• Continua o mesmo garoto gentil

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Em uma nova vida, em Nova York, um reencontro inesperado ocorre, tudo isso depois de anos naquela escola tradicionalista que prendia os garotos para se tornarem 'homens'. Eu vivia em uma kitnet e nunca consegui me tornar o que meu pai tanto queria: um doutor. Libertei-me das garras dele alguns anos depois de Welton; eu era tão sufocado. Mas quando fiz isso, percebi que não tinha sonhos.

Não tinha vontades, porque nunca me deixaram sonhar. Fiquei perdido. Gostava de poesia, mas nunca achei que ela fosse suficiente. Em meus anos de vida, só pensei nisso uma vez, quando tinha meus 17 anos, e não durou muito.

Sendo mais honesto, depois de Keating ser demitido e a expulsão de Nuwanda, bom, você sabe o que aconteceu com Neil, e eu não preciso lembrá-los.

Passei meus anos em Welton como se meus sentimentos não importassem. Por um bom tempo, achei que ninguém estava lá para mim. Para me provar o contrário, eu me fechei completamente. Se antes eu não falava, agora era pior ainda. Às vezes, Knox ia no meu quarto e dizia coisas como 'Quer desabafar, Todd?' 'Eu ainda estou aqui.' Ele estava tão mal quanto eu, mas, ao menos, ainda tinha Chris, Peets e Meeks.

Não me destaquei. Nem queria. Aquele lugar já não fazia mais sentido. Não havia sociedade, não havia poesia, não havia poetas. Mas algo realmente estava morto em mim.

Desistindo do meu falso euWhere stories live. Discover now