Intouchables

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FELIZ ANIVERSÁRIO DEB! Te amo vida!

Espero que gostem desse capítulo tanto quanto eu!

Rs

Boa leitura!

6 - Intouchables

Neil ouviu quando os passos silenciosos demais se aproximaram dele, e também quando alguém subiu no telhado onde estava.

Sua vida agora se resumia a ser um fantasma que assistia Andrew dormir e um completo idiota que ficava no telhado da casa dele quando se sentia oprimido demais diante da presença do loiro adormecido.

– Vem pra casa, Neil – Matt disse baixinho, sentando ao seu lado e ele se quer ergueu os olhos da lua que encarava.

– Estou bem aqui.

– Eu te prometo. Ninguém mais está com ideia de machucar ele depois que Stuart disse para ficarmos longe.. Você não precisa erguer acampamento no telhado da casa de Andrew.

– Estou bem, Matt – Insistiu, vendo como ele parecia frustrado.

– Eu... não contei para os outros. Sobre o que significa a visão – Ele sentiu necessidade de esclarecer, embora Neil já soubesse.

Quando saiu de lá atordoado após discutir com todos, sabia que Matt não iria lhe trair e contar o que a visão de Andrew transformado significava.

Neil não iria apenas transformar ele, porque isso seria fácil demais.

Iria se apaixonar por ele primeiro.

Neil, que nunca teve nada. Neil que nunca quis nada.

Neil simplesmente iria olhar algum dia para aquele cara de um metro e meio, e estaria apaixonado. Iria gostar de ouvir a voz dele, gostar de ser o que recebia aqueles olhares gelados, iria realmente gostar daquele cara tão antipático, que gostava de sorvete e de irritar Kevin.

Ele estava há horas ali, pensando no que olharia e veria em Andrew. O que o faria mudar sobre isso, e... porque.

Matt percebeu que ele precisava de espaço, e saiu dali depois de alguns minutos, sem dizer nada mais. Seus pensamentos refletiam preocupação e um pouco de dó. Era o que todos pensavam. No quão miserável ele se tornaria ao enrolar sua existência na vida frágil de um humano.

Neil passou grande parte da noite ali, e apenas quando estava para amanhecer, é que se deu por vencido e foi para casa.

Ele não encontrou ninguém pelo caminho, e isso foi ótimo. Lhe deu tempo para tomar um banho breve, e já sentir ansiedade para voltar. Não havia pego qualquer coisa com cheiro de Andrew hoje, pensando que aguentava tranquilamente aquela agonia torturante por alguns instantes antes de vê-lo na escola.

Respirou fundo ao decidir ir em outro carro. Apenas pegou as chaves do masserati da garagem, um presente que ganhara de Stuart, e foi para a escola.

Era realmente difícil entender como traçar limites. Estava claro para ele que não iria se afastar de Andrew. Mas ao não se afastar, iria se aproximar demais. Era perigoso.

Neil nunca se imaginou apaixonado. Não tinha acontecido para ele nem na vida humana, e nem na imortalidade. Era só... algo que não fazia sentido e ele estava bem vivendo sem.

Ele conhecia as visões de Matt. Sabia que eram subjetivas enquanto a decisão permanecesse. Então Neil havia decidido que não iria se apaixonar por Andrew. Iria bloquear tudo isso.

Era absolutamente capaz de conviver com Minyard sem se apaixonar por ele.

Assim que chegou na escola, Neil estacionou o carro, ignorando os irmãos amontoados próximo do carro de Matt e entrou no prédio, passando pela mente de cada aluno em busca dos monstros. Precisava passar perto deles e ver se despertava algum comentário.

Canção da Morte || ANDREIL Where stories live. Discover now