Capítulo 1 - Criança

58 4 1
                                    

19 anos atrás

Estava brincando no parquinho do orfanato, a senhorita Meliny deixou nos brincarmos aqui hoje. Estava entretido no balanço quando uma menina puxou a boneca de outra. Tive que ajudar.
- Devolve! - falei pra menina -
- Não precisa, deixa ela com a boneca - sussurrou mais não deu bola -
- Devolve a boneca! - falei de novo -
- Não vou devolver nada - falou e destruiu a boneca -
- O que está havendo aqui Arthur? - disse a senhorita Meliny -
- Ela pegou a boneca dela tia - falei indignado -
- Sempre se metendo em confusão Arthur.
- A senhora acha que ta certo ela destruir a boneca dos outros?
- Deixa isso pra la Arthur - disse baixinho com lágrimas nos olhos -
- Eu vou te devolver a boneca ta bom?! - ela assentiu
- Agora vamos Arthur, você vai conhecer os seus futuros pais.

Off

- Arthur, seu vôo já vai sair e você aí menino! Desce logo. - gritou minha mãe do andar de baixo -

Fiz minhas higienes e desci com a mochila nas costas.

- Ain. Meu bebezinho indo pra Itália. - falou chorosa - Vê se não me apronta nada viu Arthur - puxou minha orelha -

-Eu sei me cuidar tá mãe. Sou responsável. E outra, vai ser três anos, não se preocupe.

Minha mãe quando queria era muito dramática. Lembro de uma vez que eu tinha caído do banco e ela chegou com "Meu me ajuda" "Filho você tá bem?" "Quebrou alguma coisa" e eu sempre adorava ter a atenção dela só pra mim. Talvez eu também tenha feito drama e isso também a influenciou ela ser assim.

- Olha menino se eu receber um reclamação eu vou lá e te dou uns belos tapas tá ouvindo?!

- Deixa de marra mulher - chegou meu pai a abraçando por trás - Agora vamos antes que a sua mãe desista de te deixar ir pra lá.

- Vamo pai.

Saímos e fomos direto pro aeroporto. Passamos uns 20 minutos junto, quando meu vôo foi anunciado, era hora do "até logo".

- Bom, até logo, né?! - falei e minha mãe veio chorando até mim juntamente com meu pai - Eu vou voltar nas férias tá?! - Ela assentiu e me soltou, deu um beijo na minha cabeça e acariciou meu rosto -

- Eu posso não ter te gerado, mas você é o meu filho e eu te amo com todas as minha forças. Eu e o seu pai.

- Eu também amo vocês, pode ter certeza - abracei os dois - Agora deixa eu ir se não eu vou perder esse bendito vôo. Eu amo vocês.

- Nos também te amamos - disse meu pai - Quando chegar manda notícias pra saber se gostou do apartamento e se chegou bem.

Depois da despedida eu entrei no vôo preparado pra vida nova. Espero que seja tão bom quanto eu tô imaginando.



Oii gente! Obrigado a quem começou a ler o livro. Espero superar as expectativas de vocês. Até o próximo capítulo ♡

Um Romance Na ItáliaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora