Capítulo 17: Taça das Casas

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- Eu sinto muito por colocá-lo nisso sem considerar a sua situação, dragão. - Disse Potter, o loiro balançou a cabeça. - Caso estiver passando por problemas e dificuldades, você tem a mim agora. Todos vocês podem entrar em contato comigo, estou planejando sair de onde estou e ir para longe. Posso ser o refúgio de todos quando for necessário. - Disse Harry confiante e decidido.

- Obrigado, Harry. - Disse Eleonor com um sorriso triste.

- As cicatrizes em suas costas, então é verdade. - Indagou Blaise com um olhar furioso. - Foram os trouxas que fizeram isso? Aqueles que foram colocados para serem 'responsáveis' por você?

Peverell franziu o cenho. - Isso não é da conta de vocês.

- Tem tudo a ver com a gente. - Disse Pansy com a mão no seu ombro. - Disse que somos amigos, mas não revela pelo menos isso pra gente?

- A sua tatuagem é muito bonita, Harry, mas foi realmente feita legalmente? - Questionou Neville, ele parecia preocupado porque sabia que marcar o corpo era doloroso; a maioria pensou que tinha alguma coisa por trás daquela imagem de cobra e o silêncio do Peverell provava que tinha um significado perigoso; como esperado, Harry ficou em silêncio sobre isso.

- Não precisa contar agora, se não quiser. - Disse Nott, atraindo a atenção de todos. - Todos temos segredos, não quer dizer que não devamos ser amigos. Eu posso esperar até que esteja pronto para contar, afinal, é isso que significa ser amigo de verdade. - Desabafou com um sorriso tranquilizador adornando no rosto.

O grupo ficou surpreso ao ver o garoto tímido falar mais do que uma frase; até então, só o tinham ouvido falar por educação. Matilda lançou um olhar orgulhoso para o amigo.

A atmosfera carregada de apreensão deu lugar a uma leveza reconfortante após as palavras tranquilizadoras de Theodore. Todos expressavam calorosamente sua presença para com Harry Potter, como se compartilhassem um laço mais profundo, um entendimento que transcendia as palavras. Naquele momento, Harry segurou a respiração, envolto por uma sensação agradável e acolhedora que nunca experimentara antes. Embora incapaz de articular exatamente o que era, apreciava intensamente a sensação maravilhosa de ser aceito exatamente como era.

- Nos conte quando estiver preparado para contar, Harry. - Disse Malfoy bagunçando os cabelos indomáveis do bruxo de olhos verdes, o puro-sangue se viu rindo do rosto envergonhado do outro e desviou de uma maldição lançada pelo próprio Harry.

A bruxa de cabelos pretos e olhos ônix abraçou o bruxo de olhos verdes e cabelos indomáveis, penteando seu cabelo gentilmente no processo com a intenção de acalmar os nervos do garoto desconfiado, uma tentativa que deu certo. Harry respirou fundo duas vezes antes de sorrir aliviado com toda a pressão que sentiu com seus amigos.

- Eu acho que fui um pouco impaciente. Peço que me perdoe, Harry. - Pediu Pansy com um sorriso empático. Realmente, não tinha a intenção de extrapolar o limite, e Peverell já conhecia seu temperamento, então perdoou a amiga.

- Acho que já podemos voltar, certo? Aqui está cheirando a... - Disse Pansy, sem completar a palavra "sangue", olhando para o chão ensanguentado e depois para o uniforme com pingos vermelhos do Potter.

Eles nunca esqueceriam do que o menino fez para protegê-los. Não podiam negar que acharam assustador no início, mas o medo saiu tão rápido quanto veio. Só se lembravam de Harry chamando a todos de "amigos".

O grupo saiu do corredor e se deparou com McGonagall e Madame Poppy a procura dos sonserinos que desapareceram, foram levados a força até a enfermaria e a equipe de busca para encontrar Eleonor Dundragon e Matilda Clarke foi encerrado, a história foi explicado e comprovada com as memórias de cada bruxo, todos se recuperaram bem e, finalmente o dia chegou.

~

O salão principal estava cheio. Faltavam alguns dias para o fim do período, e naquele dia seria revelado o vencedor da Taça das Casas. Harry chegou à mesa da Sonserina, recebendo elogios a seu respeito. No entanto, ele não se lembrava do que tinha feito para ser tão bem recebido, além do fato de ser um personagem heroico de algum conto de fadas. Aproximou-se de Blaise, que estava rodeado de pessoas.

- Bom dia. Quanto tempo está aqui, Blaise? - Perguntou Harry.

O bruxo negro olhou de cima para baixo seu amigo de olhos verdes e apontou para sua própria pele. - Eu cheguei aqui branco e olha a cor que estou. - Insinuou Blaise, como se estivesse a muito tempo esperando e Harry conteve a risada. - Falando sério, já faz uns trinta minutos. Onde estão os outros?

Harry deu de ombros. - Draco está passando gel no cabelo, Nott vai vir com a Matilda... - Respondeu, fazendo contagem nos dedos. - As meninas estão se arrumando, eu acho.

Blaise acenou com a cabeça. - Entendo, não vamos esquecer que hoje é um dia especial. Falta pouco para ficar livre da escola. - Disse com um sorriso maroto, piscando o olho. Ele continuou a história para os outros alunos da casa sobre o dia que o grupo encontrou Eleonor com Quirell, todo mundo parecia empolgado em ouvir a história. Roman e Criselda estavam escutando disfarçadamente para contar aos outros mais tarde. O Draco chegou com o nariz empinado, Pansy estava companhia das meninas, George tentou chamar sua atenção jogando um flerte de longe, a bruxa ignorou, atraindo mais atenção do ruivo com sua pose de durona, as meninas se sentaram e o diretor bateu a colher na sua taça de vidro, atraindo atenção para si mesmo.

- Estimados alunos de Hogwarts! Chegamos ao fim de mais um ano incrível. Cada um de vocês demonstrou coragem, inteligência e amizade. Lembrem-se das lições, enfrentem desafios com curiosidade e levem consigo as amizades que fizeram aqui. Aos professores, agradeço por seu comprometimento. Muitas coisas intrigantes aconteceram, mas provamos que somos capazes de superar qualquer obstáculo!

O diretor prosseguiu com um sorriso carismático. - Como bruxos fortes e independentes, quero parabenizar a todos os envolvidos que encontraram o paradeiro de Eleonor Dundragon e Matilda Clarke, resultando na decisão de retirar a expulsão desta última por conta das circunstâncias e provas concretas.

- Vamos agora à pontuação das casas. Em quarto lugar, com quatrocentos e cinquenta e nove pontos, Lufa-Lufa! - A mesa dos lufanos aplaudiu com alegria.

- Em terceiro lugar, com quinhentos e vinte e sete pontos, Corvinal! - A mesa dos corvinos aplaudiu com excelência.

- Em segundo lugar, com seiscentos e quarenta e cinco pontos, Sonserina! - A mesa das cobras aplaudiu com hesitação, percebendo algo de errado com a colocação.

- Em primeiro lugar, com setecentos e trinta pontos, Grifinória! - O diretor anunciou em voz alta, aplaudindo junto com a casa dos leões.

O professor de poções se levantou. - Com a sua licença, diretor Dumbledore. Devo reforçar que os responsáveis por encontrar as alunas desaparecidas merecem cinquenta pontos cada pela coragem e lealdade às colegas de casa. Também sinto-me na obrigação de acrescentar que Harry Potter foi responsável pela descoberta do farsante Quirrell, com um acréscimo de duzentos pontos. - Proferiu Snape com um sorriso torto para a casa Sonserina, um brilho orgulhoso nos seus olhos ônix.

Albus vacilou com o repentino acréscimo de pontos, Minerva se levantou em apoio, e ele se sentiu na obrigação de aceitar.

- Com esses acréscimos, a Sonserina alcança mil cento e quarenta e cinco pontos, ficando em primeiro lugar na Taça das Casas! - Anunciou o diretor com um olhar desgostoso e o salão se enfeitou com as cores da casa: verde e prata. A casa das cobras aplaudiu e comemorou com uma taça erguida para brindar, enquanto as outras casas aplaudiram com educação, exceto os leões, que não esconderam sua insatisfação.

- Tenham um verão mágico, e que as estrelas iluminem seus caminhos. Parabéns pelo brilhante ano em Hogwarts! - Disse Minerva McGonagall, sentando-se ao lado do diretor emburrado enquanto os alunos jantavam com um sorrisos felizes e aliviados no rosto por mais um ano de escola.

I AM DEATH ITSELFWhere stories live. Discover now