O que estava se remexendo, para bruscamente, pois todos até desejam isso, só que na hora do vamos ver, ninguém aguenta. A família de Phil aguenta porque não é todo jogo que ele me acompanha, claro que ter o treinador ao seu lado ajuda, mas ele não é indispensável como o jogador.

A música ambiente muda e o casal que está orquestrando essa noite, começa a dedilhar os primeiros acordes de uma música lenta. Tiro o guardanapo de tecido do meu colo e o coloco delicadamente ao lado do meu prato. Não sei que música eles estão tocando, mas a melodia é linda e Arizona perece gostar dela. Meus dedos trilham pela mesa e param em cima da mão dela, que por alguns segundos, fica com o olhar fixo nelas. E como resposta do meu ato, seus olhos brilham mais ainda.

– Vamos dançar – a convido e a mulher me olha como se fosse maluco.

– Ninguém está dançando – dou de ombros e me levanto da cadeira – Zane, vai que é proibido dançar aqui.

– Pode ter certeza que eles não vão expulsar Zane Brando daqui – confirmo parando ao seu lado – me convence essa música, senhorita McGregor?

Arizona abre rapidamente a boca, como se fosse falar algo no automático, entretanto, fecha ela rapidamente. Apenas com um leve movimento na cabeça, confirma o meu pedido e se levanta, passando seus dedos entres os meus. Há um espaço na frente dos dois cantores e quando eles percebem que iremos dançar juntos, percebo a gratidão pelo nosso gesto.

As mãos de Arizona ficam na minha nuca, enquanto as minhas deslizam por seu tronco, até pararem na curva para sua bunda. O homem da dupla começa a cantar e me recordo vagamente de já ter escutado essa canção. Nos balançamos delicadamente de um lado para o outro, acompanhando o ritmo. Meus olhos estão fixos nos dela, que por sua vez também estão fixos nos meus. Estamos hipnotizados um com o outro, como se houvesse um ímã invisível nos conectando.

Quero beija-lá, meu Deus, como quero beija-lá nesse exato momento. Com o polegar vou fazendo carinho em sua cintura e percebo como um simples deslizar de dedo para o lado causa um efeito em seu corpo. Existem pessoas que possuímos interesse e existem pessoas que nosso corpo também possui interesse. E acredito que o nosso caso seja a última opção. Conforme vamos dançando, vou lentamente levando minha cabeça em direção da sua, para assim poder beija-lá, aproveitando cada pequeno pedaço de seus lábios carnudos.

– Eu vou beija-lá, senhorita McGregor – murmuro contra os seus lábios, já imaginando o quão macios eles devem ser.

O corpo de Arizona fica rígido, porém ela tenta manter o nosso ritmo, falhando com esse ato. Seguro forte sua cintura, conduzindo melhor a dança. Os seus olhos que até agora estavam com felicidade, assumem um sentimento de tristeza. Que merda você fez, Zane?

– Você me perguntou por qual motivo uso McGregor e não Potter – e ela não me respondeu isso – e provavelmente você não reparou, senão não teria me convidado para jantar, mas eu uso um anel no meu dedo anelar da mão esquerda.

– Casamento – digo fraco e ela confirma, me mostrando sua mão esquerda, como não reparei nisso?

– Eu uso McGregor porque sou casada, meu marido se chama Ethan McGregor – nesse momento, Arizona está enfiando uma adaga em meu peito e deslizando ela por todo meu peitoral.

Solto sua cintura, abalado por essa nova informação. Mas ela segura minhas mãos e agora é quem guia nós dois pelo espaço, só então percebo que tem mais alguns casais dançando juntamente com nós. Pelo menos animei a noite de alguém.

Lucky loser - livro 1 da trilogia Lucky Potter's Where stories live. Discover now