'O Sole Mio

1.8K 249 463
                                    

Boa noite!Oficialmente começando a quarta edição da Kashiweek! Uma semana inteira de conteúdos diversos (Teremos Drarry e Andreil!)

Boa leitura!

15 – 'O Sole Mio

Em um mundo ideal, as pessoas seriam movidas pela racionalidade, e tomariam decisões baseadas naquilo que era correto.

Em um mundo ideal, Neil Josten teria percebido como era perigoso despertar atração física por Andrew Minyard, seu humano, canção e perdição.

Neil teria se assustado ao descobrir que sentia muita curiosidade por aquela energia fascinante que surgia em todo seu corpo quando se pegava encarando aqueles olhos dourados. Ele teria percebido o caminho convidativo de uma armadilha, e teria sido ponderado.

Em um mundo minimamente correto, Neil criaria vergonha na cara e não iria tornar a se aproximar ou se colocar em situações tão arriscadas.

O mundo era uma droga, no entanto.

E por isso Neil tinha um sorriso aberto demais ao bater na porta cinza, enquanto afundava o dedo na campainha de Andrew cerca de quatro segundos depois de Kevin e Wymack saírem daquela casa.

Neil havia sido torturado pelo próprio pai, lidou com vários problemas físicos e emocionais irreparáveis, e tinha um segredo infalível para lidar com tudo isso:

Não lidar com nada disso.

Apenas agarrou toda a frustração que sentia, mesclada com aquela sombra perversa de um desejo obscuro recém descoberto, esmagou sobre todos seus outros problemas e a empurrou para um espaço obscuro dentro da própria mente onde nunca entrava.

Bem, Andrew sonhou com ele, de novo. Andrew sonhou que eles se beijavam. Andrew sonhou que Neil percorria a boca por todo seu pescoço antes deles se beijarem realmente de forma intensa pressionados juntos em uma cama...

Mas o que isso mudava para Neil? Nada. Ele decidiu que isso não significava absolutamente nada. Era apenas um sonho.

Um sonho como qualquer outro. Era apenas questão de perspectiva.

Ele havia ido caçar no meio da madrugada, depois foi correndo para casa tomar banho e ignorar todos os irmãos com seus assobios e piadas sobre ele passar o dia com Andrew, e ficou esperando no carro até poder se aproximar.

Absolutamente nada estava diferente para Neil hoje.

Ele ouviu os passos irritados e os bufos pela casa. Ouviu o resmungo insatisfeito de 'Coelho infernal', e então a porta se abriu de forma ríspida e irritada.

Ah, e lá estava Andrew.

Neil sempre achou que tinha boa memória, mas absolutamente todas as vezes se surpreendia com algo nele, que parecia não ser tão perfeito em suas memórias.

– Oi Drew! – Disse com um sorriso aberto, vendo toda a irritação irradiando dele, enquanto lhe encarava com aqueles olhos dourados.

Andrew apenas o olhou, e parecia ser um daqueles momentos onde se perguntava algo que Neil sabia responder.

– Não sou uma alucinação – Disse, o sorriso bem aberto. Ele realmente estava aprendendo a ler seu humano.

– Seria sorte demais, se você fosse – Ele reclamou, ainda parecendo com a linguagem corporal duvidosa. Ele estava com as braçadeiras, e uma blusa preta que fazia seu tronco parecer maior. Destacava os braços musculosos dele, e Neil se recusava a perceber o fato de que esse tipo de camiseta passou a ser mais frequente desde o dia em que cometeu a falha de mencionar que acha os braços dele ok.

Canção da Morte || ANDREIL Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ