— Está bem — respondo para Juarez. — Pode me chamar no grupo se precisar de alguma coisa.

— Sim, patroa! — Juarez fala simpaticamente. — Aproveite muito o seu almoço.

E faz um legalzinho.

Estou envergonhada porque é a primeira vez que isso acontece desde... desde sempre.

Pego o buquê da mão do senhor Braga e calço os meus sapatos, os deixei num canto no jardim da casa dos Anderson. Ainda não faço ideia de como ele conseguiu entrar na casa sendo que só pessoas autorizadas poderão entrar aqui.

A festa de casamento será no incrível jardim de inverno da propriedade dos Anderson, uma pequena celebração para cinquenta pessoas hoje por volta das 17:30, toda a minha equipe está empenhada em montar as lonas e mesas escolhidas pelo casal.

É até uma irresponsabilidade minha sair assim, mas também sei que qualquer urgência o Juarez acionará a Alícia ou a Enid.

— Eu segui o GPS, conhece algum restaurante aqui perto? — indaga ele enquanto andamos pelo extenso jardim.

— Temos minha equipe de cozinha, eles já estão preparando os pratos que serão servidos no jantar da festa, vamos pegar algo na cozinha.

— Está bem.

Olho para o buquê e escondo o sorriso, eu nunca pensaria que ele viria atrás de mim com flores, achei que havia entendido aquele claro recado que dei ao recusar ir para seu apartamento.

Não o vejo há quatro dias, é uma coisa da qual pensei muito no dia seguinte ao nosso jantar, isso me fez sentir meio infantil e imatura em alguns aspectos, mas também me fez chegar à conclusão que não tinha tempo para me arrepender por algo que não sei se valeria apena.

Subimos a escadaria que dá para a casa dos Anderson, tenho acesso ilimitado a toda parte externa e a cozinha, mas sei que Sabrina Anderson a noiva e seus pais não estão em casa porque há essa hora ela deve estar se preparando para assinar os papéis de seu casamento no cartório.

Eles chegarão por volta das 16:00 para começar a receber os convidados. Checo o meu relógio de pulso, ainda são 11:37 e como será uma festa para poucas pessoas teremos essas quatro horas para finalizar nosso trabalho.

As mesas já estão montadas e decoradas, as meninas estão colocando as cadeiras agora, eu e Juarez começando a colocar os pregos nos pilares para estender as tendas de lençóis, os meninos da parte elétrica já puxaram as luzinhas amarelas nos postes do jardim, tudo está indo em seu tempo.

Passamos pela lateral da casa e depois entramos no quintal dos fundos, a porta da cozinha está aberta bem como as panelas, o cheiro de camarão e manteiga invade as minhas narinas, a maioria do pessoal que fica com a parte de buffet já está comendo.

Jenny e Scarlet saem para fora carregando as caixinhas de doces.

— Patroa — Scarlet fala com um sorriso. — Chegou na hora boa.

— Massa quentinha com camarão — Jenny sorri e olha para Aquiles Braga toda surpresa.

— Se virem a Alícia peça que ela venha até mim, vou almoçar agora!

— Sim senhora — Scarlet responde.

Tenho uma boa equipe de cozinheiras, confeiteiras e assistentes de cozinha, são pessoas que trabalham muito bem nesta área.

Entro na cozinha e vejo meus três chefes diante dos fogões requintados da mansão dos Anderson, mais sete assistentes circulam carregando vasilhas com comida pré-pronta para cima da mesa de refeições da cozinha.

Grávida do Bilionário PetulanteOnde histórias criam vida. Descubra agora