#𝟎𝟐𝟏 𝐅𝐀𝐂𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐓𝐑𝐔𝐓𝐇

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─ Desde que as fotos vazaram, ele...sumiu. Acho que ele sentiu vergonha de mim.

─ Harry...

─ Está tudo bem, é um risco que eu corri desde o começo.

─ Para de falar como se fosse culpa sua. Você não é a primeira pessoa que manda nudes na face da Terra. Atlas que deveria se envergonhar.

─ Mas nunca acontece, não é? Eles são sempre vanglorizados nessa situação. É ridículo.

─ É por isso que você está mal? Por causa de Louis?

─ Não exatamente. Eu estou sentindo muita, muita, vergonha. O fato de que o cara que eu estou gostando fugiu das minhas mãos como areia, só piora a situação.

Niall parece travar uma batalha interna dentro de sua própria cabeça maluca, quando quebra o silencio:

─ Que seja! Eu sou o seu melhor amigo e não vou deixar você no fundo do poço como você está. Que se foda aquele merdinha do Atlas e que se foda aquele professor covarde, nós vamos sair e encher a cara.

─ Niall, pelo amor de Deus...

─ Não! Não estou te dando opções. Nada vai melhorar se você não sair dessa cama. Você vai fazer isso e depois vai voltar pro seu trabalho antes que você seja demitido, está tudo entendido entre nós, Sr.Styles?

─ Tudo bem.. ─ ergo as mãos no ar em sinal de rendição.

─ E lava essa apodridão de cabelo.

─ Esse seu cabelo mais seco que deserto do Saara e você nessa, se manca!

A vida é injusta, mas continua, nada nem ninguém merece a pausa arrastada da minha vida. Ela vale demais. Mesmo com todos as suas falhas, tropeços e arrependimentos, ela é a única coisa que me pertence até o fim.

Número desconhecido: Oi, Harry. Aqui é o Gustan, da terapia em grupo. Peguei o seu número com a Ashley, a velha que casou com o boneco inflável, sabe? Quer tomar um café qualquer dia desses?

9:28 AM

É... a vida continua mesmo.

─ Niall, cadê você? Já é a segunda cerveja que eu peço e você ainda não chegou. Estou no balcão caso você chegue e não me encontre, beijos. ─ deixo a segunda mensagem da noite na caixa postal do meu amigo.

Talvez eu esteja exagerando se considerarmos que eu estou um pouco adiantado, mas eu precisava mesmo beber.

Estou em um dos melhores pubs de Londres e um dos favoritos dos universitários. O 'magic hands', que mais tem nome de Sex Shop do que qualquer outra coisa. Ainda assim, acho que o nome se dá pelas batidas incríveis.

A voz melódica de Frank Ocean reverbera pelas paredes do pub, quase me convencendo a ir para pista.

─ Aqui sua batida de morango, gracinha. ─ estou distraído olhando os corpos que dançam na pista quando o barman coloca um copo na minha frente.

─ Eu não pedi nada. Acho que você está enganado.

─ Aquele cara ali pediu. Quer que eu devolva?
Meu olhar se move para o lugar que ele aponta. Eu reconheceria aqueles olhos de longe.

𝐀𝐅𝐄𝐓𝐑𝐎𝐏𝐈𝐀 ── larry stylinson.Where stories live. Discover now