E abraçado a ela está Pablo Gavi, de todas as pessoas que ela poderia ter imaginado.

Daisy passou a vida toda pensando que o amor era algo sufocante, ruim, um peso, o tipo de dívida que você paga pelo resto da sua vida, foi assim que seus pais demonstraram o amor deles por ela, e para ela.

Sendo eles a sua base a menina imaginava que iria se casar com alguém que fosse arruinar a sua vida e nem a amaria, ela imaginou que estaria aos quarenta anos viciada em álcool como sua mãe e estragando tudo por pura solidão como seu pai, talvez ela estivesse chorando para seus filhos sobre seus problemas, e fazendo da sua vida um tipo de pedra no sapato dos seus filhos, isso era o que ela conhecia e sabia sobre o amor.

Ele não era belo, nem dinâmico, era uma obrigação que teria que acontecer sendo verdadeiro, bonito, puro ou um completo desastre.

Mas não é assim, o amor é uma coisa libertadora, amar alguém é livre, tem seus altos e baixos, ela sente que amar é como pular em queda livre, você terá aquele frio na barriga, o arrependimento no começo mas a sensação maravilhosa no fim. O amor não é um peso ou qualquer merda do tipo, o amor é como sua casa de infância, onde você fez suas melhores memórias, o lugar que sempre que você entrar irá encontrar conforto, amor e boas recordações, é um tipo de sentimento que nenhuma palavra poderia explicar.

O amor é dourado, como Taylor Swift diria. O amor é a liberdade, a emoção, a paixão, o conforto, o sorriso do fim do dia.

O amor é delicado.

Não porque ele é difícil e complicado como um quebra cabeça, mas porque ele tem suas diversas camadas de conhecimento.

E Pablo Gavi é o amor, ela tem certeza disso agora.

- Você disse que essa era a música mais animada do álbum e está chorando com ela? - questiona o jogador com um sorriso divertido por cima do som alto de Brutal, a música que abre o disco.

- Eu te amo.

A garota não diz isso, ela não afirma, ela confessa, como se fosse o seu segredo mais íntimo que estava disposta a revelar, eles já disseram isso antes, mas Daisy sente que dessa vez ela realmente quis dizer, foi sincero como uma risada alta após uma piada ruim ou como um choro forte após um dia terrível, era uma confissão sincera.

Pablo sabia disso.

- Eu também te amo, Daisy Rose.

O sorriso grande cresce enquanto os dois estão abraçados ouvindo cada palavra cantada da morena, Daisy nunca se sentiu tão confortável com alguém sabendo ler todas as suas entrelinhas como se sentiu ao saber que Gavira estava lendo cada uma das suas.

- Preciso te admitir uma coisa - diz o menino encarando a garota em seus braços que o olha esperando a confissão do mesmo - Sabe aquele dia que acertei uma bola em sua cabeça sem querer? - questiona o menino e a menina assente - Não foi sem querer, foi de propósito.

O olhar da morena vai de surpreso para divertido no mesmo instante enquanto tem sua boca aberta em surpresa, ela sabia e tinha a certeza que ele fez por querer mas disseram "não, ele nunca faria isso" aquele garoto que era uma pessoa diabólica, não ela.

- Ótima história para contar aos nossos filhos, você tentou me matar antes de me beijar, pelo menos em Sr e Sra Smith eles se beijam antes de tentar matar um ao outro.

𝑫𝑬𝑳𝑰𝑪𝑨𝑻𝑬 // 𝘗𝘈𝘉𝘓𝘖 𝘎𝘈𝘝𝘐 Donde viven las historias. Descúbrelo ahora