Coincidências

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Capitulo 6

Logan Grant, um homem com um passado marcado por tragédias, agora iria retornar a seu país Natal, ele estava ainda se preparando, pois fazia dez anos que a tragédia de morte de sua mãe havia acontecido, ele agora aos trinta e nove anos, solteiro cobiçado na aristocracia da Itália, nunca se preocupou em casar- se.

A união de seus pais foi marcado de violência, em que o pai se embriagava e agredia sua mãe, passava longas noites em casas de mulheres, traindo sua mãe,  Logan não via felicidade em se casar.

Seu secretário e ajudante, Giuseppe trouxe a ele uma na qual dizia que seu pai havia falecido em uma casa de prazer, mas deixando uma viúva e uma dívida com Robert Wallace, líder do clã da ilha que meu pai Vivian.

Ele não sabia nem que seu pai havia se casado novamente, quem dirá a grande dívida, mas a exemplo com sua mãe a história vinha se repetindo com a segunda esposa.

Antes de tomar o trem para a Escócia havia passado em sua casa de cavalheiros favorita, precisava beber, conversar com alguns cavalheiros e se afogar nos braços de alguma acompanhante.

_Que ironia do destino, eu estou pensando como meu pai! – murmurou a si mesmo.

Mas apenas bebeu, não conversou, ficou lembrando se de sua infância até o dia em que o pai acidentalmente embriagado atirou em sua mãe e com isso para não fazer nada a seu pai, pegou alguns rendimentos e partiu rumo a algum lugar onde pudesse lhe trazer paz.

Comprou algumas terras na Itália, aprendeu sobre o vinho e hoje e um fornecedor de vinho além da Itália, a França consumia seu nobre vinho.

Tomou o trem dormiu um pouco, mas logo voltou a beber pois no trem serviam o wiski produzido por seu pai. Enfim, tomando a garrafa toda, foi acordado na estação.

Saindo do trem foi direto ao porto para tomar a próxima embarcação para as ilhas escocesas, mas a notícia de não haver mais cabines vazias começou a lhe ferver o sangue, o mal humor de dias começou a explodir.

_Senhor, a última passagem da cabine da embarcação marítima, foi vendida a pouco!

_Então posso ajudar no barco, sei trabalhar em barcos.

_ O senhor não tem jeito de que trabalha ou trabalhou no pesado, se me permite a ousadia e está embriagado, por favor vá até uma pousada e tente descansar, a embarcação sai a noite.

_Eu quero ir as ilhas agora! -Sua voz saiu alta, ele mesmo percebeu que  estava elevado, o capitão da embarcação se assustou, mas mais pessoas se juntaram para ver a confusão que eu havia criado.

Senhores, eu apenas quero ir a ilha, como expliquei a pouco, meu pai faleceu estou indo a casa dele.

_Senhor Grant, sugerimos que passe a noite em alguma estalagem, até passar sua embriaguez, as passagens do barco foram todas vendidas, a não ser que alguém disponibilize algum assento de acompanhante em uma cabine privada.

Tentando me acalmar olhando ao redor, avisto uma bela mulher vindo com relutância, mas seu rosto estava envolto de curiosidade.

Ela vestia um vestido cor vinho, alongado até o final, um decote a vista que mesmo com o espartilho desenhando sua forma cinturada, seus seios cheios e grandes apareciam de longe, mesmo querendo disfarçar o volume com renda, me vi imaginando ela sem aquele espartilho, seu quadril grande, e redondo me dava mais ideias.

Subindo o olhar seu rosto levemente arredondado, seus olhos castanhos escuros amendoados, uma boca em forma de coração e carnuda, cabelos vermelhos com cachos saindo de um coque baixo, sorri para ela e sentindo minhas calças ficando justas.

_Ele pode vir em minha cabine. – noto que está nervosa, continuo a sorrir.

_ Vamos embarcar então!

Me apresento a ela e faço uma mesura ensaiada, seu rosto fica com um leve avermelhado que acho lindo.

Ao mesmo tempo penso que pareço um jovenzinho de quinze anos que vi a primeira jovem, mas algo nela em sua forma de conversar leve me chamou a atenção. Conversando com ela relaxo e aos poucos pego no sono.

Acordo duas horas depois , olho ao redor e ao longe avisto as  montanhas das ilhas Shetland, Mauren ao meu lado está atenta a paisagem.

_Perdão senhorita mauren, acabei por pegar no sono!

_Nao foi nada senhor Grant, percebi seu cansaço e o deixei descansar! Está melhor agora, pelo que noto estamos chegando as ilhas!

Seu entusiasmo me faz sorrir, aliás e o que mais faço desde que a vi.

_ Como e o nome do tio em que irá morar?

_ Meu tio se chama Gregor Wallace, é na ilha Walls que irei ficar!

O choque de sua resposta deve estar evidente em meu rosto, pois é a mesma ilha que irei, que mundo pequeno!

O velho senhor Robert Wallace e líder do clã daquela ilha, seria então o avô de Mauren, mas então Mauren é filha... Da então sumida filha do senhor Robert, Jane Wallace, lembro-me quando criança de ouvir as pessoas falando que a filha ingrata fugiu com um inglês, então Mauren e neta dele!

_Oh, de fato o mundo e pequeno, meu pai era então morador dessa ilha.

_Então, talvez nos veremos novamente, foi um prazer conhece-lo senhor Grant!

Pego sua mão enluvada, beijo as costas de sua mão.
_O prazer foi meu senhorita Mauren!

Desembarcamos e logo vejo ela com sua bagagem ir atrás de uma carruagem de aluguel., se olhar pra traz.

Me pergunto a coincidência de uma viagem inesperada, conhecer a bela Mauren e ainda ela ser neta do senhor Robert Wallace o homem ao qual meu  pai deve tanto dinheiro!
Só mês resta pensar em como pagar a dívida, saber quem e a viúva de meu pai, se tem outros filhos.
Dez anos sem nos falarmos, estou perdido em tudo, espero apenas que tudo se resolva antes de voltar para a bela Itália.
Se demorar temo que o encanto a bela mia Mauren, me faça esquecer da promessa de nunca me casar!

Reviravoltas do amorWhere stories live. Discover now