Capítulo dezessete

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– Juventude é a melhor parte da vida – eu e Phil fazemos uma careta em conjunto – pelo menos para mim, foi.

– Eu não tive juventude – todo esse momento da minha vida foi resumido em treinar e competir, treinar e competir, apenas isso.

Não entramos profundamente no assunto, pois temos que ir para o jatinho e voltar para Atlanta. Passamos por uma burocracia normal e logo somos acomodados na aeronave que York alugou. Deixo minha mala de mão no compartimento adequado e guardo com o maior cuidado meu equipamento, porque minha raquete está me dando uma onda de sorte. Quando me acomodo em meu banco, depois de afivelar o cinto e me preparar para dormir, meu agente se senta ao meu lado e oferece um copo baixo de uísque.

– Estou de boa – murmuro e ele oferece novamente, fazendo com que eu pegue o copo e jogue toda a dose dentro do meu corpo.

– Ei, era para fazermos um brinde – encaro sério o moreno, que suspira – uhul, parabéns Zane pela vitória.

Ergo o copo vazio e bato no copo cheio de bebida dele, protagonizando um brinde de vitória. Quero dormir o suficiente para pousar descansado em Atlanta e poder curtir o resto do dia com minha irmã, Arizona e Hunter, que estão fazendo uma carninha e aproveitando a piscina que a minha nova casa tem. Elizabeth precisava de um momento assim, como se fosse um final de semana em família.

– Nunca fui para Mônaco – York me conta e dou de ombros, acho que já fui para todos os países que possuem torneio de tênis.

– É um país lindo e luxuoso – informo o que é a verdade, Mônaco é simplesmente espetacular, toda vez que vou para lá, fico encantado – estou pensando em levar Lizzy junto, vai que a fanfic pessoal dela com o Charles Leclerc acontece.

Gostaria de levar Arizona e Hunter também, porém, não tem como isso acontecer se York for junto. Só se essa ideia partir dele. Formo um sorriso maroto em meu rosto, já pensando como plantar essa semente em seu pensamento e fazê-lo achar que teve essa brilhante ideia sozinho.

– Charles Leclerc, jura? – é o gosto de Lizzy e não posso ir contra isso e até que o piloto da fórmula 1 não é feio.

– Ela tem um pôster dele no quarto – se a loira souber que contei isso, irá me matar – vai ser bom para ela sair um pouco de Atlanta, visitar uns locais históricos, respirar um ar puro.

– Se Hunter não tivesse aula, levaria ele – puts, havia esquecido que tanto Arizona quanto Hunter têm aula, bem, teoricamente Lizzy também, porém esse tipo de aula remota é tudo menos aula – eu quero muito ter filhos e você?

Isso me pega de surpresa, filhos, eu realmente quero ter filhos? Passar o sobrenome da minha mãe para frente não é algo que seja meu maior desejo, tenho conhecidos que a meta da vida deles é deixar herdeiros para que seus sobrenomes passem de geração em geração. Não fico incomodado em saber que a linhagem Brando acabará em mim.

– Não sei – dou de ombros – se eu tiver, será com alguém que amo. Você já amou alguém?

York fica pensativo por alguns segundos, toma em um grande gole o resto do uísque e coloca seu copo no chão da aeronave.

– Namorei por anos uma pessoa, uma amiga da minha irmã, Eleonor, o nome dela é Eleonor – já conversei com Eleonor por vídeo chamada um dia, junto com Ari, ela é uma pessoa muito alto astral e querida – ela quebrou meu coração de uma maneira que jamais achei que poderia amar alguém novamente.

– É foda.

– Pois é, é foda – o moreno concorda comigo e suspira – até que eu fui para Nova Iorque, 1 ano, 4 meses e 15 dias atrás e conheci o amor da minha vida.

Lucky loser - livro 1 da trilogia Lucky Potter's Where stories live. Discover now