Marinette é uma adolescente insegura, dona de um cabelo peculiar e um temperamento forte. No início de suas férias, a jovem embarca em uma viagem saindo da China para a pequena cidade Fontaine na França, direto para a casa de sua tia. Marinette espe...
— O irmão da Juleka? Sim, sou eu. E você não é... — Dessa vez, eu quem o interrompi.
— A menina da festa da sua irmã. — eu disse o cumprimentando de forma simpática. Porém senti que estava vermelha como um tomate.
Notei que havia um burburinho a minha volta e que as pessoas olhavam para mim com rostos curiosos. Eu não entendia o porquê daquilo e abaixei meu rosto tentando não visualizar aquelas pessoas. Luka botou a mão no meu ombro e disse com calma.
— Eu sei que você é muito fã dele, mas não precisa surtar por um cartaz!
Luka apontou para um cartaz próximo dali com o rosto de Adrien estampado e as pessoas voltaram aos seus afazeres, o que continuou a me deixar confusa.
— O que foi isso? — perguntei.
— Bom, você só gritou o nome de um dos caras mais famosos da cidade como se o próprio estivesse bem aqui, criando um certo alvoroço ao nosso redor. — ele deu de ombros rindo.
— Às vezes eu esqueço que ele é tão famoso. — suspirei.
— Enfim, Marinette. Você está bem? — ele disse com os olhos vidrados em mim e ajeitou a capa da guitarra nas costas.
— Como sabe meu nome? — perguntei curiosa.
— Você me falou na festa. — ele riu.
— E você lembra? — eu disse surpresa.
— Como poderia esquecer? — o menino continuou a sorrir, de forma reconfortante.
— Eu não me lembro do seu nome, desculpe. — expliquei com um pouco de vergonha.
— Luka. Bom, é um prazer poder te ver de novo, Marinette. Nunca imaginei te encontrar aqui, a Ju me disse que você mora na China! — ele disse empolgado.
— É, eu vim ver a Alya. E você, o que veio fazer em Paris? — falei um pouco intrigada.
— Bom, eu vim visitar o meu pai e compor algumas músicas com ele. Também quero conhecer Paris um pouco melhor. — ele explicou.
— Uau, seu pai deve ser um músico maravilhoso. — falei com um tom de empolgação.
— Talvez você conheça ele. É o Jagged Stone. — ele falou, mas não parecia tão animado.
— O que?! Eu não sabia que o Jagged Stone tinha filhos! — falei incrédula.
— É, eu também não sabia. Até um ano atrás. — ele riu.
— A Juleka deve ter amado saber disso, ela ama um rock, né? — disse me lembrando de minha amiga.
— Ela ficou sem reação, assim como eu. Mas enfim, você está sozinha por aqui? — ele olhou para os lados procurando alguém.
— Estou. Na verdade, todos os meus dias têm sido assim. — falei cabisbaixa lembrando que nem Alya estava curtindo minha companhia nessa viagem. E Adrien, bem, não é tão legal encontrar alguém só em coincidências.
— Eu posso te fazer companhia? - ele perguntou e pela primeira vez, vi que parecia nervoso.
— Na verdade, seria um favor! — eu disse rindo e ele deu alguns passos pequenos indicando que nós andássemos um pouco.
Nós continuamos conversando sobre o pessoal de Fontaine e Luka me atualizou sobre as fofocas de lá, me deixando extremamente animada para que um dia eu pudesse voltar.
O dia estava começando escurecer e Luka indicou que iria me deixar no hotel, para que eu não corresse perigo algum. Eu concordei e andamos pelas ruas de Paris de volta para casa. Luka às vezes parecia um pouco apreensivo com algo e voltava ao normal. Fiquei me perguntando o porquê dele estar assim, até que entendi quando ele resolveu perguntar.
— E o seu lance com o Adrien? — ele falou com um pouco hesitante.
— Bom, cortamos o contato faz 2 anos e agora eu vim pra cá procurar ele, mas ele está namorando e pelo que entendi, a vida de famoso é bem conturbada. — expliquei séria e ele entendeu.
— E como está se sentindo sobre isso, Marinette? — ele perguntou em tom atencioso.
— Confesso que já me senti pior. — falei com uma certa indiferença.
— Acho que entendo. — ele disse.
Nosso papo durou um bom tempo, até que eu cheguei na calçada do hotel onde eu estava hospedada e ele parou ali perto para se despedir.
— Acho que você está entregue. — ele sorriu.
— O que?! — pensei que ele estava se referindo a eu estar entregue para ele.
— Tipo, eu já te deixei em casa. — ele respondeu despreocupado.
— Ah sim! — concordei com a cabeça.
— Eu queria te ligar amanhã. Se você quiser uma companhia pra andar por aí ou só conversar, sei lá. Pode me passar seu telefone? Se não quiser, eu vou entender. — ele disse, dessa vez parecia nervoso.
— Claro, Luka! — falei com uma pontinha de felicidade no coração e anotei meu número no celular dele.
— Então a gente se fala, né? — ele sorriu.
— Claro! Te mando mensagem quando entrar no quarto. — eu disse.
— Boa noite, Marinette! — ele deu um beijinho na minha bochecha e eu acenei, indo embora.
Subi as escadas do hotel com o meu coração acelerado e nem era pelo exercício. Fiz um alongamento no meio da escada para melhorar meu desempenho e demorei um pouco, mas acabei chegando no quarto, totalmente esbaforida. Abri a porta e dei de cara com Alya me olhando.
— Amiga, você não sabe o que aconteceu! — eu falei sorrindo.
— Eu sei sim, porque eu estava te observando pela janela! — ela disse na mesma empolgação.
Nós duas corremos uma até a outra e nos abraçamos muito empolgadas e Alya dizia várias palavras me encorajando a seguir em frente e insinuando que talvez aquilo fosse meu destino. Depois que acalmamos um pouco, Alya se sentou comigo.
— Agora você vai me contar todos os detalhes! — ela riu e eu contei tudo. Tim tim por tim tim.
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