- Você não entendeu só tem homens nesse lugar, você nunca vai conseguir entrar. - Alfonso respondeu.

- Hum entendi, só homens entram lá então? - mordeu o lábio pensativa.

- Sim e infelizmente é o único lugar que eu sei que aquele cara frequenta, eu não sei onde ele mora.

- Sem problemas, me empresta uma roupa sua e a gente vai pra lá.

- O que?

- Você é surdo cowboy? Me empresta uma roupa sua, eu vou ficar parecendo um homem e vou conseguir entrar lá. É simples. - sorriu.

- Não, não é simples, tem seguranças lá. E outra mesmo que você se passasse e enganasse os seguranças como homem, você só pode entrar lá como sócio ou acompanhado de algum sócio.

- Você é sócio de lá? - o encarou e Alfonso suspirou sem responder. - Com certeza você é sócio. Resolvido eu entro com você, agora anda me dá sua camisa. - se aproximou.

- Por que quer minha camisa? - se afastou quando ela fez menção de abrir seus botões.

- Porque ela ta usada, vai disfarçar melhor meu perfume feminino do que uma limpa. - explicou. - Anda Herrera, me dá logo essa camisa. - foi pra cima dele e abriu um dos botões.

Alfonso se afastou e suspirando tirou a camisa ele mesmo. Ao terminar jogou a peça pra ela.

- Hum nada mal, você cheira bem pra um cowboy metido. - Any provocou com um sorriso no rosto.

Alfonso revirou os olhos fingindo que o elogio disfarçado de ironia não o havia afetado.

- Vira de costas, por favor. - ela pediu segurando os dois primeiros botões de sua blusa.

Alfonso fez o que ela pediu, mas em certo momento a curiosidade falou mais alto e ele virou pra trás espiando-a. Anahí estava de costas ainda desabotoando a blusa.

Quando ela abriu todos os botões Alfonso viu os ombros dela sendo descobertos, revelando as costas. Ele quase perdeu a linha ao ver o fecho do sutiã preto e teve que segurar a vontade de se aproximar. Pegou-se desejando retirar o restante das roupas dela.

Anahí apoiou a blusa no sofá e pegou a de Alfonso. Ao fazer isso ele viu que ela tinha uma tatuagem na região das costelas do lado esquerdo. A visão durou poucos segundos, mas ele pode reconhecer naqueles traços negros a figura de um cavalo. Aquilo o surpreendeu e ele tratou de virar de costas.

- Pronto! - ela o chamou segundos depois.

Alfonso se virou ainda atônito com tudo que havia sentido. A blusa obviamente ficara grande em Anahí a ponto das mangas engolirem as mãos dela e cobrirem o shorts que ela usava.

- Deixa eu te ajudar! - se aproximou e enrolou as mangas da camisa.

- Obrigada! - ela sorriu ficando com as mãos estendidas.

Ao enrolar as mangas Alfonso notou que ela tinha tatuado no pulso direito a letra "E" entrelaçada ao símbolo do infinito.

- Por que você tem essa tatuagem no pulso?

- Por nada! - ela respondeu afastando as mãos e puxou as mangas escondendo a tatuagem.

- Você fez na mesma época em que tatuo o cavalo?

Anahí o olhou de cara feia e Alfonso se tocou que havia falado demais.

- Você estava olhando em me vestir?

- Foi sem querer e foi de relance. Eu só reconheci o desenho. - ele ergueu as mãos defendendo-se.

- Se eu te pegar me espiando de novo...

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