Sn: Acho que com o que aconteceu naquela maldita sala.
Minha visão volta as poucos, me permitindo vê-la emburrada, encostada do outro lado da sala.
Sn: Não acredito que eles iam me rebaixar.
Sn: Depois de tudo que fiz, todo meu trabalho e esforço, eles iam me exonerar por um erro que nem seria meu?
Será que ela também esqueceu que foi ela que me ajudou na fuga ?
Jake: É o que acontece quando se chega perto demais, princesa.
Ela revirou os olhos.
Sn: Perto demais de você?
Jake: Perto demais da verdade.
Jake: Eles sabem do que você é capaz, e temem que acabe encontrando mais do que devia.
Jake: O melhor é que eles mesmo irão te mostrar que estão mentindo. Não precisarei fazer isso.
Expulsei meu corpo para fora da maca, mas por alguma razão, meus pés falharam em me sustentar e eu perdi o equilíbrio. Consegui me manter ao agarrar a prateleira na minha frente, mas quando percebi, Sn estava entre meus braços e só então senti ela tirando as mãos de mim, como se tivesse tentado me segurar.
Jake: Desculpe. Achei que não estava mais tão tonto.
Sn: Eu... Tudo bem.
Me concentrei em controlar minha respiração desregulada, quando minha visão finalmente focou totalmente que pude perceber seus olhos um tanto aflitos em mim. Minha mão estava um pouco acima da cabeça dela, me segurando na prateleira e a outra estava na cintura dela, que inconscientemente devo tê-la segurando pra não bater contra a parede, mantendo ela um tanto perto do meu corpo, incluindo sua boca, tão perto da minha, despertando memórias que enterrei fundo demais.
E então me lembrei.
De como era beijar essa boca. De como era a sensação e de como estava sedento por isso por muito tempo. Do gosto dela. Da forma como seus lábios se moldavam aos meus, famintos, entregues, como se cada beijo fosse uma luta perdida antes mesmo de começar.
Do quanto desejei isso de novo.
E do tempo absurdo que passei fingindo que não.
O calor de sua pele sob minhas mãos, a maneira como seu corpo sempre se encaixava no meu como se fosse exatamente onde deveria estar.
E o pior de tudo.
A saudade.
A maldita saudade que me corroía há tempo demais.
Passei tanto tempo fingindo que tinha superado isso. Que poderia ignorar. Mas agora, com ela tão perto, com sua respiração se misturando à minha, percebi o quanto estava errado.
Eu ainda queria.
Queria tanto que chegava a doer.
Jake: Por favor...
Seus olhos estavam totalmente focados nos meus enquanto minha boca se aproximava meticulosamente.
Jake: Só você pode acabar com minha dor.
— Coronel. — um soldado se aproximou, entrando na sala. Eu me afastei, me virando de costas para os dois, percebendo como quase me descontrolei.
— Confiscamos a moto usada pelo hacker, mas nada foi encontrado, logo será levada para o descarte.
Jake: Pode deixar comigo, se a coronel permitir.
— E você é...?
Sn: Tá, faça o descarte.
YOU ARE READING
Seu Hacker
FanfictionApós os eventos intensos de "Meu Hacker", agora é Jake quem assume o controle da narrativa. Entre linhas de código, segredos do passado e uma conexão inegável com ela, ele revela o lado que nunca foi contado. Enquanto tenta proteger quem ama e desve...
O hacker
Start from the beginning
