Mago Poderoso

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— Daniel, eu não estou brincando, seu pai era sim um mago poderoso que infelizmente se foi cedo demais — Ela levantou apressada e saiu do meu quarto, a vi entrar no dela com desinteresse e então ela voltou com um baú razoavelmente grande, o jogou no meio do meu quarto e a poeira subiu e caiu pelo meu carpete.

— Nossa, que isso? — perguntei tossindo e esfregando o nariz.

— Lembranças do seu pai. Temos poucas fotos pela casa, pois ele era um mago orgulhoso de ser um ser Mágico, fotos como um Normal eram bem raras — Disse destravando o baú e tirando de lá um album estranho, com a capa grossa e marrom feita de couro, ela não o abriu como qualquer um abriria, simplesmente... Abrindo. Ela teve que por o seu dedo em uma parte que mais parecia uma boca e depois disso o livro destravou.
Agora eu estava mais curioso, e já até estava abaixado ao seu lado, tentando entender o truque daquele álbum marrom bizarro.

— Veja! — Ela apontou para uma foto antiga de meu pai, era ele mais jovem, vestido em um manto preto com o brazão dourado de uma escola, ele parecia ter a idade que tenho agora. — Ele era tão vívido...

— Mãe, mas isso prova algo? São só fotos antigas, com roupas estranhas, provavelmente tiradas no halloween? — A questionei ficando de pé, meus braços cruzados, mas ela parecia determinada.

— Aff, eu deveria ter contado tudo quando você era uma criança fofa e criativa ao invés de ser esse adolescente cabeça dura! — Ela resmungou enquanto tirava um manto, que era a mesma que meu pai usava na foto e depois uma caixinha de vidro com mais alguns potinhos de vidro dentro e então, cuidadosamente ela pegou uma caixa retangular, passou a mão gentilmente onde estava gravado o nome de meu pai "Roger Owlet" e então sorriu.

— Aqui, isso era de seu pai, quando encontraram enviaram para mim como era a sua vontade — Ela disse com uma voz aveludada, mais aveludada que o comum. Ela não iria tão longe por uma brincadeira, certo?

Ela abriu a caixinha e dentro dela havia um pequeno graveto marrom, para ser mais específico, uma varinha, era um pouco torta e possuía alguns arranhões mas isso curiosamente a deixava ainda mais bonita e interessante.

— Essa foi a varinha de seu pai, com ela ele se tornou um grande mago — Ela disse isso levantando a caixa em minha direção, seus olhos estavam marejados e por mais estranho que fosse tudo aquilo, eu não podia mais rebater e insistir que ela estava tentando me pregar uma peça. — Vamos, pode pegar — Ela disse gentilmente.

Relutante, eu levei minha mão até a varinha e antes mesmo que pudesse toca-la, senti um sopro frio em no meu rosto e um fervor estranho em meu peito, como se houvesse agora uma chama no lugar de meu coração. Talvez fosse por ser algo que pertenceu ao meu pai.

— Seu pai deu instruções claras — Ela disse enquanto fechava a caixa e a recolocava dentro do baú juntamente das outras coisas — Um dia ele me disse para entregar essa varinha para você quando tivesse pronto. Tínhamos a chance de ter um Normal ou um meio Mágico, ele sempre disse como o amaria de qualquer forma e bom... Isso foi verdade, você era um bebezinho lindo e ele te amou, você ainda não dava um sinal de que poderia ter uma gotinha de magia em seu corpinho rechonchudo— Ela cutucou minha barriga, que agora não era realmente rechonchuda. — Mas... ele sempre deixou claro que sua preciosidade deveria ficar com você independente de ter magia ou não.

— Ah. — Por um momento aquele garotinho em mim apareceu no fundo da minha alma, esperançoso de que após ter me sido revelado um mundo mágico real (que eu ainda não sabia se acreditava), que talvez eu fosse me descobrir um mago como acontece nos livros, então balancei a varinha um tanto desanimado.

— Mas, Daniel, aos 5 anos você relatou ter visto criaturas mágicas e no início eu realmente pensei que era apenas a imaginação fértil de qualquer criança Normal, mas sua ligação ficou tão forte que tentei contatar especialistas — Ela sorriu constrangida — Você sabe, eu não sou a pessoa certa para dizer se você tem ou não magia, mas então uma amiga de seu pai veio aqui, talvez você não se lembre mais, você era um menininho ainda, mas ela confirmou, e disse que só por você ser meio Mágico e ser tão jovem ainda não estava realmente aflorado — Senti um sobressalto e eu agora a encarava incrédulo, mas levemente animado — Sabe... Ela sugeriu escolas, mas você teria que ficar longe de mim...

Alvorada da MagiaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt