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Chegar em casa, na infância, após uma derrota, era um inferno. Max sabia que se perdesse iria apanhar em casa do seu pai e ouvir palavras dolorosas.
Isso o fez treinar como um louco, ultrapassar os limites que o seu corpo tinha, sempre dizia: "preciso ser melhor que ontem ou ele vai me bater".
Max cresceu com isso na cabeça, e o garotinho holandês acreditava que quando crescesse, ficaria livre de Jos.
Não aconteceu.
Piorou.
Mesmo Max mostrando-se ser o melhor entre os seus rivais, batendo recordes na Fórmula 1 como um menino prodígio. Todos viam que o jovem piloto holandês era incrível nas pistas, menos Jos, e quando chegava em casa era sempre a mesma coisa.
Max acreditava fielmente que não existia um "lar" para si. Ou morava com o pai abusivo, ou sozinho.
Ele preferiu a solidão.
Um apartamento pequeno em Mônaco, prático para ele que passava seus dias viajando e mal tinha tempo para desfrutar da sua moradia.
Até conhecê-la no Grande Prêmio de São Paulo. Sorridente, de chinelos e mini saia.
Max pensou que estava sonhando, ou que tinha batido o carro e falecido, e Deus, com pena dos maus tratos que o garoto sofreu de seu pai na infância, havia-lhe enviado um anjo para recebê-lo no céu.
Carol.
Filha do diretor da Red Bull no Brasil.
Ela mudou tudo na vida dele.
Absolutamente tudo.
O apartamento vazio e sem cor, virou um lar aconchegante com cores vibrando.
O silêncio sobrecarregado foi preenchido por Jimmy e Sassy, dois gatinhos que Carol adotou em um evento pet.
Chegar em casa depois de uma derrota deixou de ser doloroso, porque ele sabia que ela estaria lá, o esperando com seus dois gatinhos e com um abraço apertado.
Mas naquele momento, Verstappen queria sumir. Estava temeroso de voltar para casa depois de anos. A prova disso é que o piloto da Red Bull estava no carro há 30 minutos, com a testa no volante e as mãos tremendo.
Max Verstappen não conseguiu o penta e era aniversário da sua esposa. Ele perdeu o campeonato no dia do aniversário dela.
Se não tivesse errado na Espanha.
Se não tivesse deixado ser derrotado pelo carro ruim ou pela estratégia.
O campeonato era dele e ele deixou escorrer entre seus dedos.
Em um último suspiro, abriu a porta do carro, colocou a mochila nas costas, pegou a mala pequena, o troféu da corrida e os dois buquês de flores. Verstappen aprendeu a segurar muitas coisas nos braços depois que se tornou marido e pai.