As Estações da Vida

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Na alvorada da vida, quando a aurora desperta,
A alma floresce em botão, repleta de sonhos a rimar,
Como o sol que beija o dia, a esperança acalenta,
Promessas desabrocham em canteiros de encantar.

No jardim da juventude, paixões como rios fluem,
Águas impetuosas, desenfreadas a correr,
Cada gota transporta anseios que no coração constroem,
As margens da razão, com o tempo a prevalecer.

E ao cair das folhas, a sabedoria se instala,
O outono sereno beijando o horizonte dourado,
Vastas experiências, como tintas na paleta da alma,
Na jornada que se pinta, passos firmes e ancorados.

No inverno da existência, surge a introspecção,
Qual neve cobrindo memórias com seu manto alvo,
Anos a fio prateados, entrelaçados, paz a trazer,
Mapa do tempo constrói, tesouro sábio a entender.

Como astros celestes, as estações giram em compasso,
Cada volta, um capítulo, na história da caminhada,
Assim como o vento sussurra às folhas no regaço,
O tempo ensina lições em cada passo da jornada.

O rio da vida flui, serpenteando o destino,
Navegando nas águas claras, com olhar de criança a espiar,
A cada curva, um ensinamento, divino e contínuo,
Ecos do universo dançam, tecendo esperança a brilhar.

Cada estação, um ato, uma cena que se apresenta,
No palco efêmero, onde a existência se entretece,
O ser se descobre, se perde, se reinventa,
O Tempo dança contínuo, a alma enriquece.

A terra colorida nas estações, quadros de cores belas,
A vida pinta a alma, matizes densas e  infinitas,
O tempo, artista habilidoso, usa o pincel nas telas,
Cria obra única, com as histórias mais bonitas.

Ciclos do ser, nas orbitas que as estrelas cruzam,
Entrelaçam-se harmoniosos, fluidez imaculada,
A cada estação, novo mundo desvendam,
Estações da vida em fugaz brevidade, jornada aclamada.

Entrelinhas do Coração Where stories live. Discover now