CAPÍTULO 11

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L U C A S

Eu olho pela janela, o fazendeiro saindo de cavalo e ainda encaro estático toda a situação, porque ele pareceu bem espontâneo nas suas desculpas, e apesar de não parecer, tenho o coração mole. Hoje de madrugada foi uma batalha para conseguir levar esse homem para dentro de casa, enquanto gritava aos quatro ventos que eu era o “Pavãozinho dele.”

Que constrangedor! – ri de nervoso.

Eu nem tive coragem de dar todos os detalhes da sua situação, porque realmente fiquei com pena do bruto. Ele até declarou que está apaixonado por mim, e cantou uma música muito sem rumo, para declarar seus sentimentos, que me fizeram quase desmaiar de tanto constrangimento, ainda mais porque os peões parecem que começam na lida muito cedo, e já estavam todos a postos para iniciar seu dia e tiveram que assistir toda a cena do patrão.

Para um viado encubado, ele é muito declarado. Eu nem consigo ainda assimilar que ele realmente sente desejo por mim, e todas as cenas vividas nos últimos dias foram influenciadas por isso. Confesso! Saber que aquele homenzarrão está caidinho por mim, infla meu ego e causa uma cosquinha boa em um lugar bem sossegado do meu peito.

Não é paixão! Deus me livre e guarde. É apenas uma sensação divertida, como um desejo oculto de aproveitar esse homem o quanto poder, antes de voltar a cidade, carregando essa aventura na mente.

O helicóptero chama atenção com seu barulho, e corro para a varanda vendo ele pousar em frente a casa da fazenda. Sorri empolgado como ainda não havia me sentido esses dias, antes de correr na direção das visitas. Minha gostosa, meu bebê e o Tomás estão parecendo uns gatos pisando na grama molhada, e reviro os olhos para eles, porque não é pra tanto.

Se bem que fiz o mesmo quando cheguei a fazenda, mas, até que já estou me acostumando mais com o cheiro e a aparência do lugar.

— AMOR! – grito para a Iara, que entrega nosso bebê ao Tomás, antes de vir me abraçar. — Queria era meu bebê. – reclamo, olhando sobre o ombro dela o safadinho bochechudo.

— como você está?! Ele gritou com você? Te machucou? – me avaliou dos pés a cabeça com cuidado de uma irmã mais velha e louca. — Vou capar o bastardo e fazer churrasco com o pintinho dele. – Finaliza e abro minha boca para responder, porém, recordei muito bem do “pintinho” do fazendeiro, que vi mais cedo e sinceramente achei do caralho!

— Estou bem! – Declaro rindo e ela aperta os olhos me avaliando até a alma.

No, no, no, noooo... – Opôs com incredulidade de quem já entendeu algumas coisas que nem mesmo eu entendo. — Cacatua do céu! – coloca a mão na boca, e me olha mais uma vez dando um sorriso enigmático.

— vai tomar no cu, Iara. É pavãozinho. – enpino o nariz, porque o idiota do Tomás que ensinou ela a me chamar de cacatua, apenas por ter meu cabelo perfeito e lindo.

Não é todos os dias que se encontra um homem lindo, e com cabelos de arco-íris. Eu sou o tesouro no fim do arco-íris. (⁠ ⁠ꈍ⁠ᴗ⁠ꈍ⁠)

— só porque ele não conhecia a Cacatua. – debocha e ignoro essa mulher, antes de ir pegar meu menino, sem nem olhar na cara de otario do Tomás.

— como vai a estadia na fazenda? – Sua voz esbanja sarcasmo, e apenas ignoro.

Acreditem se quiser, o Tomás era uma pomba sem fel, até que se tornou um idiota. O bicho era tão sonso que, para que ele desse uns pega na minha sereia maravilhosa, precisei colocar fotos bem salientes dela na pasta dele, ou até hoje ela estaria abusando mentalmente dele, e o idiota minguando sem fazer nada.

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