Entramos no quarto quase esbarrando um no outro ao entrar.

— ...e sabe o que ele me disse? O paciente teve sorte de estar vivo com a quantidade de erros que você cometeu. — Sua voz estava grossa imitando a de alguém. — Tem noção do que passei hoje? Agora deixe de frescura e abra essa porta. — Parou de falar quando me viu. — Olha, desisto, veja se consegue tirar essa doida daí de dentro — gracejou apontando para a porta antes de sair de perto.

As duas permaneceram paradas aguardando o que eu ia dizer. Não iria adiantar ficar falando com ela do outro lado. Contato olho no olho certamente seria mais eficaz nesse caso. Caminhei até o closet e procurei algo para abrir a porta. Encontrei uma tesoura que poderia ajudar.

— O que vai fazer? — Júlia perguntou dando um passo à frente.

— Vou abrir a porta, ficar gritando aqui do lado de fora não vai adiantar nada. Agora vocês duas esperem lá fora, ok?

Elas afirmaram com um aceno de cabeça, mas continuaram paradas no lugar. Não tive trabalho para abrir a porta, as duas vieram na minha direção, mas ergui a mão impedindo.

— O quê? — Lizie questionou.

— Por favor, esperem lá fora, daqui a pouco a gente sai.

Júlia virou as costas. Continuei segurando a porta ainda fechada.

— Viu isso? Ele se acha mesmo — Lizie falou.

— Pois é, se nós que somos amigas...

Esperei as duas saírem e entrei. Sue estava sentada dentro da banheira abraçada às pernas. Seu vestido rosa com leves brilhos e a maquiagem a deixaram ainda mais linda. Sentei-me na borda e segurei um cacho enorme de seu cabelo que descansava sobre seu ombro.

— Vai me contar o que está acontecendo?

Ela balançou a cabeça em negação. Passei as pernas por cima da mureta e entrei na banheira sentando-me ao lado dela. Coloquei a mão em seu queixo e ergui seu rosto. Pude ver o medo estampado em seus olhos amendoados.

— Eu estou apavorada. E se tudo der errado? Não quero decepcionar o meu pai.

Vi o momento que uma lágrima despontou no canto do seu olho, me aproximei e beijei antes que ela caísse sobre seu rosto bonito.

— Seu pai te adora, Sue. Ele jamais ficaria decepcionado com você. A não ser que seja covarde e desista agora. Embora já tenha feito o máximo que poderia fazer para deixá-lo decepcionado, você largou a medicina, esqueceu?

Ela sorriu e balançou a cabeça em negação.

— Você é péssimo em animar uma pessoa, sabia?

— Não sou não. Você está sorrindo. — Beijei o canto de sua boca e me levantei. Estendi a mão. — Levante, vamos para a festa que você organizou e que será um tremendo sucesso.

Ela meneou a cabeça demorando um pouco para aceitar a mão estendida. Assim que sua palma tocou a minha fechei os dedos sobre os dela puxando-a para mim. Com cuidado saiu da banheira. Sua respiração falhou e ela correu até a pia e segurou firme na borda respirando com dificuldade.

— Eu não vou conseguir. Estou muito nervosa, estou...

— Shhh! — Colei meu corpo em suas costas e levei o dedo aos seus lábios. — Está linda. Perfeita — sussurrei beijando seu ombro nu, depois fui escovando os lábios em sua pele até chegar a sua orelha. — Vamos lá, Sue, sei que você consegue.

Passei as mãos por seus braços e vi sua pele se arrepiar. Ela entreabriu os lábios e vi que estava ficando excitada. Ela me encarava através do espelho do banheiro com os olhos cerrados.

— Está tentando me distrair com sexo?

Levei as mãos por sua cintura e subi para os seus seios apertando os montes tentadores no decote do vestido. Não tinha passado por minha cabeça distraí-la com sexo, mas sua reação ao meu toque e a ideia me deixou excitado.

— Está funcionando?

— Acho que sim, mas Fernando, as meninas...

— Estão fora do quarto, e eu tranquei a porta do banheiro — garanti, tocando o tecido do vestido puxando a saia e a levantando devagar, embolando o tecido em sua cintura. — Isso vai fazer você relaxar — expliquei afastando-me um pouco tendo um vislumbre de sua bunda bem feita de fora.

Desci a mão por sua bunda até alcançar o centro de suas pernas. Ela abriu um pouco mais, dando acesso à sua buceta coberta pela calcinha de renda preta. Acariciei por cima enquanto com a outra mão apertava seu seio. Senti a umidade por cima do tecido e deixei um gemido escapar. Sue se inclinou um pouco mais, espalmando as mãos sobre o mármore da pia, seus olhos presos nos meus sem desviar.

— Fernando...

— Olha para você, tão linda e pronta, veja o quanto fica perfeita enquanto eu te fodo.

Ela se esfregou contra a minha mão, gemendo. Seu gemido me deixou ainda mais duro. Ela arfou se arrepiando quando afastei a calcinha deixando meus dedos em contato com sua umidade.

— Já está tão pronta para mim, toda molhadinha — falei admirado, isso nela me deixava doido. Um simples toque e ela estava pronta. Enfiei dois dedos dentro dela, movendo devagar.

— Ahh, sim, estou pronta — concordou, sua voz soou como uma súplica rouca e macia.

— Eu te quero tanto, Sue — gemi em seu ouvido. — Você me deixa doido.

— Fernando, por favor — suplicou abrindo mais as pernas e empinando a bunda para mim — Eu preciso de você, por favor.

— Você me tem — confessei puxando seu pescoço, a trazendo para o meu peito, segurei seu maxilar puxando seu rosto em busca dos seus lábios e a beijei com desejo. Com tudo de mim.

Abaixei o zíper da calça e ela gemeu contra meu pau roçando em sua pele. Entrei de uma vez, ela gritou de prazer e meu corpo estremeceu ao sentir seu calor molhado pulsando em volta de mim. Queria apreciar o momento, ir devagar aproveitando mais cada pedacinho dela, mas sabia que não tínhamos tempo, então passei a estocar rápido e forte.

Ela jogou a cabeça para trás encostando em meu ombro fechando os olhos.

— Abra os olhos, veja como fica linda gozando, tão linda. Goze comigo, Sue.

Senti seu interior me apertar fazendo o meu próprio prazer crescer, minhas bolas queimando anunciando a chegada do orgasmo, eu estava pronto para explodir.

— Sim, eu vou...

Alcançarmos nossos ápices juntos. Sue apertando-me dentro dela, eu a abracei forte contra o seu peito enquanto deixava meu gozo preencher seu interior. Ela abriu um sorriso e percebi naquele momento que ela tinha o resto que faltava do meu coração.

Eu a amava, tinha certeza disso. 

Quebrando promessas? - DegustaçãoWhere stories live. Discover now