Marcha Fúnebre

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Boa leitura rs


11 – Marcha Fúnebre

Neil sabia que seria interessante ir tomar sorvete com Andrew e Kevin.

Ele esperava que pudesse ir apenas com Andrew, claro, mas havia convidado o outro, e estava tentando imaginar como fazer disso algo casual. Não queria deixar Day perceber o quanto era maluco ao redor do Minyard bonito.

A sorte de Neil era Kevin ser focado apenas e unicamente em Exy.

Ainda assim, ele precisava se acalmar, e por isso decidiu recolher as bolas que usaram no treino e estavam espalhadas pela quadra, para dar tempo de Andrew sair daquele vestiário abafado. Não queria arriscar tanto o próprio autocontrole.

Queria ir toamr um banho agora, mas não era idiota de entrar naquele vestiário nesse momento. Precisava ser mais consciente das coisas que faziam o cheiro dele soar mais intenso, e aprender e compreender ele melhor.

Neil já havia guardado quase tudo quando Kevin saiu de lá vestido e de banho tomado. Pareceu surpreso de ver Neil ainda ali, e cruzou os braços.

– Se apresse, ou ele vai se irritar. Andrew não é paciente quando se trata de sorvete.

Ele respirou fundo, ouvindo através das paredes. O som do chuveiro já não estava mais ligado dentro do vestiário, e ele achou que parecia seguro entrar lá sem respirar.

Ainda assim, caminhou devagar naquela direção, soltando o ar aliviado ao ver Andrew sair de lá, com o maço de cigarros na mão. Apenas ignorou a presença de Neil e marchou para fora, e isso o permitiu correr para o vestiário para um banho rápido. Não é como se estivesse suado depois de jogar, porque essas coisas não lhe aconteciam, mas eram hábitos humanos que gostava de manter.

Não demorou, no entanto. Estava curioso para passar tempo com Andrew e Kevin. Sentia que não entendia aquela dinâmica o suficiente, e se Kevin estivesse lá, então talvez não ficasse óbvio o quanto Neil estava trocando qualquer coisa possível por mais tempo com o loiro.

Isso o fez lembrar de quando dizia que iria se manter distante e jamais ficar sozinho com Andrew, e se perguntou quando se perdeu no personagem que havia decidido criar.

Ele caminhou para fora, procurando pelos dois, que não estavam na quadra. Passou a bisbilhotar as mentes dos alunos, se perguntando se alguém havia visto qualquer um deles, mas seguiu para o estacionamento. Andrew estava recostado no muro fumando, e Kevin apenas o encarava em reprovação.

– Vamos? – Questionou, apenas fazendo um gesto com a cabeça para eles e continuou caminhando na direção do próprio carro, ignorando os irmãos todos reunidos ao redor do carro de Matt lhe encarando com malícia.

Allison já havia contado a todos eles sobre Andrew ser gay. Isso fez Neil sentir o sangue ferver, erguendo os olhos para Renee, que fielmente acreditava que Andrew havia lhe contado porque queria que ela dissesse a Neil.

Ele entrou no carro, pensando que precisava falar com Andrew e dizer que não fora da parte dele aquela ideia insava de falar com ele sobre a festa idiota que todos iriam.

Andrew entrou no carro, o cheiro de cigarro mentolado seguindo seus passos ao sentar no banco ao lado, que Kevin não parecia satisfeito de entrar atrás. Estava pensando sobre o fato de ser mais alto e fazer sentido que sentasse na frente, ainda mais porque Andrew só reclamava de Neil e não deveria querer ficar próximo.

– Andrew me disse que você conseguiu marcar um gol nele – No entanto, foi o que disse, se inclinando para frente, e Neil virou a cabeça para trás, surpreso.

– É. Um em vinte e seis.

– É um feito bom, para principiante! Quando ele decide não deixar, até um dos bons pode sofrer.

Canção da Morte || ANDREIL Where stories live. Discover now