27: capítulo final.

Começar do início
                                    

Algumas, fariam faculdade e se tornariam excelentes profissionais.

Algumas já estavam prometidas, casariam logo e formariam suas famílias.

Algumas, fariam os votos e se tornariam freiras.

Outras, como S/n, não tinham a menor idéia do que fariam dali para frente. Apenas tinham essa vontade avassaladora de abraçar o mundo com os próprios braços.

Após a última aula, rolou um encerramento com um coral feito pelas meninas, além de um banquete digno de rei.

As meninas trocaram os laços e as tiaras da cabeça pelo capelo, estavam de mãos dadas sentadas sobre os assentos da igreja, onde o padre acabara de dar a benção e Mary tomara o altar.

Mary está linda e radiante, ela fez um discurso enorme de quase uma hora e foi chamando garota por garota para pegar seu certificado e falar algo caso queira. Até chegar a vez de S/n.

— S/n Pardo.

S/n aperta ainda mais forte a mão de Sadie e de Millie e sorri extremamente nervosa, subindo no altar. Ela recebe o certificado e abraça Mary.

—  Existe algo que queira compartilhar, minha linda?

— Sim. – S/n acaba por ver Finn pela primeira vez naquela noite, ele havia acabado de entrar e se escorou no fundo, ao lado do inspetor. Mesmo de longe, o sorriso dele parecia iluminar todo o lugar. S/n limpa a garganta e pega o microfone. — Quando você é criança, sempre te perguntam o que você quer ser quando crescer. Qualquer menininha normal responderia; médica! veterinária! ou sei lá, astronauta!

As garotas riem brevemente, assim como o padre.

— Mas essa não foi minha resposta. Eu disse que queria ser freira. A minha pré adolescência foi um pesadelo, ser diferente num mundo onde todos são tão iguais te põe em situações embaraçosas. Na minha adolescência, eu segui firme com o meu sonho, sempre quis agradar a minha família, mas em especial Deus, até eu encontrar o amor da minha vida e o meu sonho ir por água abaixo. – Ela fecha os olhos e sorri. Mesmo que não tivesse olhando na direção, podia sentir os olhos de Finn Wolfhard a queimarem. — No início, eu me sentia suja, impura, uma grande farsa, simplesmente por ir contra os meus ideais. Eu sentia que estava decepcionando todos, até perceber que a única pessoa que realmente esperava algo assim de mim era eu mesma. O que eu estou tentando dizer aqui é que; de fato, o mundo, as pessoas, a religião... eles pegam na tua mão e tentam te forçar a escrever uma história que não é sua, num ponto que você começa a acreditar que precisa daquilo pra ser digna de algo, mas não precisa! Não tenham medo de errar, de se contradizer, de aceitar os riscos. Aceitar riscos é bom, significa que você está usando a coragem que Deus colocou em cada um de nós. Ninguém além de mim é dono da minha história. E aqui estou eu, crescida. Mary perguntou a muitas de nós como achamos que vamos estar daqui 5 anos, então aqui vai a resposta: Eu não sei como vou estar daqui 5 anos, a única coisa que sei é que vou estar feliz por estar em qualquer outro lugar que não seja um convento, mas com o homem que eu escolhi pra passar o resto da minha vida. Obrigada.

Assim que ela entrega o microfone e desce do altar, todos se levantam para aplaudi-la de pé, inclusive seus pais.

— LINDAAA! - Millie grita assobiando, Sadie ajuda a fazer barulho.

S/n abraça os pais, logo em seguida corre para os braços de Finn que a esperava de braços abertos.

— Eu te amo. – Ele sussurra no ouvido dela, com os olhos ligeiramente marejados.

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𝘥𝘦𝘭𝘪𝘤𝘪𝘰𝘴𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora