Capítulo 2

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Quando Draco abriu os olhos encontrou uma multidão junto a eles na enfermaria. Blaise e Pansy estavam lá, mas a grande maioria era composta por puxa-sacos do Potter. Queria tentar fingir que ainda estava desacordado, mas Pansy foi mais rápida e percebeu que estava acordado.

– Draco, querido, não tente fugir para o mundo dos sonhos e nos deixar aqui.

Abriu os olhos e fez sua maior cara de tédio.

– Eu realmente gostaria de fosse tão observadora na hora de observar quando sua observação não é bem vinda, Pansy.

– Nós não vamos ficar aqui a noite toda esperando você acordar, Draco. – Blaise sorriu. – Nós vamos perguntar se você está bem, você responde positivamente e enfim você pode descansar e nós podemos voltar à festa.

Quem ouvisse esse diálogo poderia achar frio e desinteressado, mas qualquer sonserino percebia o calor passado nesses diálogos. De fato, o resto das pessoas no local fingia não escutar a conversa, mas estranhava o tratamento que eles davam a um amigo ferido.

– Bom, pela dor que sinto na minha cabeça acho que ou eu a bati bem forte ou a ressaca chegou mais cedo. – Draco pegou um espelho que estava do lado da cama para se olhar e percebeu não só um curativo em sua cabeça, mas também um pequeno em seu rosto. – Estou delirando ou meu sublime rosto foi machucado?

Blaise rolou os olhos com a expressão de choque e negação do outro.

– Os médicos dizem que você sobreviverá.

Draco respirou fundo para não dar um piti ali na frente de todas aquelas pessoas, mas estava difícil não fazer uma cena. Era sim muito cuidadoso com seu corpo e era melhor aquilo não deixar marca nenhuma ou então o estrupício do Seamus continuará a pagar pelo processo até suas próximas 10 encarnações.

– Você tem sorte, só bateu a cabeça, nada grave. – Pansy apontou para a cama ao lado. – O Potter ali machucou as duas pernas e ainda teve que escutar uma hora de desculpas de um grifinório desajeitado.

– Oh e onde ele está? – Seu tom calmo não enganava os outros dois sonserinos. – Me deixa desfigurado e agora some?

– Ele estava muito bêbado e alterado, acharam melhor levá-lo daqui, Malfoy. – Hermione se pronunciou. – Ele pediu muitas desculpas para você. Bom, pediu muitas desculpas para seu corpo desacordado.

– Tanto meu corpo acordado quanto o desacordado acreditam que uma varinha na mão dele é um perigo a comunidade bruxa, mas duvido que eu possa fazer algo quanto a isso.

Madame Pomfrey entrou na sala com alguns remédios em mão antes que ele pudesse receber uma resposta.

– Oh vocês ainda não foram embora? – Olhou para a multidão no quarto. – Eles precisam descansar e eu me retirar a meus aposentos.

Todos pareciam contrariados, pelo menos os acompanhantes de Harry, mas se viram obrigados a se despedir e deixar o local com promessas de voltarem depois. Ela então se virou para a dupla restante.

– Nunca pensei que veria vocês dois nessa situação novamente. – Olhou para os dois acamados e machucados. – Pelo menos não foram vocês que machucaram um ao outro, acho que é isso que chamam de progresso.

Entregou um frasco para Draco e outro para Harry.

– Tomem e depois durmam. O Senhor Malfoy provavelmente poderá ir embora sozinho amanhã, mas ao Senhor Potter eu indicaria ser transferido para a própria casa com alguma ajuda externa, vai demorar alguns dias até que suas pernas estejam completamente curadas.

Quando nenhum deles pareceu interessado em se pronunciar, provavelmente fruto da familiaridade com a situação, ela deu boa noite e saiu do recinto.

All Eyes On Us  [ Drarry ]Where stories live. Discover now