visto devia agradecer ao boneco inanimado por esse conselho, não queria que sua filha visse coisas que não seria apropriado para a sua idade. Podia sentir o gozo de Eric escorrer por suas pernas. Pegou as cobertas e amarrou na cintura e lançou um olhar suplicante para Eric.

— Na próxima vez, Petúnia... Espere que a gente diga que você pode entrar. — O outro lobo deu um cafune nos cabelos da sua filha adotiva que deu uma risada alegre.

— Mas, tio Gabriel disse que eu tinha que acorda-los! Essa era a minha missão especial! — Explicou a garotinha com alegria.

Pablo rosnou.

— Gabriel... Aquele cachorro vira-lata...Eu juro que vou...

— Bem, essa deve ser a forma dele se despedir, não é mesmo? — Disse Eric tentando apaziguar os ânimos de seu parceiro, já que era bem possível que o outro beta se lançasse na caçada do curandeiro da alcateia (também tendo o título não oficializado de "conselheiro amoroso") e esquecesse da sua situação presente — Que tal tomarmos banho e depois descer? Gabriel logo irá partir.

— A conferência anual do conselho para os curandeiros de todas as Alcateias... — Resmungou Pablo enquanto seguia para a porta do banheiro, ainda bem que agora eles tinham um quarto suíte, seria muito estranho sair andando daquela forma pelos corredores da grande casa, ainda mais, o cheiro do que eles tinham feito seria facilmente farejado por qualquer outro membro da alcateia. Trevis tinha tido a excelente ideia de que todos os casais ganhassem seus quartos-suítes, dando a devida privacidade aos amantes — Pelo menos isso irá afastar aquele curandeiro enxerido por algum tempo. Teremos férias!

Pablo se trancou no banheiro e Eric soltou uma risada. Sabia que todos sentiriam muita falta das confusões que Gabriel criava. Sempre provocando os casais e dando algumas sugestões um pouco pervertidas. A alcateia não seria a mesma nessas semanas na qual ele estará afastado.

— Papai Eric... Eu cumpri bem a minha missão? — Perguntou receosa a menor.

— Sim, querida! — Disse ficando de joelhos, para assim ficar no mesmo nível de sua filha, e lhe deu um beijo na testa — Você é a minha grande loba guerreira!

— Yeah! — Comemorou a pequena — Sou uma loba guerreira! — Tentou uivar, mas o som que saiu mais parecia algo emitido por aqueles brinquedos que quando pressionados apitam.

Eric riu, pode ouvir que Pablo também gargalhava do banheiro. Mesmo com a interrupção de suas atividades, sabia que aquela manhã ainda continuava perfeita.


Sangue de Lobo (Romance Gay)Where stories live. Discover now