Onde, após dois meses sumido depois de entrar para a Federação, q!Cellbit volta sem lembrar de nada e um pouco diferente.
Ou onde, q!Roier e Richarlyson são os primeiros a falar com q!Cellbit após a sua volta.
— 🐻❄️ —
Cellbit andava pelos campos verdes de algum lugar que não sabia qual era. Aquele local parecia familiar, como uma memória bem distante, aquelas que o tempo apaga e joga no vale do esquecimento.
Ele andava devagar, sentindo a grama raspar em sua calça marrom, sentindo o cheiro de floresta e olhando para tudo à sua volta.
Ele ficou atento a todos os detalhes desde que conseguia se lembrar; ou seja, desde o dia em que acordou em uma sala branca de hospital e o informaram que ele estava em uma Federação, como um governo, e ele seria o investigador deles.
O que consistia ser o investigador? Consistia em observar mudanças na ilha, sinais estranhos ou tentativas de invasão à base secreta.
Cellbit não se lembrava de nada antes disso, tudo não passava de um borrão. Tinha alguns flashes de lembranças como, uma criança de camisa amarela e uma faixa azul, que surgia repentinamente nas suas memórias de vez em quando. Suas lembranças eram totalmente simples: Federação, sangue e monitores eletrônicos.
Enquanto andava, sentiu uma presença ao seu lado. Já sabia quem era, sem nem se questionar antes.
— Diga Cucurucho — Cellbit disse frio, se sentindo desconfortável como sempre acontecia quando o urso estava por perto.
O de branco pegou a sua mão à força e com uma faca, deslizou suavemente pela sua palma, onde já havia algumas marcas cicatrizando. Um filete vermelho apareceu na pele branca do investigador, o machucado ardendo como fogo.
Cellbit nem ao menos demonstrou uma cara de dor. Sabia que não podia, ou, seu sofrimento seria pior.
"Remember: enjoy the island Cellbit."
—
Roier estava passeando com Richarlyson, filho dos brasileiros, enquanto andava de um lado para o outro com o filhote, mostrando algumas flores e brincando com o mesmo.
Desde que Cellbit se foi, há dois meses, Roier se sentia sozinho, assim como Richarlyson também se sentia só.
Claro, o pequeno dragão ainda tinha seus outros pais brasileiros, porém, Forever estava ocupado demais com Bad Boy e Foolish; Pac e Mike quase sempre estavam andando por aí com seus próprios projetos e, bem, Felps não estava mais com eles fazia tempo.
Já Roier, simplesmente não conseguia mais ficar feliz da mesma maneira desde que o seu brasileiro favorito havia sumido. Não ouvia mais o "Guapito!", não tinha mais abraços reconfortantes e calorosos do brasileiro e, o principal, não tinha mais o amor.
Roier não se sentia mais amado por ninguém.
Então, a solução encontrada pelo mexicano e pelo filhote, foi se juntar e ficarem juntos. E, funcionava, até a hora do pequeno brasileiro ir dormir e Roier ir para a sua cama, chorar pela saudade que esmagava o seu peito.
— Hey Richas, ¿nos vamos a casa? — Roier disse sorrindo para o menino, que assentiu e escreveu na sua plaquinha.
"Vamos, estoy cansado :')"
