Marinette é uma adolescente insegura, dona de um cabelo peculiar e um temperamento forte. No início de suas férias, a jovem embarca em uma viagem saindo da China para a pequena cidade Fontaine na França, direto para a casa de sua tia. Marinette espe...
— Entendo. — respondi querendo dar um fim àquela conversa.
Meu celular começou a tocar e eu nem tinha lembrado de checá-lo com toda aquela confusão. Era Kagami me ligando, porém meu pai mandou que eu desligasse, pois ele ainda não tinha terminado de conversar comigo. Eu desliguei e quando olhei para a tela, me assustei, eram simplesmente 38 chamadas perdidas, provavelmente sobre o assunto das fotos com Marinette. Só consegui imaginar o quanto eu estava ferrado em todos os quesitos da minha vida. Meu pai se sentou ao meu lado e continuou a falar.
— Quem é essa Marinette? — ele perguntou.
— É uma garota por quem eu me apaixonei quando tirei férias em Fontaine. — eu respondi.
— Aquelas férias nas quais você voltou todo rebelde e eu precisei te consertar de novo? — ele perguntou bravo.
— Sim, pai. — abaixei a cabeça.
— Tinha que ser coisa da sua mãe. — ele revirou os olhos.
— Pai! — eu disse o repreendendo.
— Escute, Adrien. Essa coisa de amor não funciona. Você precisa pensar no seu futuro, nos negócios. Sai desse mundinho, faça da Kagami a garota mais feliz do mundo porque ela sim vai te levar a algum lugar, não essa menina classe média. — ele falou seco.
— Tá. — eu disse um pouco triste.
— Escute o que estou dizendo. Você vai se afastar dessa tal de Marinette, não quero que a veja nunca mais. E também não quero ver mais nenhuma historinha sobre isso. Nós já combinamos há alguns anos, mas é melhor reforçar. Você sabe que gosto das coisas corretas.
— Tudo bem, pai. — forcei um sorriso fingindo que estava tudo bem.
Lembrei da primeira vez em que precisei me afastar de Marinette, pois meu pai quase me obrigou a namorar Kagami e fez algumas ameaças à Marinette, sabendo que eu cederia para não prejudicar Marinette. Eu fiquei mal por muitos meses, mas acabei me acostumando com aquela vida meio sem amor. Aquela era a minha realidade, não tinha como fugir dela.
Mais uma vez o toque do celular interrompeu meus pensamentos e era Kagami de novo, então eu atendi.
— Adrien! Você já viu os portais de notícias?!
— É, eu já vi sim...
— Você não tem vergonha? Aquela garota de novo? Que droga!
— Olha, não é o que você pensa. Coincidiu de trombarmos no elevador.
— Uau, como é o destino, não é, Adrien? Por que não casa logo com ela e vai viver feliz para sempre em uma montanha?
— Merda, Kagami, tem como se acalmar?
— Não!
— Olha, me escuta, amor. Eu prometo que vou resolver isso, só confie em mim.
— Resolve sua merda.
Ela desligou na minha cara e eu tentei ignorar aquilo, pois eu já estava acostumado com os surtos de Kagami. Fui até o escritório do meu pai e pedi que ele abrisse uma coletiva de imprensa, de emergência, assim viriam poucos jornalistas e eu conseguiria dar o meu recado.
Se passaram algumas horas até que a coletiva estivesse pronta em um auditório próximo à minha casa. Kagami foi comigo e somente nós dois iríamos responder às perguntas. Eu estava cheio de dor de cabeça e me sentia bastante nervoso, mas pus em mente que aquilo era necessário. A primeira pergunta quebrou o silêncio e o repórter começou.
— Adrien, o que tem a dizer sobre os tabloides?
— Bom, eu acho que as pessoas estão reagindo um pouco demais a coisas bobas. Sabe, não foi nada demais e todos estão transformando isso em uma tempestade. Mas eu estou com a consciência tranquila.
Então uma segunda repórter perguntou,
— Adrien. Sua namorada Kagami disse que aquela menina era apenas uma fã, mas te vimos duas vezes com ela e a cada vez parece um clima mais íntimo. O que tem a dizer sobre isso?
— Na verdade, Kagami não sabia, mas Marinette é uma amiga de infância minha e eu a encontrei por acaso aqui em Paris. Não há nada demais nisso e também não há clima íntimo nenhum.
A mesma repórter perguntou algo que mexeu comigo, mas eu tentei disfarçar o máximo que podia, fingindo uma risada.
— E você sente algo por ela?
— Não! De onde vocês inventam isso? Somos só conhecidos.
Mais um repórter perguntou,
— Houve brigas entre você e sua namorada por conta dos tabloides?
— Não, claro que não! A Kagami confia muito em mim, somos leais um ao outro, não há necessidade de briga.
Um outro repórter perguntou fechando as perguntas.
— Então, Adrien. Qual o seu futuro com a senhorita Kagami?
— Bom, eu a amo, todos sabem disso. Pretendo ter uma vida normal com ela e desejo que ela esteja no meu futuro, de preferência casada.
— Temos um possível noivado chegando então, senhor Agreste?
— Quem sabe um dia.
Terminei a coletiva sorrindo, eu e Kagami nos beijamos na frente de todos, para que pensassem estar tudo bem entre nós. Posamos para algumas fotos e Kagami mostrou o anel que eu tinha dado de presente a ela. Fiquei conversando algum tempo com os donos do auditório e depois disso, resolvi descansar em casa, deixando Kagami na casa dela. Pedi desculpas ao Nino por furar nossos planos e remarquei para outro dia. Cheguei em casa, torci para que Marinette não assistisse aquela coletiva caótica e me deitei na cama, pronto para apagar.
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