Mariposa (Série Vampira e Presas) - Livro Um (Concluído)

Capítulo 1

— Bom dia, flor do dia — Christian sempre é irônico e adora encher o meu saco logo pela manhã.

— Não sou uma flor e não estou em um bom dia. — respondi enquanto pegava uma xícara de café e saía dali.

Sim vampiros comem comidas de humanos , isso não nos alimenta, mas nos ajuda a parecer mais com eles—  e café me acalma por incrível que pareça. 

— Que bicho mordeu ela? — Christian perguntou com tom de irritação.

— Deve ter sido um lobo, chamado Harry— o John adora falar sobre o Harry só para me provocar. 

— Você não tem moral pra falar do Harry — eu já estava com as duas mãos na mesa, quase acertando um golpe nele.

Se ele fizesse mais uma gracinha iria levar um soco, não ligo para o fato dele ser mais forte do que eu:

— Ei, vocês, não comecem. Mal amanheceu e vocês já querem brigar — diz meu pai sempre autoritário.

— Ah, vão para a merda!  — joguei a xícara no chão e saí de casa com raiva enquanto batia em todos os móveis a minha frente. Quando saí bati a porta também, com força.

— O que eu fiz? — ouço a voz da minha mãe através da porta.

— Nada meu amor, ela é assim mesmo. — ouço meu pai responder e corro para longe dali.

Eu odeio que se metam na minha vida, odeio que se metam nos meus amigos e odeio eles!.

Não sei o que falta acontecer para estragar o meu dia mais ainda.

— Oi, minha sangue suga favorita! — Ah não, eu mereço.

—Oi, Harry — cumprimento friamente.

— Que foi? — pergunta preocupado.

—Minha família — respondo irritada.

Não gosto de falar muito sobre a minha família com ele, principalmente sabendo que eles não gostam do Harry.

— Está bem, agora vá procurar a sua matilha e me deixe em paz — ele fez uma cara de surpreso.

— Qual o seu problema hein? — ele pergunta segurando os meus dois braços, deixando-me cara a cara com ele.

— Vai atrás daquela sua "amiguinha" lobisomem e deixa a vampira insignificante aqui, sozinha.

— Que amiguinha? — pergunta fazendo-se de desentendido.

— Não sei, só ouvi vocês conversando ontem e você falou que eu era insignificante. — Me soltei dos braços dele e andei mais rápido.

— Você sabe que na frente deles eu tenho que mentir não é? Nossas famílias são inimigas mortais.

— É, mas na frente da minha família eu falo que você é meu amigo. Eu sou muito idiota e iludida.

— Não faz assim, você sabe que eu gosto de você.

— Eu saberia se você assumisse para a sua família — ele abaixou a cabeça.

Eu nunca tentei hipnotiza-lo, contudo acho que a minha vida seria melhor se ele me esquecesse.

— Harry, você vai me esquecer, você vai apagar todas as memórias que tem de mim. — Meus olhos estavam dourados e quando terminei eles voltaram ao azul natural.