🐞. Fofocas e Verdades

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– O que é, drog... Luka?! O que você tá fazendo aqui? – levantei na mesma hora vendo meu namorado e fui na direção dele de olhos arregalados. – Olha, não é o que você tá pensando...

– Eu tentei avisar. Argh, esquece. Vocês que lutem! – Alya saiu do quarto massageando as têmporas e tentando aliviar a veia saltada que tomou conta de sua testa.

– Amor, olha, me desculpa. Eu não sabia que você estava no quarto enquanto eu dizia essas besteiras. – Luka segurou minha mão e me guiou até a cama, fazendo com que eu sentasse e ele também.

– Shhh... Tudo bem, Marinette. Você sabe que eu confio em você. Além do mais, nós dois estávamos juntos, nem tinha como rolar nada. Fica tranquila. – ele sorriu gentilmente e acariciou minha bochecha.

– Eu sou muito burra, óbvio, ficamos juntos e você me trouxe até o hotel. Foi naquela noite que conheci a Zoé. Nossa, como sou burra! – bati em minha cabeça 3 vezes e Luka segurou minha mão, me impedindo de fazer de novo.

– Acho que tem muita coisa acontecendo nessa cabecinha, não é? Que tal a gente relaxar um pouco? – Luka disse e colocou a mão em seu bolso, procurando alguma coisa suspeita. Eu logo presumi o que era e o interrompi.

– Olha, eu não... eu não fumo, sabe? Respeito, mas pra mim não gosto e tal. – fui falando totalmente afobada e gaguejei um pouco.

– Ah, legal, Marinette... Eu também não. – ele me olhou com uma expressão confusa e achou o que queria no bolso. Sua palheta com o desenho de um crocodilo.

– Ufa! – suspirei aliviada e coloquei a mão no peito.

– O que foi, Marinette? – ele continuou confuso e me olhava fixamente.

– Ah, nada não! O que você queria fazer mesmo? – perguntei e ele tirou o violão da sua mochila que sempre carregava nas costas.

Luka começou a tocar e eu acabei esquecendo um pouco da vida, enquanto curtia o momento. Então Luka deixou o violão de lado e nós nos beijamos intensamente, aquilo deixou meu coração aliviado, porque eu sentia que realmente amava Luka. Quando nos beijávamos, sentia meu coração se conectar com o dele e eu simplesmente flutuava. Luka se levantou e trancou a porta, o que me deixou um pouco nervosa, eu já sabia do que se tratava quando alguém trancava a porta. E nós nunca conversamos sobre isso, então eu fiquei bem apreensiva.

Luka colocou a mão gentilmente em minha bochecha de novo e eu senti ela corar, algo que acontecia com menos frequência, pois ele era meu segundo amor e eu não era mais tão jovem. Tentei me manter focada no momento e senti ele se aproximar do meu pescoço, dando alguns beijos ali. Eu notei que a coisa estava começando a esquentar, porém eu me senti meio estranha. Tentei mais uma vez focar, mas eu não conseguia e meu corpo simplesmente parou de reagir aos toques de Luka, mesmo que ele fosse muito bom naquilo. Eu estava realmente nervosa naquela hora, minha cabeça estava um turbilhão e eu não tinha espaço pra ter uma nova experiência. Não naquele momento. Então eu preferi falar.

– Luka... – eu chamei, enquanto ele estava beijando meu pescoço.

– Diz... – ele voltou sua atenção pra mim.

– Me desculpa, eu... – falei desanimada.

– Tudo bem, eu entendo. É a primeira vez, não é? – ele me pegou no pulo.

– Sim. Acho que... – falei e ele completou.

– Você não está pronta. Tudo bem. – ele sorriu de maneira gentil de novo e se afastou.

– Tem muita coisa acontecendo, eu não consigo pensar. Me perdoa, sei que isso é importante pra todo homem. – expliquei querendo chorar.

– Fica tranquila, não é tão importante assim. Sabe o que é importante pra mim? Te ver feliz e bem. Eu posso esperar o seu tempo, não esperei por 3 anos, desde aquela vez que te vi em Fontaine? – ele riu fazendo piada de si mesmo.

– É, você demorou um pouco. Sabia que você é incrível? – eu confessei.

– Hm, parcialmente sim. – Ele riu e me deu um selinho.

– E muito bobo também! – dei um empurrão de leve nele e retribuí o selinho.

– Então, mudando de assunto um pouco. A Kagami conseguiu meu número. – ele disse sério.

– E o que ela disse? – eu estava aterrorizada, mesmo não tendo feito nada de errado.

– Bom, ela me xingou um pouco. Daí ela te xingou um pouco. E aí ela xingou o Adrien bastante até. Depois ela se xingou um pouquinho. E aí ela me mandou tomar conta de você. E eu disse que ela deveria tomar conta dobrado do namorado dela. Ela me xingou de novo e desligou. – ele disse tudo bem rápido e começou a rir.

– Ela é meio doida. Sabia que ela me sequestrou esses dias? – eu ri.

– O que?! Como assim?! – Luka perguntou indignado.

– É, ela me botou no carro e disse que era pra eu ficar longe do Adrien. Que doideira, né? – eu falei rindo e minha expressão mudou depois que me lembrei da saída que dei com ele.

– Marinette. O que você sente pelo Adrien? – Luka me perguntou totalmente desprevenida.

– Eu? Ah, droga! E-e-eu... O-o que eu sinto? Eu... Eu... É... Merda. Eu sinto... Eu não sei, Luka. Essa pergunta foi do nada. Ai, droga. Não sei. – respondi sem graça.

– Não sabe? – ele continuou com a mesma expressão de monge.

– Não. – eu disse de cabeça baixa.

– Então eu acho que tá na hora de pensar mais nisso e descobrir, Marinette. – ele ajeitou sua roupa e guardou o violão, junto com sua palheta.

– Eu sei disso. – falei sem graça.

– É, acho que vou indo. Se cuida, ok? – ele pôs a mão na minha cabeça, me deu um beijo na testa e foi embora, com o astral totalmente mudado. Me senti mal com aquilo.

Eu já estava sozinha no quarto novamente e Alya entrou totalmente revoltada, segundos após Luka sair. Me perguntei como ela viu ele sair tão rápido, visto que aquele prédio dos Bourgeois era enorme, mesmo em um único andar. Presumi que talvez, só talvez, ela estivesse ouvindo tudo.

– CARACA, MARINETTE. "NÃO SEI"? VOCÊ TÁ DOIDA? COMEU MERDA? – ela disse, fechando a porta do quarto pra ninguém ouvir os gritos.

– Ai, mas eu não sei mesmo, ué! – expliquei nervosa com as mãos na cintura.

– Amiga, olha só. – Alya se sentou ao meu lado e diminuiu o tom. – Nos relacionamentos, às vezes, bem de vez em quando, é legal a gente mentir pra aumentar a auto estima do namorado. Essa, por exemplo, é uma das situações em que seria totalmente admissível você ocultar a verdade, sabe?

– Hm, sei... – falei desconfiada.

– E por que não fez isso? Foi uma péssima resposta! – ela disse brava.

– Eu vou consertar isso, ok? Agora preciso dormir mais. Até daqui a pouco! – me joguei na cama e me cobri totalmente, me anulando do mundo.

– Chata, vou contar tudo pra Zoé! – Alya fez um barulhinho de peido com a boca e saiu do quarto.

E naquele mar de tristeza, merdas, desencontros e fofocas, eu dormi de novo, desperdiçando mais uma linda tarde em Paris. 

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Fontaine - Meu Amor de Verão [NOVA TEMPORADA]Where stories live. Discover now