— Vem cá. — a coloquei em meu colo e dei um beijo em sua bochecha. — Quer que o seu pai cante Elvis pra você?

— Sim! — abriu um largo sorriso.

Fui até o quarto de Nathan e entrei. Noah ainda o balançava no colo e o bebê insistia em ficar de olhos bem abertos, mordendo sua mão enquanto babava.

— Soso, anjinho, por que está acordada? — Noah perguntou.

— Continua a música, por favor, papai! — ela pediu.

Noah riu e se sentou na poltrona, fazendo sinal para que eu colocasse Sophie do outro lado do seu colo. Fiz isso e observei os três amores da minha vida abraçados. Noah enlaçava nossos filhos com proteção e carinho e cada vez que seu olhar ia de um para o outro, eu podia jurar estar vendo alguma espécie de brilho.

— A mamãe vai cantar? — Sophie olhou para mim.

— Eu não sei cantar. — ri.

— Eu gostar da sua voz.

— Se diz "gosto", anjinho. — Noah sorriu e beijou a testa dela.

Sophie falava praticamente tudo, mas às vezes atropelava uma palavra ou outra, quase sempre por falar rápido demais. Essa coisa de falar pelos cotovelos ela com certeza herdou de mim. Do Noah, ela herdou a cor dos olhos, que eu nunca consegui decidir se eram verdes ou azuis. Nem ele mesmo sabia dizer.

— Tudo bem. Eu posso cantar a música que eu e o seu pai dançamos no meu baile de formatura. Foi o nosso primeiro beijo, bom, para mim apenas. — ri.

— Eca! Beijos! — Soso fez uma careta.

— Gostei desse posicionamento, continue pensando assim até os trinta e cinco anos. — Noah brincou.

Mas poderia muito bem não ser brincadeira.

— Começa, mamãe! — ela deu alguns pulinhos, fazendo Nathan soltar uma risada.

Comecei a cantar a música e no meio dela Noah começou a me acompanhar. Soso olhava de mim para o pai muito atenta, quase sem piscar. Nathan ainda não tinha esse grau de percepção, mas ficou quietinho ouvindo nossas vozes.

Quando terminamos, nossa filha bateu palmas animada.

— Mais uma! — pediu.

— Não. Não. Já está tarde para você estar acordada, agora é hora de dormir. — Noah avisou.

— Eu coloco ela na cama. — me aproximei.

— De jeito nenhum. — ele negou com a cabeça. — Você está cansada. Não cuidou das crianças, mas trabalhou o dia inteiro no planejamento da sua loja. Tome um banho quente e vá dormir. Eu me viro com esses dois.

— Você tem certeza?

— Absoluta, amor.

— Ok. — me aproximei dele e lhe dei um selinho, depois depositei um beijo no rosto de Sophie e outro em Nathan. — Boa noite. Eu amo vocês.

— E a gente te ama. — meu marido abriu um belo sorriso para mim.

— Te amo, mamãe! — Soso acenou com a mão antes de eu sair do quarto.

Fiz o que Noah disse e assim que deitei na cama, Thor tentou subir, mas com a idade em que estava, a cada dia aquela se tornava uma tarefa complicada. Fazendo um pouco de esforço, eu o ajudei a subir e ele se aconchegou perto dos meus pés.

Thor passava a maior parte do dia dormindo agora, estava mais gordo, a respiração mais pesada e a animação que tinha para brincar estava indo embora, a não ser quando se tratava de Sophie. Parecia que mesmo cansado ele achava importante persegui-la pela casa sempre que ela o chamava.

Estúpido Cupido! ⁿᵒᵃⁿʸNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ