CAPÍTULO 4- Visita inesperada

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- Grace? - A voz da minha mãe. Desci o degrau da escada e me virei. Estavam todos me olhando, inclusive... ele.

- Oi. - Sorri sem graça,- Estava indo... Pegar... O meu celular.

- Grace! Ele está em seu bolso bobinha. - Isadora falou.

- Ah! - Olhei para o meu bolso fingindo de desentendida - É mesmo. - Sorri passando por todos, e me sentei a mesa com pressa. Todos se sentaram depois de mim e ficaram conversando, mas eu não ouvia o que diziam. Só pensando na vergonha que passei e no sorriso brincalhão de Rodrigo ao me ver. Ai surge a dúvida: Será que ele está olhando pra mim?

Levantei o olhar bem devagar, e vi um par de olhos verdes me encarando. Ele estava na minha frente, do outro lado da mesa, com o mesmo sorriso. Mordi o lábio inferior nervosa por ele estar me olhando desse jeito. Desviei o olhar dos seus e prestei atenção a conversa que estava rolando, entre meu pai e o senhor Ernest.

- Com certeza. - Ele gargalhou com algo que meu pai disse. - O Rodrigo as vezes também é assim. Mas esses dias ele está mais irresponsável que antes, mas tudo o que ele precisa, é de uma boa mulher. - Todos riram, enquanto eu segurei o riso, e olhei para Rodrigo que estava envergonhado com a mão na testa. Coitado.

- Sim, também penso assim em relação a Grace. - Minha mãe começou. Parei de sorrir e olhei pra ela pedindo a Deus que tapasse sua boca. - Ela já tem vinte e dois anos, e ainda está solteira e cada dia que passa fica mais durona. Mas tudo se resolve quando ela arranjar um homem que...

-- Mãe... - Suspirei, mas antes de fazer meu discurso sobre mulheres independentes que não precisam de homens para se sustentar que vi em algum lugar, meu pai me interrompeu.

- Vocês estão com fome? Sim, estão. - Perguntou sem esperar resposta. Ele sabia que eu iria discutir com minha mãe. - Clara! - Chamou nossa empregada, que logo chegou trazendo o almoço. Ou melhor, banquete.

Fui pro céu e voltei quando vi a comida. Todos os almoços que já comi na vida, estavam na mesa de uma só vez. Meu pai queria muito agradar o convidado, pois eles são amigos e pela cara dele, ele é bem refinado.

Durante toda refeição, Isadora se sentou ao lado de Rodrigo, fazendo várias e várias perguntas, me deixando até sem graça com perguntas me envolvendo no meio.

- Tá, eu já entendi que vocês não estão namorando. Mas vão não é? - Ela perguntou sorrindo.

- Não, Isa. Nós não...

- Ainda não porque sua irmã não admite isso. - Ele sorriu, acompanhado de Isa.

- O que? - Gritei e o suco quase saiu de minha boca. Todos na mesa olharam para mim, mais uma vez, no momento inusitado. Isadora riu satisfeita ao me ver assim. Essa menina vai me pagar, e não vai ser barato. Ele falou tão convicto como se me conhecesse há décadas e já estivesse prestes a se casar comigo.

- Ótimo almoço, Garry, mas agora precisamos tratar dos negócios. - Sr. Ernest falou se levantando, sendo seguido por meu pai.

- Claro. - Ele caminhou até o corredor. - Grace, poderia mostrar a casa para o Rodrigo enquanto nós resolvemos umas coisas? - Ia responder que não, mas ele não esperou minha resposta.
- Certo, se comportem.

Bufei entediada e por ter que perder meu tempo com ele. Tinha até esquecido da manchete.

- Então... Vamos? - Me levantei.

- Vamos. - ele levantou e veio para o meu lado.

- Quanto mais rápido te mostrar, mais rápido acaba. - sussurrei e andei até a sala, e ele me seguiu. Mostrei o jardim, a parte de trás da casa onde fica a área de lazer e a piscina, e sempre ele queria puxar assunto comigo, mas eu sempre cortava. Isadora também estava conosco e pulava para todos os cantos com seu novo melhor amigo. Sim, ela é uma traidora fuchiqueira.

Nova Chance Ao AmorWhere stories live. Discover now