Capítulo vinte e um - primeiro encontro

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— Quer me comprar com um bolo, acha que sou tão volúvel?

Sra. Lenoxx riu, se afastando do filho.

— Funcionou?

Matt abriu mais o sorriso.

— Sempre funciona.

Matthew sempre fazia drama, mas nunca sentiu ciúmes da minha boa relação com seus pais, especialmente com sua mãe. Ele dizia que a família dele não seria a mesma sem mim, todos sempre me tratavam como se eu fizesse parte dela.

Hunter estava mais isolado de nós, um pouco envergonhado, como se não tivesse um encaixe para ele na recepção calorosa da Sra. Lenoxx, mas ela não se sentiu constrangida ao envolvê-lo em seus braços como se o conhecesse a muito tempo.

— Seja bem-vindo, querido. — expôs seu contentamento ao ser correspondida no abraço por Hunter. — É um prazer recebê-lo em nossa casa e finalmente conhecê-lo.

— Obrigado, senhora. — sua voz saiu um pouco baixa e encabulada, ao concluírem os cumprimentos, pegamos as malas e saímos em direção ao carro.

☆☆☆☆☆

Minha mão estava estática na maçaneta da porta de entrada da mansão de meus avós, meu coração parecia querer saltar do peito, ainda não tinha certeza de como seria minha volta para casa, eu não atendia as ligações da minha avó há algum tempo, e sem dúvida ela não deveria estar contente em ser ignorada.

Não precisei pensar muito sobre abrir a porta, pois Amber o fez por mim, revelando-se na entrada.

— Blair?

Um sorriso despontou em seus lábios, a mulher de meia idade trajava seu terninho preto de costume, o cabelo ruivo muito bem penteado em coque prendendo seus fios.

— Olá, Am.

Sem cerimônia a abracei.

— Senti sua falta, Blair. — revelou me acolhendo em seus braços como se eu fosse um pássaro que precisava de cuidados.

— Também senti.

Amber cuidou de mim desde que eu era pequena, o seu dever era me educar e me manter nos trilhos, tanto em aprendizagem quanto na vida. Ela tentava fazer que as coisas fossem o mais leve possível para não me sobrecarregar, mas minha avó nunca permitia tal coisa, horas de estudos e quase nenhum laser.

Subi as escadas até meu quarto, Amber informou que meus avós estavam fora da cidade em um evento em Washington, provavelmente um evento político. Não havia avisado a ninguém sobre minha vinda, sem atender as ligações da minha avó, sabia que ela não estaria nada contente com isso, fui certeira ao deduzir que não encontraria eles em casa no final de semana.

Chegando em meu quarto me jogo na cama cansada da viagem, os lençóis de linho macios exatamente como lembrava, as cortinas abertas permitiam a luz do sol invadir o ambiente, as estantes antes cheias de livros agora vazias, ainda ficava sem acreditar que eles levaram meus livros até New Haven de carro, atravessando o país inteiro apenas para me fazer feliz.

Meu celular apitou no bolso da minha calça, ao pegá-lo um nome cintilava na tela:

Rei do beisebol (convencido)

Um sorriso se explanou pela minha boca espontaneamente. Atendi a ligação.

— Oi.

— Oi. — ouvi a resposta do outro lado.

— Por que me ligou?

Ele esperou um instante antes de dizer:

— Você quer sair hoje? Tipo... para me mostrar a cidade, não sei, jantar em algum lugar legal.

Inefável Where stories live. Discover now