First rose.

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O barulho irrita um pouco. As pessoas não parecem com paciência hoje e a maioria delas está nervosa. Olho no painel do carro. Droga, vou me atrasar e eu não quero isso. Há pessoas me esperando e a última coisa que quero é decepciona-las. Os carros voltam a se movimentar, fazendo com que eu faça o mesmo, tomando finalmente o caminho em direção à clínica.

Demora em torno de dez a quinze minutos até que eu chegue nela e estacione o carro no meu lugar adequado. Tiro a chave do comando e procuro pela minha bolsa, a guardando logo em seguida. Saio do automóvel moderno e o tranco. Anda, anda.

Passo pelo claro jardim e alguns médicos estrangeiros olham para mim e me mandam um sorriso amigável, retribuo o mesmo. O corredor de dentro está incrivelmente tranquilo em relação ao trânsito lá fora. A essência de naftalina e um pouco de soro fisiológico preenche meus pulmões, porém já estou acostumada com o cheiro. Há alguns pacientes sentados nas cadeiras almofadas. A grande maioria parece tentar ler um livro sem entrar em um estado mais... complexo, vamos dizer.

Deixo o longo corredor e procuro pela minha sala, onde vou pegar meu jaleco e os remédios que ele costuma tomar. Após alguns segundos acho a porta branca, onde em uma plaquinha de vidro está escrito em azul escuro Dr. Emily Mayson - psicóloga e neurologista. Abro um pequeno sorriso e pego na maçaneta, a girando.

A sala é liberada para minha visão. Adentro o ambiente. O ar já está ligado, a tornando um pouco mais gélida do que o restante da clínica. Deixo minha bolsa em cima da mesa do computador e pego meu limpo jaleco, o vestindo. Isso me dá a sensação de que já estou em atividade, já pronta para cuidar de meu paciente, mas é o que eu realmente estou. Vou até o pequeno frigobar e procuro pelos comprimidos necessários, o ar ainda mais frio bate no meu rosto. Os acho e os tiro da embalagem, colocando dentro de um recipiente metálico em cima da bandeja, que também está sobre o frigobar. Os comprimidos possuem tamanhos e cores diferentes. O frigobar volta a fechar sozinho enquanto eu coloco água em um copo para ajudar a, depois que ele tomar os medicamentos, engolir. Largo a jarra de vidro em cima da mesa e pego a bandeja em mãos, indo para a porta da minha sala.

Enquanto traço o caminho para a sala dele, penso em quanto tempo o mesmo já está aqui. Faz uns bons anos, se eu não me engano. De primeira eu não fui a médica nem psicóloga dele, mas depois eu fui selecionada para tal ocupação, e posso dizer que foi uma das melhores coisas que minha carreira já me proporcionou.

Aqui está. Apoio com cuidado em uma mão só a bandeja, e com a outra mão uso para abrir a porta. Faço isso devagar. Entro dentro do gélido quarto e me viro para encara-lo.

- Harold? - o chamo pelo seu doce apelido. Ele se encontra sentado na poltrona branca, observando a janela. Seus cachos estão mais volumosos hoje. Quando percebe minha presença, Harry vira o rosto e um sorriso toma conta do ambiente. - Hora dos seus remédios, querido.

Levo a bandeja até mais perto dele, enquanto o mesmo se ajeita na poltrona. Percebo só agora que ele traja roupas claras, assim como eu.

Apoio a bandeja em cima da cama e entrego o potinho de metal junto com os comprimidos e o copo d'água. As mãos grandes de Harry pegam as minúsculas pílulas, as levando em sua boca. Harry logo em seguida pega o copo de água gelada da minha mão e bebe um pouco do líquido translúcido.

O garoto de olhos verdes me devolve o copo, e eu o coloco sobre a bandeja. Abaixo até ficar na altura de seus joelhos e o encaro. O sono toma conta da minha visão, me deixando um pouco perdida.

- Tudo bem querida Emily? - sua voz está mais rouca, porém não deixa de ser confortável.

- Só sono, pequeno. Apenas isso. - me levanto e vou até a bandeja, que contém um bloquinho pequenino é uma caneta. Eu nem os percebi hoje de manhã, mas agradeço ele estar já aqui. Assim não preciso voltar até minha sala. - Certo, vamos fazer algumas perguntas, sim?

- Está bem.

- Qual seu nome? - nós costumamos fazer essas perguntas uma vez por semana. Elas servem para testar a memória do paciente, fazendo com que ele responda coisas simples porém que dizem se está tudo ocorrendo como ultimamente.

- Harry Edward Styles, ou Harold. Tanto faz. - isso me faz rir, assim como faz a Harry também.

- Qual sua idade?

- 19. Qual sua idade querida Emily?

- A minha? Eu tenho 20, sou apenas alguns meses mais velha que você. - respondo enquanto anoto suas respostas no caderninho.

- Você é nova. Relativamente nova pra já ser uma neurologista e psicóloga, não acha? - Harry ainda não havia perguntado sobre isso, o que me espanta um pouco.

- Eu sempre fui mais adiantada na escola, e também, onde eu estudei, se faz psicologia junto com neurologia. É confuso, mas você pega o jeito.

- Sim, consigo perceber. Exerce muito bem. - sorrio.

- Há quanto tempo mais ou menos você está aqui Harry?

- Se eu não me engano, três ou dois anos. - assinto.

- Sabe meu nome?

- Querida Emily. - ele diz baixinho.

- Esse não é meu nome, Harold.

- Mas é como eu te chamo, então é seu nome. - ele sorri. Seus dentes são bem alinhados e bastante limpos. - Emily Mayson.

- Muito bem querido. - escrevo no papel que seu procedimento está normal. Doce e calmo como sempre. Às vezes me pergunto como ele pode estar dentro de um manicômio. - Está ótimo. Sua memória continua estabilizada.

Ele concorda e olha para os lados. Sento na cama e fecho o caderno, o deixando na bandeja. Harry volta a encarar a janela, o que me permite ver seus traços. Ele possui a boca rosada demais, muitas vezes até mais rosa do que a minha. Os olhos são de um verde que dia está mais claro, dia está mais escuro, mas os deixa ainda mais fascinantes. Seus cachos são volumosos e suas bochechas são clarinhas, mas que muitas vezes adquirem uma coloração mais avermelhada. Ele possui costas largas, o que consequentemente faz seu tronco ser largo. Passo a analisar sua expressão. Ele está sério e parece um pouco perdido. Sua testa está minimamente franzida, o que faz com que a ideia de Harry estar concentrado me venha à cabeça. Harry só franze a testa quando está concentrado.

- Querida Emily? - o olho nos olhos.

- Sim?

- Nós podemos ir lá fora?

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Olha eu aqui de novo!
Então minha gente, tá aí! Primeiro capítulo dessa relação que vai se tornar adorável. Eu sei que esse comecinho tá meio nhenhe mas é só pra vocês conhecerem o que rola entre esses dois.

Eu realmente espero que vocês gostem da fic. Eu estou me esforçando bastante e fazendo ela com muito carinho. Os capítulos vão girar em torno de mil e duas mil palavras. ( isso se a coisa aqui não extrapolar de vez em quando)
Por enquanto ela é meu mozinho, mas vocês são meus mozões.

DIVULGUEM COLEM NA TESTA E JOGUEM GLITTER E ESTRELINHAS COLORIDAS!

All the love, Fah.

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