Poderia desbloquear nossos sistemas? Sabe, acesso total — o garoto sorriu esfregando as mãos

Ah.. isso — sorriu quadrado e sem jeito — Na verdade eu não posso

Você pode sim — Luna encostou o cano de uma arma na nuca do rapaz — É uma ordem da presidente.

Clarke.. uhum, sabia que eu já dormi com ela? — não parecia ameaçado pela arma — Sei lá se ela deveria estar nesse cargo...

Jasper puxou uma arma também, encostando abaixo do queixo do homem, encarando-o de perto — Sei lá se você deveria deixar a língua tão solta a essa hora da manhã

Maya estava sempre com Jasper, usava um tapa olho e tinha algumas marcas de feridas antigas no rosto, mas não precisava cobrir tudo com um curativo, sorriu orgulhosa do garoto, não achou que ele tivesse coragem pra muita coisa.

Eu deveria ter os ensinado a mexer nesse dispositivo — a voz de Becca falou com todos ao mesmo tempo, todos usavam um daqueles — Enfim, instalei uma assistente chamada ALIE, é uma inteligência artificial, você só precisa pedir para contatar alguém e ela o fará, é simples.

Obrigada Becca — Clarke suspirou aliviada — Posso tentar?

Claro

— Ligar para Luna.

— Não, chama a Alie antes.

Clarke revirou os olhos — Alie, ligar para Luna.

Ligando para Luna — a voz robótica repetiu, desconectando de Becca e conectando a Luna — Que porra é essa? Uma Alexa?

O nome é Alie, presta atenção, como vai os sistemas?

Ainda sem acesso, mas estamos trabalhando nisso, você saberá na hora certa — Luna desligou na cara dela

Mas- ah filha da puta — Clarke voltou os olhos para Finn, o observando cozinhar — Você é um cozinheiro muito lento.

Becca trabalhava na criação de Alie a um tempo, usou todos os recursos possíveis para dar vida a ela, realizava testes constantes, só não imaginava o que estava por vir...


70 horas de revolta



O distrito 12 se declarou independente, tudo que foi deixado para trás por repórteres, agora foi usado para Lexa realizar uma transmissão ao vivo, ao pôr do sol.

Boa tarde a todos os distritos de Panem — iniciou, parada em meio a muitos corpos de pacificadores e civis mortos, usava agora sua "maquiagem de guerra", a mesma que usou na entrevista, algumas pessoas diziam que ela parecia um guaxinim — Hoje, o 12 é nosso, a capital perde toda sua produção de carvão, e eu sei que o 12 pode não importar nada para eles... mas amanhã, será o 11, e depois, será o 10 — sorriu com tanta confiança que parecia já ser a vencedora — Isso é um recado a todos os civis que ainda tem medo e dúvidas, eu os convido para essa guerra, se unam a essa luta, se unam a mim, juntos somos maiores do que a capital — encarou aquela câmera, sabendo exatamente quem poderia ver e ouvir — Eu conheço seus corações, pois ele também é o meu — levou uma mão ao peito — Não estão cansados de ver suas crianças morreram naquela arena? Nosso sangue só serve para regar a grama da capital, mas somos nós quem os fazemos grandes, somos nós quem produzimos tudo, somos nós quem mandamos neles, nunca, jamais, será o contrário.

Clexa: Jogos VorazesWhere stories live. Discover now