The Only Exception - Tony Stark

In the end, would it all be worth it?

Eu sorri boba, me lembrando de Anthony mais uma vez, na imensidão de seus olhos castanhos, aquele sorriso perfeito, e no sentimento de ter sido a causa daquele sorriso algumas vezes.

- Ele é sim... papai...

- Então vá atrás dele... - o mais velho sorriu orgulhoso, e eu concordei antes de dá-lo um abraço.

Me levantei as pressas, avistei o carro em que Christine e Charlie saíriam da capela depois da cerimônia e fui rápida em entrar nele e liga-lo, saindo dali às pressas enquanto as latinhas amarradas a ele anunciavam minha saída.

[...] 

- Narrador On 

Palmer estava apreensiva, nervosa e ansiosa dentro de uma sala escondida na igreja, o véu arrastava-se pelo chão de um lado por outro até que Charlie abriu a porta, entrando na sala tapando os olhos com as próprias mãos. 

- Oi querida... sua mãe me disse  que  queria falar comigo antes do casamento... - Palmer se aproximou do homem, segurando as mãos dele para que ele olhasse pra ela - Não... não faça isso, você sabe que dá azar se eu te vir antes e...

- Eu preciso te contar uma coisa antes que se case comigo.

[...]

Quando você finalmente chegou no anexo onde Tony havia dormido, procurou-o por todos os lados segurando aa barra do vestido longo, na esperança de que veria o rosto do moreno em algum dos cômodos mas não o encontrou. 

Stark estava longe dali, na estrada, a caminho do aeroporto, e parou o carro irritado no acostamento. Ele sabia que não poderia fazer aquilo. Não poderia ir embora e deixar seu coração com você. O moreno bateu a palma contra o volante relutante, arrependido e tentando não tomar a decisão errada. Ele estava pronto para dar meia volta e te procurar, e foi o que fez, sabia onde te encontrar. Anthony estava voltando, fazendo seu caminho o makis rápido que podia até a capela.

[...]

- Eu queria te contar mas não sabia se você iria e perdoar - Palmer murmurou melindrosa, assistindo o noivo se distanciar alguns passos dela - Eu nunca amei o Stephen, Charlie... foi só bobeira jovem... eu te amo tanto...

- Aquele desgraçado... a S/A sabe ? - Charlie parecia furioso, não por Christine, mas pelo amigo apaixonado por sua noiva.

- Ela soube ontem... por isso Tony e ela brigaram...

- Com licença - o noivo parecia anestesiado e raivoso, saiu da sala em passos pesados, deixando Christine confusa ali. 

O homem procurou por Strange, e sabia que ele já estava dentro da igreja. Quando o amigo o avistou, Stephen notou pelo semblante do homem que ele já sabia. A igreja repleta de convidados assistiu Charlie entrar pela lateral pronto para esmurrar o médico, que ao perceber seu furor correu para fora pela porta da frente, tirando gargalhadas dos convidados que adoraram o caos, e e sendo perseguido pelo outro. 

- Charlie! Não faz besteira! -  Stephen gritava tentando acalmar o amigo, que corria atrás dele como se sua vida dependesse disso - Já está resolvido! Ela escolheu você!

- Seu desgraçado! - o outro exclamou, alcançando o maior e puxando-o pela barra do terno.

Stephen livrou-se do terno retirando seus braços do tecido e voltou a correr. O amigo não desistiu desesperado largou o paletó no chão e permaneceu furioso em busca do amigo talarico. 

- Seu traidor filho da mãe! - Charlie exclamou, os dois correndo na estrada, onde Tony os viu ao dirigir o carro de volta para a igreja. 

- Traidor? Foi antes de vocês começarem a namorar! 

- Mas você estava noivo da melhor amiga dela!

Os homens seguiram pela rua correndo como malucos, no sentido contrário à igreja quando Stark os alcançou, os acompanhando de carro enquanto pareciam estar numa maratona. Strange tinha pernas longas, conseguiu despistar o amigo, que sem folego começou a diminuir seus passos. Anthony abriu a janela do carro, vendo o noivo quase cair no chão de tão cansado e gargalhou. 

- Eu estou metendo os pés pelas mãos não estou? - Charlie perguntou ofegante, parando de correr e se apoiando em seus joelhos para recuperar o ar de seus pulmões.

- Entra no carro Charlie... a essa altura ele já deve ter chegado na França.

Stark parou o carro, abrindo de forma sugestiva a porta do passageiro, antes que o homem entrasse respirando fundo, e ambos permaneceram ali, no carro parado, em silêncio e pensativos por alguns segundos.

- Você deve estar amando a sua viagem para a Inglaterra - Charlie  comentou irônico.

- Nossa, está sendo maravilhosa, obrigado Charlie. 

- Sabe que eu até senti pena de você ontem a noite? Eu fiquei a noite pensando como um babaca no quanto eu tinha sorte por estar bem com a Palmer... - resmungou - Eu a teria perdoado se fosse um cara aleatório, mas não... não o Strange. Eu coloque ela num pedestal desde que... desde que coloquei ela lá. 

- A parte mais difícil de amar alguém é tem coragem de ser amado também... - Stark comentou pensativo - Mas se vocês conhecem os defeitos um do outro e no final do dia ainda decidirem desistir ao invés de tentar fazer dar certo... nada vai valer a pena.

Os dois homens ficaram em silêncio por algum tempo, ambos pensando nas mulheres que amavam.

- Então  porque não encarar desse modo: Você volta e passa o resto da vida fazendo sexo de reconciliação com a mulher que ama? - Charlie o encarou, e então os dois gargalharam.