— Maitê e Lorena, parem de discutir, por favor. Lorena, poderia parar de fazer essas provocações, você não é mais uma adolescente, e respeite as decisões da MINHA filha. —Meu pai diz e eu sorrio. — mas, Maitê... deixe a Lorena dirigir, qual o problema?
— não, não irei no mesmo carro que ela. Quer saber, vou pedir um uber.
Começo a andar pelo estacionamento, eles tentam me chamar, mas eu nem olho para trás. Escuto o meu pai dizer para respeitarem meu tempo.
Pego um uber e vou para casa. Certeza que cheguei primeiro que eles. Assim que entro, vou para meu quarto, me arrumo para dormir e fico mexendoum pouco no celular até que o sono, enfim, chegue.
02 de Março.
— Maitê! Maitê! Maitê! —Escuto batidas e vozes na porta do meu quarto. É a voz da Laura.
Vou até lá e abro.
— o que é? Tá muito cedo! —Pergunto.
— calma como sempre... nosso pai perguntou se nós não queremos ir pro CT hoje, para ver como funciona a rotina das psicólogas. —diz sorrindo.
— claro que quero. Vou vestir uma roupa e já desço pro café. —Digo e ela assente.
Me preparo para passar o dia linda e maravilhosa e coloca essa roupa:
Desço para tomar café e todos já estão na mesa.— bom dia. —Digo.
Todos respondem, menos a mal amada.
— bom dia, princesa do papai. Tá animada? —Meu pai pergunta e sou um sorriso animado.
— demais! Obrigada por me proporcionar isso, te amo, pai. —Falo.
— também te amo, meu amor.
Terminamos de comer e eu, meu pai e a Laura saímos de casa para ir pro CT. Chegamos lá e eu sou a primeira a descer. Não, imagina, eu não tenho ansiedade.
— eu vou pedir pro Martinelli levar vocês lá. —Diz e eu fico me perguntando se não tem outro jogador a não ser ele na porra daquele time.
Meu pai sai e a Laura olha pra mim.
— é o destino, meu amor! O destino!
— o seu destino vai ser você ir pra casa do cara-
— que isso, Maitê? Falando palavrão? Que coisa feia. —Martinelli diz atrás de mim e eu reviro os olhos.
Olho pra ele e ele tá rindo da minha cara.
— essa só não vai pro story porque eu tenho pena do coitado do Miguel. —Laura diz e nos mostra a foto que ela tirou.
— me manda, viu? Ficou fera. — Martinelli diz e faz um toque com a Laura.
— você tá aqui pra nos mostrar a sala, então mostra logo. —Digo chateada.
— ela é sempre chata assim? —Gabriel pergunta.
— pode acreditar!
— nunca duvidei. Mas então, todas as manhãs de sexta-feira... se não tiver jogo, nós vamos para a sala da psicóloga, e nós temos as opções, tipo, podemos escolher com quem vamos conversar. Ela faz perguntas de como está nosso psicológico, se estamos pressionados para o próximo jogo, se estamos tristes com a nossa má fase, se tiver com má fase e fazem perguntad de estamos mal ou inseguros etc. — Gabriel explica.
— gostei de como trabalham. Bem... necessário. —Falo minha opinião.
— também gostei.
— agora tá aqui a sala, 12 horas é o almoço, vão lá pro refeitório! —Diz ele, me dá um beijo na testa, e, por fim, sai.
O que aconteceu aqui? Uai. Laura ia dar sua humilde opinião mas não deixo.
— cala a boca. Eu vi e senti, beleza?
— sentiu o clima!? —Pergunta animada.
— não. —Dei risada, foi bem engraçado. — senti o toque.
— ah, entendi. —Ela ri de si mesma.
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○ Coisa certa - Gabriel Martinelli.
RomanceInteligente, debochada, que fica com raiva rápido, ama o jornalismo esportivo, convencida, destemida, verdadeira e indecisa... essa é a Maitê Monteiro. Para Gabriel Martinelli, Maitê era apenas uma menina que ele amava pertubar e tirar do sério. Só...