Lucerys Velaryon já sentiu medo em sua vida, mas nada comparado a esse momento. Ele não sabia se sentia mais medo por Arrax, agora seus pedaços em meio as águas frias de Ponta Tempestade, ou se sentia medo por si, com a parte direita de seu corpo di...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
ℂ𝔸ℙ𝕀𝕋𝕌𝕃𝕆 - 𝕏𝕏𝕀𝕀𝕀 𝓐 𝓑𝓮𝓼𝓽𝓪 𝓭𝓸 𝓜𝓪𝓻
Fazia-se três dias que Aemond e Ophelia saíram a procura dos Arcanjos. E dentro deste período, Lucerys perdia cada dia mais a sua sanidade.
O estoque de alimentos diminuía cada vez mais, e ainda com mais bocas para alimentar depois da chegada dos anjos, a comida começou a ser fracionada. Rhaenyra passava mais tempo no conselho do que gostaria, e Lucerys não sabia como ajudar.
Ele ouvira de Aemond sobre como sua tia sabia mais que todos, que ela sonhava. Com a esperança de obter uma luz, Luke fora até o quarto de sua tia, e foi recebido por uma Lucenya animada, que agarrou sua perna, como de costume.
- Mano Luke!
- Como vai princesinha?
Lucenya deu risinhos ao ser levantada pelo irmão e receber inúmeros beijos no rosto.
- Onde está a tia Helaena?
- Titia Ena ta lá, oh!
O dedinho magro apontou para um ponto perto da varanda, onde Helaena estava sentada, bordando. Lucerys beijou o topo da cabeça da irmã, deixando-a ir brincar no tapete cheio de brinquedos onde seu gêmeo e Jaehaerys, e Jaehaera, se encontravam com suas babás.
Lucerys foi cauteloso ao se aproximar, sentando-se na frente da tia, esperando que a mesma percebesse sua presença. Helaena murmurava em um tom audível o suficiente para Lucerys escutar, dizendo de um jeito como se cantasse uma canção de ninar.
"Preto e verde se entrelaçam, fazendo com que a dança acabe. Mas conseguiram eles impedir o terror reinar?"
Helaena piscou várias fezes, erguendo a cabeça, finalmente reconhecendo a presença de Lucerys no cômodo. Ela sorriu docemente.
- Há que devo o prazer de sua visita, sobrinho?
Era engraçado imaginar que, quando uma frase assim escapava dos lábios de Aemond, era percebida com sarcasmo e acidez, enquanto quando Helaena a proferia, seu tom tranquilo a transformava em uma melodia de amor e serenidade.
- Aemond me disse uma vez que é bom em dar conselhos...
Helaena inclinou a cabeça, esperando-o continuar.
- O que devo fazer em relação ao monstro marinho?
- Não sei te dizer, sobrinho.
A boca de Lucerys se transformou em uma linha fina.
- Tia, estou desesperado. Os anjos não poderiam cuidar disso, por mais que pareçam poderosos, uma batalha na água, reduziria os números drasticamente. Preciso fazer algo.