𝑪𝒐𝒏𝒔𝒕𝒆𝒍𝒍𝒂𝒕𝒊𝒐𝒏𝒔 𝑨𝒃𝒐𝒗𝒆 𝑼𝒔 • 𝐷𝑟𝑎𝑐𝑜 𝑀𝑎𝑙𝑓𝑜𝑦

12

A garota apenas assentiu e foi para o próprio quarto arrumar as malas.

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— Philip ficará próximo a vocês, sem atrapalhar. — Dominic começou a falar com Draco e Tianyi na estação de trem. — Todos os funcionários da escola estão cientes.

Philip Johnson estava na casa dos 40 anos. Era um bruxo forte, mas que não sabiam muito sobre, para além de que era um Sonserino.

— É um prazer. — Johnson acenou com a cabeça. — Apesar das circunstâncias.

— Vocês podem entrar. Vou passar mais algumas orientações para o Philip e ele ficará pelo trem. A cabine de vocês é neste vagão. — apontou para um vagão próximo e abraçou a filha. — Se cuide e, se precisar, me chame.

Tianyi apenas o abraçou de volta antes de pegar a mala e entrar no trem, seguida por Malfoy. Os estudantes já estavam em Hogwarts e o expresso estava mais vazio do que o normal.

A garota abriu a porta da cabine e colocou sua mala no compartimento acima dos bancos. Ela se sentou perto da janela e Draco entrou na cabine antes de fechar a porta atrás de si e fazer o mesmo com a própria mala. Ele se sentou a frente dela e sentiu o trem começar a andar quando Tianyi abriu um de seus livros.

Eram três horas da tarde, mas estava escuro. As nuvens pesadas e relâmpagos distantes indicavam que começaria a chover a qualquer momento. Hozier se arrependeu de não ter deixado mais um casaco fora de sua mala.

Os dois continuaram em silêncio, quando o carrinho de doces chegou. Draco pediu doces para ele e chocolates de hortelã para a menina. Ela encarou a embalagem na mão dele antes de aceitar. Malfoy entregou algumas moedas para a mulher mais velha antes que ela fosse embora.

— Por quê está com raiva? — Hozier olhou para o garoto enquanto comia os chocolates. Ela abaixou a mão que segurava o livro.

— Por favor, não comece.

— É sério, Tianyi. Não pode me ignorar o resto do ano. Vamos ficar no mesmo quarto. Eu pensei que estivesse tudo bem até ontem de manhã.

Hozier não queria se submeter a humilhação de contar que leu as cartas do garoto escondido. Muito menos dizer que sua raiva era o futuro casamento dele.

— Nada mudou, Malfoy. Se o seu problema é eu te ignorar, não o farei. Mas, isso não muda nada entre nós.

O loiro respirou fundo. — Está escondendo algo.

Hozier arqueou as sobrancelhas um pouco surpresa.

— Morde a bochecha toda vez que acaba de mentir ou se está nervosa. — ele apontou para ela, que sentiu as bochechas corarem por ele ter percebido.

— Não estou-

— Está sim. — ele a cortou e ela bufou.

— Sei que tem falado com seu pai. — decidiu falar a informação menos humilhante para ela.

Draco franziu o cenho. — Como você...

— Deixou uma carta em cima da mesa ontem. Eu vi a dedicatória.

O garoto quase arregalou os olhos. Ele sabia que era a carta sobre o casamento.

— Você chegou a... — ele limpou a garganta, apreensivo. — ler?

Ela desviou o olhar para a janela e negou com a cabeça. Se certificando de não morder o interior da bochecha.

— Vi as iniciais. É a mesma letra da carta que encontrei no seu quarto em Hogwarts.