Capítulo 45

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Laiza narrando

Acordei com algumas enfermeiras entrando no quarto, elas iriam trocar o soro e dar alguns medicamentos, aproveitei para ir comer alguma coisa na lanchonete do hospital.

Optei por um sanduíche natural com suco de laranja, estava cheia de fome e isso era demonstrado pelos bebês que davam pequenos chutes na barriga.

Não vejo a hora de tê-los em meus braços, imagino com quem cada um se parecerá. Tenho certeza que serão tão lindos quanto o pai.

Espero que Caíque acorde logo, é horrível não poder ter seu lábio no meu, não poder abraçá-lo e nem zoá-lo por demorar feito uma mulher para se arrumar.

Assim que terminei de comer voltei logo para o quarto, as enfermeiras já não estavam mais lá. Me aproximei dele e segurei em sua mão.

Lai- Bom dia, meu amor. Por que não acorda logo ? Preciso de você - chorava um pouco - Precisamos de você - pus sua mão em minha barriga, os bebês logo ficaram agitados, provavelmente ao reconhecer o toque dele - Eles amam o seu toque, eu também amo muito, sabia ? Vou precisar ir para casa, mais tarde eu volto okay ? - beijei sua bochecha - Até mais.

Saí do quarto indo em direção à fora do hospital, entrei no carro e dirigi-me para casa. Entrei em casa e todos me olharam confusos, provavelmente ao achar que estaria dormindo ainda.

Disse que depois explicaria o que aconteceu, precisava de um banho. Entrei no banheiro do quarto e me despi, entrei no chuveiro e deixei a água quente cair sobre o meu corpo, deixando-me um pouco mais relaxada.

Todos os meus pensamentos me levavam ao Caíque. Não é nada bom vê-lo deitado naquela cama de hospital, sem falar uma palavra sequer, sem rir da forma dele, sem poder ter seu toque. Só em pensar nisso me fez chorar.

Saí do banho e me sequei, voltei para o quarto, coloquei uma roupa folgada e simples, ajeitei o cabelo em um coque e desci, indo a procura de sorvete, estava necessitando.

Fui à cozinha e por sorte tinha sorvete no congelador, peguei o sorvete e uma colher, logo depois voltei para a sala e me sentei no sofá.

Nathan- Onde você estava ? - comecei tomar o sorvete, e algumas lágrimas já caiam por ele ter feito essa pergunta e ter feito eu lembrar do Caíque no estado em que ele está no hospital.

Isa- Nós ficamos preocupados.

Lai- Eu... Eu estava no hospital - voltei a cair no choro.

Nic- Como assim ?

Paulo- Por quê ? - todos me olhavam com um olhar de interrogação e eu só sabia chorar.

Nathan- E o Caíque, cadê ele ? - essa pergunta só me fez intensificar o choro, passando a soluçar mais alto.

Lai- Ele... Ele está lá - tentei controlar o choro. Logo as meninas, que estavam do meu lado, me abraçam, me fazendo chorar um pouco mais em seus ombros.

Isa- Agora para de chorar e diz o que aconteceu - secou as lágrimas que haviam caído.

Lai- Ele saiu ontem e não tinha voltado até a hora em que fomos dormir, lembram ? - todos assentiram, contei tudo para eles, que me acolheram em um abraço.

Eles choraram um pouco também, mas não quiseram demonstrar, quiseram fazer com que eu me sentisse confiante de que logo ele vão acordar e lembrar de mim, lembrar de todos.

Agradeço bastante por tê-los em minha vida, em vários momentos eu precisei e eles estiveram lá, me acolhendo sempre com o melhor abraço e confiança.

E de repente tudo mudou (Banda FLY)Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum