Capítulo 54 :

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À noite, ao entrar na nossa cabana com Isabella adormecida, já que descarregou toda sua bateria após brincar bastante e termos feito um bom passeio pelo vilarejo, para entrar no clima, sigo atrás de Arthur, que sumiu há dez minutos dizendo que precisava fazer uma ligação, após deixar Isabella adormecida no seu conjugado. E ao adentrar o nosso na esperança de vê-lo ali, encontro apenas um bilhete em cima da cama, grampeado numa sacola da Dolce & Gabbana. Curiosa, o arranco para ler.



"Vista o presente e me encontre no deck às oito! Não se preocupe, contratei uma babá para ficar com nossa filha, ela chegará em breve" Assina: Seu marido gostosão!




Sorrio extasiada querendo saber qual vai ser a surpresa, percebendo que falta pouco tempo para o horário marcado, e vejo o lindo vestido floral que combina perfeitamente em mim, e, ansiosa, me arrumo, finalizando o look praiano com uma flor na orelha. Logo uma moça chega para ficar com nossa filha e lhe passo as recomendações caso ela acorde. Checo se Isabella está bem. Ela continua adormecida feito uma pedra e sigo pela areia, numa caminhada pela beira-mar ainda movimentada, mal me aguentando para encontrá-lo. Arthur está cheio de surpresas ultimamente! Várias cartas na manga!



Passo pelos quiosques movimentados até chegar ao deck onde ele pediu para me encontrar, mas não encontro nada. Olho para o horizonte na ponta e não vejo sinal de nada, tudo escuro. Olho no meu pulso vendo que são oito horas, como ele me pediu para vir. Meus olhos são tapados e me sobressalto de susto, mas reconheço seu cheiro e o peso da sua mão na minha cintura.



Carla: Que susto, Arthur! — Me viro e o encontro bronzeado com uma roupa de linho azul quase do tom do mar. Ele sorri amplamente com seus dentes brancos perfeitos, que praticamente tocam as orelhas. Ele é totalmente perfeito.




Arthur: Vamos! — Beija minha bochecha enquanto oferece o braço e eu aceito.



Carla: O deck tá deserto...




Arthur: Aham! — Ele parece não se importar.



Seguimos juntos até a ponta e conforme andamos as luzes sensoriais do estreito corredor de madeira vão se acendendo, iluminando tudo por onde passamos, até que chegamos ao nosso destino final, o deck coberto com o teto de madeira, como uma cabana, que, além das luzes sensoriais, tem pétalas no chão e pequenas tochas em torno, trazendo uma iluminação bem discreta que de longe eu não havia enxergado. Eu vou prestando atenção em cada detalhe, até que vejo uma mesa com duas cadeiras e um balde de gelo com espumante. E uma musiquinha suave toca vindo não sei exatamente de onde. Uau! Um jantar romântico digno de cinema! Extremamente chique!




Carla: O que é tudo isso, Arthur? — busco respostas para a surpresa que estou tendo.




Ele faz uma reverência, totalmente cavalheiro, e eu fico estática pela surpresa fenomenal, nem nos meus melhores devaneios me imaginaria em tal situação com ele. Arthur abre espaço na cadeira para que eu me sente e eu agradeço, ficando próximo dele, que sorri examinando cada reação minha.




Arthur: Bem-vinda à sua noite, loirinha!



Estoura o espumante sem álcool geladinho e me serve só um pouquinho para brindarmos, num início de noite que sei que vai acabar da melhor forma possível! Trocamos carícias por cima da mesa, e me sinto irrevogavelmente encantada por tudo que ele planejou, encarando o belo deus esculpido bem à minha frente, que me faz tão feliz ultimamente! Uma surpresa perfeita! Um garçom, que provavelmente Arthur contratou de algum desses quiosques para uma noite particular nossa, nos serve a entrada, as iguarias à base de frutos do mar, como todo o cardápio.




E como não há nada tão perfeito que não possa melhorar, Arthur me chama para a sacada de madeira, de frente para a imensidão do mar escuro que sequer dá para ver onde ele termina e começa o céu. O céu começa a clarear, numa explosão de fogos de artifício coloridos. Um show pirotécnico de luzes e formatos, predominando os corações, e mal escondo o meu encantamento, abraçada pelas costas com seu próprio corpo, como uma proteção. Mal desgrudo meus olhos da imensidão para não perder um segundo do espetáculo!




Arthur: O céu está em festa por nós! — Arthur se mostra empolgado.




Carla: Acho que estou sonhando! — sussurro descrente, mal podendo acreditar.




Arthur: Não está. Lembra que foi aqui onde tudo começou? — Encaro seus olhos. — Pena que não conseguimos alugar a mesma cabana aonde fizemos a Isabella!




Carla: Você tem tanta certeza que foi na cabana? — pergunto lembrando daquele dia específico. — Pode ter sido na sauna. — sorrio e ele sorri no modo cafajeste.




Arthur: Se você já não estivesse grávida, eu iria te engravidar hoje! — Gargalhamos.




Agarro seu pescoço, sendo contemplada pelo seu sorriso intenso. Sexy pra caralho o meu marido! Acho que se melhorar mais um pouco, estraga!




Após o jantar carregado de tensão sexual, voltamos para a nossa cabana feito dois adolescentes, correndo pela areia de mãos dadas e mal se contendo de riso frouxo, mas quando chegamos o clima voltou a ser de extrema luxúria, e após liberar a moça que ficou com nossa filha, recebo um beijo intenso e instigante, transpassando o nível de necessidade que ele tem sobre mim. Enrosco minhas pernas na sua cintura quando ele me eleva pelo quadril, me imprensando na parede mais próxima, num tocar de lábios molhados e safados. Arthur me joga na cama e eu caio, sorrindo libidinosamente, o vendo arrancar a camisa para vir por cima, beijando minha boca com ardor. Correspondo com a mesma intensidade.




Sua língua quente explora minha boca, com calma, chupando meus lábios lentamente, explorando cada centímetro, sem pressa, brincando com meu tesão com muita luxúria, me atiçando e gerando um beijo mais quente e intenso. Seus lábios descem para meu pescoço e firmo minhas unhas na sua pele com descontrole, e vou descendo, tentando pôr a mão por dentro da sua bermuda, o trazendo para mais perto, entre minhas pernas. Eu não tenho dúvida de que ele é o homem da minha vida, sabe como me enlouquecer ardilosamente. E eu gosto! E não demora para que nos víssemos sem quaisquer peças de roupa, encaixados, empurrando todo em mim, fazendo vibrar todo o meu corpo.




Suspendo minhas pernas para abraçar seu quadril, e uma das suas mãos vem apertando minhas coxas, enquanto trocamos beijos intensos. Apesar de Arthur estar sendo mais romântico, com beijos calmos e mais longos e não abandonar meus olhos em momento algum, parece que hoje foi diferente e a vulnerabilidade que estávamos deixou tudo mais intenso. Não deixou de ser animalesco em todas as suas nuances. Eu definitivamente nasci para ser dele como ele é meu!


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