Tom terminou seu uísque e convocou sua varinha para ele.

- Tom, o que você vai fazer?- Harry questionou, sentindo seu coração acelerar enquanto o medo o dominava. Medo do que ele não conseguia determinar, mas sabia que não queria que Tom saísse do quarto agora. Tom não estava com a cabeça certa para ir a lugar nenhum.

Tom não respondeu. Em vez disso, ele se aproximou e passou os dedos pelo cabelo de Regulus uma vez antes de dar um beijo ali. Regulus não se incomodou em se mover de onde ainda estava enterrado contra Harry. Como se Harry fosse algum tipo de barreira física contra os horrores do mundo e, de certa forma, Harry era, sempre foi. Apenas para Regulus, Harry o protegeria de bom grado de todas as coisas malignas que surgissem em seu caminho.

Quando Tom se levantou e se virou para ir embora, Harry estendeu a mão e agarrou seu pulso.

- Tom, espera. Onde você está...o que você vai fazer?- era inútil perguntar para onde Tom estava indo. Em seu coração, Harry já sabia.

Tom fez uma pausa, mas não se virou.

Harry sentiu como se algo estivesse preso em sua garganta, e era difícil pronunciar as palavras.

- Não...

Tom virou-se para olhar para ele, o rosto inexpressivo, mas os olhos vermelhos e a magia tão escura que era sufocante.

A mente de Harry parou no que ele estava tentando dizer. Não o quê? Não vá? Não os machuque? Não os mate? Harry sabia que não havia como impedir Tom de fazer qualquer uma dessas coisas agora. Pior ainda, Harry não tinha certeza se queria. Eles mereciam. Ele era apenas uma criança, e eles mereciam isso.

- Não seja pego.- Harry finalmente decidiu.

Tom sorriu, mas não de uma forma reconfortante. Foi um sorriso afiado e cruel, e era o mais perto que Harry já tinha visto Tom chegar da maldade real. Tom se inclinou novamente, beijando-o suavemente na testa por um longo momento.

Harry pressionou contra ela. Ele queria agarrar Tom e puxá-lo de volta para a cama ou segui-lo e garantir que nada de ruim acontecesse, mas ele tinha Regulus em seus braços e sua mente e corpo estavam em guerra sobre o que fazer.

- Fique.- Tom ordenou, tomando a decisão de Harry.- Descansem um pouco, meus queridos. Voltarei antes de vocês acordarem.- os dedos de Tom roçaram o lado do rosto de Harry, e Harry podia sentir Regulus já suspirando no sono. Se Regulus acreditava, então quem era Harry para questioná-lo?

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Como prometido, quando Harry abriu os olhos, Tom estava lá. Sentado em silêncio ao lado da lareira e olhando para os nomes em seu pulso. Em algum momento, Harry e Regulus se mexeram durante o sono até ficarem de lado, e Harry estava abraçando Regulus por trás.

Harry só se permitiu um momento para aproveitar a sensação, enterrando o rosto na nuca de Regulus e respirando profundamente antes de apertar Regulus gentilmente uma última vez e se afastar.

Regulus fez um barulho suave de protesto, mas não acordou quando Harry se levantou da cama e o cobriu de volta. Ele caminhou até onde um manto já estava esperando por ele.

- Você deveria dormir um pouco também.- disse ele, deslizando sobre o tecido, sem vergonha enquanto os olhos de Tom se moviam ao longo de sua pele até que ela estivesse coberta.

- Não vai me perguntar onde eu estive? O que eu tenho feito?- Tom questionou, observando Harry enquanto ele se aproximava e se sentava em frente a ele.

Harry olhou para as chamas dançantes por um longo momento, ponderando sobre isso, mas então decidiu que não, ele não se importava em saber.

- Eu sei para onde você foi e sei que você está aqui. Onde você prometeu estar. Não preciso saber mais do que isso.

Marcas Inegáveis Onde as histórias ganham vida. Descobre agora