Capítulo trinta e um

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– Não quero pressionar ele nisso – Arizona está certa – enfim, o que Hunter desejar fazer, eu irei apoiá-lo.

– Somos dois – afirmo e a morena abre um sorriso.

O final da partida já era previsto, o time de Hunter amassou o adversário, sendo meu filho o cestinha da partida. Quando ele vem todo suado, correndo em nossa direção, meu peito se enche de alegria, e principalmente gratidão por estar vivendo esse momento. Deixo um beijo caloroso em sua testa, não me importando com o aspecto pegajoso de seu suor. Um dia esse menino irá crescer e não vai querer ser beijado por seus pais em público.

– Você jogou muito bem, filho – digo a última palavra com uma emoção tomando conta de mim.

O menino sorri com seus dentes pequenos, me dando um abraço apertado. Estamos indo com calma com isso, porque é difícil para Arizona ver alguém chamando seu filho com outro homem de filho, então sei que não tem como fazer isso bruscamente.

– Obrigado, pai – o loirinho limpa sua testa com o dorso da mão – sorvete agora?

– Só se eu ganhar um abraço – Arizona brinca e seu filho se joga em seus braços – você teve uma ótima performance em quadra.

– Você gravou para mandar para o titio York? – a morena assente com a cabeça, desde que eu comecei a vir nos jogos de Hunter, York nunca mais apareceu e isso faz falta para o pequeno – manda logo para ele, tá bom?

– Vou mandar agora – ela avisa já pegando seu celular.

Pego a mochila vermelha do Atlanta Hawks da coleção de mochilas que a NBA fez dos times. Enquanto Arizona vai encaminhando o vídeo para o irmão mais velho, eu e nosso filho caminhamos pelo ginásio, cumprimentando alguns pais, aos poucos estão fazendo uma amizade com os pais dos amigos de Hunter. Em primeiro momento a maioria deles ficou chocado por descobrirem que realmente sou o Zane Brando e não apenas uma pessoa parecida.

– Eu vou escolher o sorvete de cookies – ele me conta animado – e quero calda de chocolate por cima.

– Prefiro sorvete de chocolate – informo para meu filho, que já está tentando abrir a porta do meu carro, que ainda está destrancado.

Fazemos o percurso até a soverteria em um clima leve, Ari está feliz, percebo isso em seus olhos e é tão bom saber que eu sou o causador disso. Estico meu braço e faço carinho em sua nuca, concentrando em deixar apenas a mão direita no voltante do carro. Daqui uns dias iremos embarcar para a Inglaterra, sendo nossa primeira viagem familiar oficial juntos. Espero ficar muito tempo nas terras inglesas.

– Dizem que Londres é chuvosa em agosto, será que vamos pegar muita chuva? – Arizona pergunta pegando minha mão e dando um beijo nela.

– Provavelmente não, nunca peguei chuva quando joguei lá – respondo tentando lembrar certo de todas as vezes que estive lá – se chover, a grama fica com poças e não tem como jogar.

O ruim mesmo é quando é quadra de saibro, fica impossível de pisar, porque geralmente usamos tênis branco e roupas mais claras. Eu usava muito preto, porém depois da tentativa de melhoramento de imagem com roupas mais claras, passei a só usar esse tom de paleta, principalmente porque Lizzy disse que combinou mais comigo.

– Por isso que o basquete é superior, os ginásios têm teto – o pequeno diz no banco de trás e dou risada – sabia que o basquete foi criado justamente por conta disso?

Lucky loser - livro 1 da trilogia Lucky Potter's Where stories live. Discover now