• running down to the riptide •

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- Não é tão ruim, e você escuta coisa pior - bufa fazendo biquinho - eu só achei que seria uma boa ideia tá legal? Eu não sou a pessoa de nós dois que tem as melhores ideias.

- Eu gostei da ideia - responde seriamente encarando os olhos castanhos do jogador que estão desviando dos seus com vergonha - mas eu não sei se você lembra mas estou pobre agora, gastei todo meu dinheiro com a casa e com as músicas, não sei se vou ter dinheiro para ir e voltar de avião para Madrid.

- Você não precisa, vamos daqui direto para Sevilha.

- Mas e Cassillas?

- Céus, eu realmente gosto do Cassilas por aquela copa do mundo mas que nome horrível para o gato - resmunga o jogador arrancando uma risada da menina que dá um leve soquinho em seu peito - eu pago tudo, a ida para Madrid, a volta e as coisas em Sevilha.

- Você é muito jovem para ser um sugar daddy - diz a garota sorrindo.

- Então, o que você me diz?

O jogador mais novo não sabe mas ele tem um sorriso infantil que é o ponto fraco de Daisy, quando ele dá aquele pequeno sorriso com dentes pequenos e lábios rosadinhos ele é capaz de fazer a cantora mais velha ceder em qualquer coisa, o tipo de poder que a morena não estava pronta para ser usado contra si.

- Eu não quero que você gaste seu dinheiro comigo.

- Você gastou comigo em Girona.

A verdade é que para Daisy é extremamente difícil deixar as pessoas gastar com ela como seu pai fazia, ela admite que tem um pingo de receio de não ser algo genuíno e a pessoa jogar isso na cara dela todo dia e toda hora, ela realmente tem que falar sobre isso para a sua terapeuta.

Daisy ama poder pagar as coisas para as pessoas, ela passou a vida toda acreditando que se ela tinha muito dinheiro era para poder gastar com as pessoas que ama para fazer aquilo que gosta, então ela nunca se sentiu como se estivesse "gastando" e sim "pagando" existe uma diferença nisso.

Mas ela não quer arruinar o ânimo do garoto com isso.

- Tudo bem, nós vamos ver o que fazemos, tem tempo ainda - responde a garota sorrindo para o jogador.

- Vamos embora daqui amanhã de noite, não temos tanto tempo - resmunga o jogador mas ele já tem um sorriso no rosto porque sabe que a garota topou ir.

- Nós somos bons em fazer as coisas no calor do momento.

- Você é boa nisso - murmura arrancando uma risadinha da garota - eu só sigo o fluxo mesmo quando acho que você vai matar nós dois.

- Dramático - resmunga.

É duas da manhã e Ferran e Sira estão no karaoke improvisado cantando Vienna do Billy Joel, Pedri tem Elizabeth deitada entre suas pernas com a cabeça em seu peito enquanto grava a dupla cantando na batalha de pontuação para quem canta melhor.

- Tá com os tomates aí? - sussura Daisy para Gavira que sorri malvadamente assentindo com a cabeça.

- Vai jogar agora? Achei que ia esperar mais um pouco.

- Eles estão estragando uma das minhas músicas favoritas e ainda me fazendo querer ser surda.

A dupla pega o tomate escondido na caixa de frutas que eles compraram e esconderam debaixo do pequeno sofá do próprio barco e de forma rápida para nenhum da dupla a sua frente notar que eles estavam mirando em si com algo, o falso casal acertar a fruta na dupla do karoke.

𝑫𝑬𝑳𝑰𝑪𝑨𝑻𝑬 // 𝘗𝘈𝘉𝘓𝘖 𝘎𝘈𝘝𝘐 Where stories live. Discover now