Prólogo

538 46 0
                                    

O FRIO que o vento trazia do mar para a montanha não incomodava os jovens Quileutes que discutiam com xingamentos e escandalosas risadas, quem primeiro cairia no mar agitado. Pelo contrário, trazia a eles mais a euforia daquele momento, jovens lobos recém descobrindo que nada mais poderia machucá-los.

O primeiro a saltar, Paul Lahote, perdeu todos os jogos de sorte. Mas não o de teimosia.

Após exibir seu "dedo do meio" para o mais novo membro do grupo, Embry, antes de correr e tomar seu lugar.

Ele não esperou ser pego pela traição quando chegou ao mar, apenas deu um tchau com a mão para os amigos que ainda estavam observando do penhasco e nadou em direção a praia.

Sentiu a areia grudar em seus pés e passou a mão pelos fios molhados de seus cabelos escuros espalhando gotículas salgadas pelo ar.

Deu alguns passos antes de ver os outros membros do bando nadando na direção contrária, Paul pensou que eles pegaram um atalho para saltar novamente, mas ao contrário de seus amigos que viviam para a alcatéia, Paul pensou que tem outras responsabilidades.

Sam o havia confiado algumas missões extras por conta de ataques recentes de "animais" e mesmo que o alfa odeie admitir ele confiava em Paul tanto quanto em si.

Sam Uley sabe que o mais leal entre os jovens lobos é o Lahote.

Ainda com os pés molhados sobre o mar, precisou forçar a vista para encherga-lá.

A garota de cabelos loiros escuros, quase castanhos, de olhos fechados. O vestido que cobria as pernas e os braços e a trança bagunçada molhada pelo mar, além do rosto quase submerso por completo.

Paul pensou em quantos problemas teria ao encontrar uma garota morta.

Na verdade todos eles já que isso traria mais pessoas a La push que é praticamente uma praia privada já que não é muito frequentada.

Ele torceu pra que ele estivesse ao menos quase morta enquanto andava em sua direção e agradeceu pela boa audição de lobo quando ouviu o coração dela bater.

Sem colocar os joelhos sobre a areia, o Lahote se abaixou e afastou alguns fios do rosto pálido da garota, a achou bonita, mas sem graça demais. Paul sempre gostou de garotas com personalidade forte.

— O quanto você bebeu?— Ele perguntou como se ela fosse responder e viu uma onda batendo contra o rosto dela quase a cobrindo totalmente.

Ele ficou parado pensando no que fazer, seria realmente uma droga ter gente atrapalhando e vigiando tudo o que acontece na reserva por conta de uma garota branca morta.

Foi com essa reflexão que ele a pegou em seus braços e decidiu que o problema não é dele, mas pode ser do Sam.

Eleonora - Paul LahoteUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum