Capítulo 11: Quem brinca com fogo se queima

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Harry olhou para a sua companheira, pensando no motivo da serpente perguntar isso. Ele desistiu de tentar entendê-la e apenas sorriu nostálgico. #Essstou muito feliz, querida.# Disse, a cobra assentiu sentindo-se feliz com sua resposta e foi entregar a pequena nota ao pocionista nas masmorras.

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O professor Snape tinha acabado de sair do escritório do diretor com uma carranca, ele tinha relatado mais uma vez os passos do garoto Potter e recebeu um bule de chá em troca. O cheiro suave atraia seus sentidos, ele sentia grande necessidade de tomar o quanto antes; as vezes, achava que era obsessão por chá, mas parecia apenas uma ideia idiota.

"Um adulto deste tamanho ter obsessão por chá. Que piada." Ele sorriu com seu pensamento e, sem querer, escorregou derrubando o bule de vidro.

- Droga, vou ter que preparar eu mesmo. - Reclamou Severus com um olhar mal humorado, encarando seu chá precioso derramado no chão. - Espera, o motivo de eu ter tropeçado... - Murmurou, levantando-se e procurando o motivo.

A serpente negra rastejou até a visão do professor, ele deu um passo para trás. - Uma cobra? Espere, você é o animal enfeitiçado do Potter. - Resmungou, ajoelhando-se na direção da criatura mágica.

Ele lembrou que não precisava ter medo, não era uma cobra de verdade, então seu veneno também era imaginário. De repente, a serpente abriu a boca, revelando a nota. O professor pegou e ela rastejou, fugindo pela saída das masmorras. Snape dobrou a nota para ler o pedaço de papel, estava escrito: "Tome cuidado com o chá, se eu fosse você, investigaria o conteúdo dele antes de colocar uma gota na boca".

Ele sentiu uma tontura e esfregou os olhos, sentiu um cheiro familiar no papel. Depois de virar desconfiado para o conteúdo derramado no chão, ele queimou a nota com fogo mágico usando magia não verbal.. - O que ele está insinuando? Que eu não confiro tudo o que eu como ou bebo? Esse pirralho Potter está zombando de mim. - Rosnou com a voz ácida.

"Porque esse cheiro é familiar? Melhor investigar." Pensou, sentindo-se mais confiante em investigar sem temer a reação do diretor. "Se Albus suspeitar, posso dizer que usei o chá pra procurar no artigo de ervas."

O professor de poções pegou algumas gotas do bule, colocou em um vidro e foi até sua sala de experimento pessoal. Ele faria sua própria pesquisa, se Potter estivesse certo, teriam que conversar com o menino apropriadamente.

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Como prometido, Harry levou sua serpente com seus amigos até o campo aberto na frente do lago negro. Diferente do plano que tinha falado, o bruxo de olhos verdes esmeraldas sugeriu um piquenique, e todos toparam. Ele estendeu uma toalha quadriculada vermelha sobre a grama e sentou com a cesta sobre seu colo. Pansy ajudou com um feitiço anti-voo, para que a toalha não voasse com o vento. Eleonor preparou um quadro de pintura; ela estava inspirada para fazer uma pintura nossa.

Blaise resolveu pegar sua vassoura nova para voar ao lado de Draco Malfoy. O bruxo loiro já estava no ar com sua vassoura de modelo novo que estreou há pouco tempo; ele queria fazer um pré-treino para aquecer antes de ser apresentado ao time.

Emília ficou escrevendo uma carta para enviar a sua família, e Nott estava acompanhado da intrusa Matilda, que achou que seria divertido que ela estivesse com eles. Draco não se importou porque não seria ele que ia tentar suportá-la; então, ele pretendia ficar muito tempo voando.

A Parkinson não pretendia perdoá-lo tão cedo por essa afronta, então ficou ignorando a presença dela e admirou a calmaria que Eleonor tinha para pintar; seus traços eram sofisticados e calmos, nem o falatório irritante da bruxa Clarke tinha atingido seu bom humor.

- Vem voar comigo, Harry. - Pediu Malfoy com a vassoura pairando sobre a sua cabeça, encostando os fios sob seus cabelos pretos indomáveis.

- Não estou com vontade. - Disse Harry com um olhar desinteressado, fingindo estar ocupado com o sanduíche mordido na sua mão.

- Vem logo ou está amarelando? Talvez não saiba mesmo voar. - Provocou Malfoy, o bruxo de olhos verdes estendeu a mão sobre a vassoura e puxou, fazendo Draco parar de rir e cair no chão enquanto Harry fazia o loiro se contorcer abaixo de si com as cócegas que não pareciam acabar.

- M-Me solte! Ha Ha Ha, e-estou f-falando sério. Há Há Há! P-Pare. Estou m-morrendo... - Disse Draco em meio às risadas intermináveis, Harry soltou e ajeitou seu cabelo loiro platinado coberto de gel. - Por que fez isso? - Perguntou com um bico emburrado, incapaz de levantar sozinho porque seu corpo estava dolorido e doendo.

- Quem brinca com fogo se queima. - Citou Harry com um sorriso maroto e ele desviou a tempo de um feitiço lançado em sua direção.

- Que foi, dragão? Está nervosinho? - Provocou Blaise, entrando na brincadeira e correndo com o Peverell para desviar dos feitiços vindos de um bruxo puro-sangue enfurecido.

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Alguns meses se passaram, e Harry evitava o tópico de suas cicatrizes. Ele percebeu que Blaise e Pansy estavam investigando sua vida, mas não sentiu necessidade de esclarecer nada; afinal, os Dursley provavelmente estavam em coma em algum hospital trouxa. De qualquer forma, era um assunto antigo que não o afetava como antes. Peverell poderia chamar isso de superação? Ou teria alcançado sua melhor versão? Ele não tinha a resposta.

Nas últimas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, Voldemort tentou fazer mais contato e chamar a atenção de Harry. Sua voz gaguejava menos quando Harry Potter respondia ou fazia perguntas. O Professor Quirinus respondia com confiança e uma voz aveludada; seus olhos castanhos escuros tinham um brilho vermelho perceptível, como se estivessem possuídos por algo, e seu turbante causava arrepios nos bruxos mais jovens. Suas aulas pareciam um teste para conhecer mais sobre Harry Potter, abordando temas como magia negra, núcleos e algumas práticas. Harry sempre parecia surpreendê-lo com suas respostas. O garoto de olhos verdes esmeraldas não era o Garoto de Ouro de Dumbledore, e isso o deixava feliz, alimentando uma pequena esperança de trazê-lo para o seu lado.

Se ele soubesse.

A resposta de Gringotts chegou, trazendo uma boa notícia: Mestre Ragnok destruiu o Cálice de Helga Lufa-lufa, eliminando uma horcrux. Aparentemente, eles também tinham uma magia de questionamento, como as criaturas das trevas. Este mundo era injusto; os bruxos não davam valor a essas criaturas inteligentes e gentis. Peverell pagou ao seu contador um bom preço, ignorando suas súplicas. A Morte também confirmou a destruição do objeto banhado em magia negra. Peverell foi à Sala Precisa em um domingo de manhã bem cedo, pegou o Diadema de Rowena Corvinal, colocou por baixo de sua capa de invisibilidade e guardou na mala. Ele planejava conseguir um dente do basilisco, comprar o veneno na Travessa do Tranco ou roubar a espada da Grifinória. Todas as alternativas tinham suas desvantagens: o basilisco poderia ser agressivo e recusar; demoraria para encontrar a loja no Beco Desagradável; e, por fim, Dumbledore perceberia a ausência da espada ou do Chapéu Seletor ou notaria a presença dele no escritório, especialmente porque havia uma chave de portal suspeita. Deve haver muitas armadilhas lá dentro.

"Vamos conhecer o basilisco." Pensou Harry, segurando um livro enquanto buscava feitiços que pudessem proteger seus olhos.

I AM DEATH ITSELFWhere stories live. Discover now