cap. único.: Não seja um bebê chorão, idiota

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Depois de arrumar seu quarto, teve permissão para poder brincar lá fora. Desde que voltasse antes do jantar, sua mãe não iria reclamar. Pegou o seu skate e voou para longe da sua casa em direção a praça principal da sua rua. Era seu local de encontro com o melhor amigo...

Ficou um bom tempo esperando ele aparecer antes de ver um garoto correndo na direção dele. Acenava animado, com os patins nas mãos, na esperança do loiro vê-lo. Acena de volta e vai até lá também.

── Pensava que nunca iria chegar ── diz, o outro parando para recuperar o fôlego ── Você disse que ia chegar cedo.

Os olhinhos dele encheram de lágrimas.

── Briga comigo não... mamãe me fez arrumar a cozinha junto com ela ── fazia bico ── Eu vim correndo! O mais rápido que consegui!

Cavendish suspira. Todas as vezes que marcava para encontrar Bartolomeo, o esverdeado sempre se atrasava. Quis relevar, afinal, estava lá para apenas uma coisa: ensinar o amigo a andar nos patins que ganhou de aniversário. Cavendish sabia andar tanto de patins quanto de skate. Quando terminasse de ensinar o amigo a andar nos patins, podiam tentar o skate também!

── Você pode colocar os patins ── ele acaba deixando o skate encostado em uma das árvores ── Vem, eu vou te ajudar a se levantar.

Bartolomeo sorri e concorda, colocando o presente em seus pés e o amarrando para que não se soltasse. Quando terminou, olhou para o loiro e estendeu as mãos.

── Me levanta agora!

── Oe, eu já vou...

O loiro suspira e segura as mãos do garotinho, usando toda a sua força para levantá-lo. Uma vez em pé, Bartolomeo não tinha segurança em suas pernas, Cavendish as vendo tremer por não estar conseguindo se manter em pé.

── Eu consigo. Eu consigo...!

Bartolomeo, só foi soltar uma das mão, que caiu de bunda no chão. Cavendish ri e o amigo volta a ficar com os olhinhos cheios de lágrimas.

── Eu não quero mais fazer isso! ── cruza os braços, chateado.

── Deixe de ser um bebê chorão e tentar de novo. Você vai mais cair do que ficar em pé, bobo ── estende as mão novamente.

Bartolomeo olha para o loiro com um bico fofo e, mesmo envergonhado, tenta novamente. A segunda vez foi um pouco melhor pois, mesmo com as pernas bambas, ele permaneceu em pé por mais tempo. O loiro o puxou para vê se ele permanecia com o equilíbrio... mas acabou caindo de cara no chão.

Quando levantou o rosto, o esverdeado começou a chorar em silêncio.

── Está doendo?

── C-Claro... m-mas é claro que não! ── suas lágrimas diziam o contrário.

Quando caiu, acabou arranhando parte da testa e Cavendish pode ver o vermelho do sangue se formando. Ele tira do bolso um curativo e se senta na frente do garoto, abrindo o curativo e colocando na ferida. Não como se fosse melhorar de imediato... mas sabia que levar os curativos, uma hora, seriam úteis.

Afinal, conhecia Bartolomeo muito bem para saber que ele era desastrado por natureza.

── Pare de chorar... você tem dez anos e já é um menino crescido ── diz, vendo o nariz dele escorrer ── Você não chora desse jeito na escola. Eu vou dizer a todos que você é um bebê chorão...!

── E-Eu não sou!

── É sim ── Cavedish dá língua para ele.

Aí sim que as bochechas do esverdeado ficaram enormes com a carinha chateada.

DON'T BE A CRYBABY || Bartolomeo x CavendishWhere stories live. Discover now