Viagem - Danthur e Joesar (hiatus)

"Sem fome"

Dante acorda no susto, estava suado e com o cabelo todo bagunçado. Olhou para os lados e viu que seus amigos ainda dormiam, então levantou cautelosamente para não acordar o moreno ao seu lado.

Pegou uma muda de roupas, seu celular e entrou no banheiro. Se olhou no espelho reparando que os ossos de suas clavículas estão levemente marcados. Não que não fosse antes, mas estão mais do que o normal.

Suspirou e foi tomar um banho, colocando música em seu celular para o distrair daquele pensamento.

O Portinari saiu do banheiro, vendo que todos ainda dormiam. Não julgava, havia acordado às 5h30 da manhã por conta do sonho ruim. Andou até a varanda que tinha no quarto com um salgadinho e uma garrafinha d'água.

Aproveitou o silêncio para ler um pouco e ouvir sua playlist - que dividia com Arthur - enquanto desenhava. Comeu o salgadinho, contra sua própria vontade. Sabia que tinha que comer, mas sempre se sentia mal quando o fazia. Entendia o por que daquele sentimento e isso o deixava assustado, só de se lembrar do desespero de seus irmãos e seus pais naquele dia, sentia um frio na espinha apenas com a lembrança.

— Nessas horas eu sinto falta da Opal… – olhou para céu que começava a ficar num tom alaranjado pelos raios de sol.

Opal, ou Opalina, é sua furão de estimação, ganhou ela no mesmo natal que Bea ganhou Orpheu, a diferença é que Opalina veio de seu tio Giuseppe e não de Clara.

A furão era sua companhia em momentos de insônia ou momentos tediosos.  A deixou no Brasil por motivos óbvios de que sairia muito mais caro levá-la, e o Hotel não aceita animais.

Ouviu a notificação vindo do celular e olhou. – "Bando de esquisito"? Que grupo é esse?