CHAPTER FIFTEEN: THE SOLDIER, THE VICTIM AND THE LIEUTENANT

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"Estou furioso com essa raiva cheia de malícia
Estou furioso com aquela raiva que teve que se apagar"

(UGH! - BTS)

 Eun-Ji observava tudo ao redor, sentia-se incomodada com o silêncio que reinava do lado oposto da linha telefônica, a tenente suspirou furiosamente. Odiava aquelas situações, homens poderiam ser tão idiota às vezes. E foi assim que ela se retirou para seu alojamento, teria ainda uma reunião com o sargento Jung, algo referente à refens. Mas, na manhã seguinte, ainda precisariam de uma confirmação.

Em Seoul, Jungkook e Taehyung se encontravam em um bar enquanto se serviam de soju e preparavam-se para beber até ficarem tontos e esquecer o resto da vida. Havia uma grande lacuna entre eles também sobre o que acontecera na zona vermelha.

— E então, teve tempo de conversar com a médica?

— Não acho que estamos fadados a ficarmos juntos, Jungkook. - Taehyung disse com calma e sorveu o gole da bebida. — Sabe, existe a atração, existe algo a mais, mas não parece que estamos no exato momento para termos algo. Como havia te dito, estamos apenas de passagem um pelo outro. E as coisas com tenente Yoon?

— Não há coisas com a tenente, Tae. - Jungkook suspirou. — Apesar de todos acreditarem que somos um casal, não parecemos ser destinados a nada. E sabe o que é pior? Ainda que eu seja de uma alta patente, ouvi dizer que ela não se casaria com soldados ou nenhum membro do exército.

— Mas não é a mãe dela que é famosa por ter se casado com um sargento? - O Kim perguntou enquanto servia mais uma dose de soju a ambos.

— Sim, dizem que a Brigadista Yoon Myeong-Ju, não é contra os relacionamentos da tenente Eun-Ji, mas que o Sargento Major Seo Dae Young e o comandante Yoon, que são respectivamente o pai e avô dela são contra esse tipo de relacionamento por parte dela. - Havia muitas coisas que eles poderiam saber, especialmente pelo fato de que o oficial Gong era do período que o antigo time alpha era ativo. — Disseram que o Sargento Major Seo compartilha todos os pensamentos com o comandante Yoon sobre a tenente Yoon. Algo relacionado ao medo dos nossos trabalhos.

— No fim, ele apenas não quer que as histórias se repitam, não é? - Taehyung enfim questionou. — E eu entendo. Mas, seria estranho a Brigadista Yoon não se impôr aos desejos da filha.

— Quem sabe, Tae. Isso é algo que nunca saberemos. Talvez a brigadista Yoon seja compreensível por saber como é essa dor, essa separação, o estar sempre ao contrário. Temos lados opostos, mas cada um tem o mesmo sentido, não acha? No fundo... - O Jeon sorveu um longo gole da bebida transparente. —... eles apenas estão preocupados com a filha e neta, e isso é a maior honra que pode-se existir.

— Mas, o amor não acha que pode ser também uma honra?

— Lhe pergunto meu amigo, o que seria a honra comparado ao amor de um pai por um filho? Ou de uma mãe para com o filho? Do avô para com sua neta? - Jungkook sorriu vago. —Seria apenas palavras jogadas ao vento. Acredito que fomos criados para amar, para estarmos com alguém, mas ao mesmo tempo, essa criação nos permite duas coisas, ir aos céus e ao inferno. Acho que amar alguém, é ter sua maior honra, mas sua pior derrota.

Fez-se silêncio naquela mesa, a quilômetros de distância da Zona Vermelha, onde muitos soldados tinham como residência por aquele período de servidão ao exército. Alguns pelo período de dois anos ou um pouco mais, outros porque amavam aquilo ali, porque gostavam da sensação de utilidade. Na mesma noite em que os soldados Kim e Jeon aproveitavam enquanto bebiam, os sons estrondavam na fronteira que dividia a Coreia em duas. O hino norte coreano soava tão alto que parecia afastar as cabanas, telhados e até mesmo minúsculas poeiras que se aglomeravam no chão.

FOR YOU - JJK, KTHWhere stories live. Discover now