Dying- Carl Gallagher fanfic

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oi gente, desculpa a demora, acabei minha semana de prova da faculdade hoje e esse final de semana vou viajar, entao muito provavelmente ira sair muitos e muitos cap pra vcs 🤙🤙

Emma Brooks 

A luz néon piscando sem parar nesse galpão abandonado fazia minha visão ficar turva e minha cabeça doer, eu nao tinha a mínima noção de quem dia era ou se era dia ou noite, eu apenas sentia uma vontade imensa de ir para casa. ir para casa, deitar e ver tv com Liam, comer rosquinhas com Debs e principalmente, zoar o Frank com Carl.

  Eu nao sabia direito como tinha chegado nessa situação, eu apenas tinha chegado aqui. para ser mais sincera eu estava triste e magoada, com minha vida e com ninguém em específico. Tomas apareceu na minha porta, me oferecendo um pacotinho com pó branco e um sorriso galanteador, infelizmente, eu sempre fui uma patinha boba e eu nao queria mais ser a patinha boba e por minutos eu achei que finalmente ia deixar de ser otária e finalmente ia me sentir bem, ia me sentir especial.

  As pessoas ao meu redor pareciam estar em outro mundo, pareciam estar tão drogadas ao ponto de nao conseguir ao menos andar e dançar, pareciam apenas zumbis. Me virei mais uma vez olhando ao redor a procura de um banheiro, ou se tiver sorte uma saída. Eu nao me sentia confortável nesse lugar, nao me sentia confortável quando estava drogada, nao me sentia bem em estar agindo dessa forma. Mas aqueles cinco minutos, aaa... aqueles cinco minutos, os cinco minutos de paz, os cinco minutos onde a cocaína fazia efeito e meus neurônios deixavam de funcionar. Quando a minha única preocupação era cheirar a próxima carreirinha, minha única preocupação era apenas deixar o mundo exterior nao longe de tudo oq eu sentia, longe de mim.

   Minha escapatória era as drogas e eu não me orgulhava disso, não me orgulhava do que me tornei e sinto vergonha só de imaginar como minha familia reagiria se soubesse que rumo eu estou tomando.

-caralho- ouvi a voz de Tomas atras de mim- finalmente te achei, vou montar mais uma carreirinha no balcão do bar, vamos ate la- ele gritou por conta da musica e me puxou com força e autoridade.

-dessa vez eu não vou- falei ainda atordoada e com incerteza se era isso mesmo que eu queria.

-como não vai?- Tom me olhou incrédulo e talvez até um pouco irritado- pare de besteira vamos logo.- mais uma vez ele me puxou com força e outra vez eu recuei.

-olha tom, foi legal no começo mas agora eu preciso voltar para casa- falei passando a mão no rosto e coçando meu nariz que nessa altura do campeonato já ardia por dentro.

- pare de ser tosca Emma, sua família ao menos liga pra você- Tom falou em um tom de irritação, eu sabia que ele odiava ser contrariado.

-olha, eu não preciso da sua permissão para voltar pra casa- falei já me virando para ir embora.

- eles já desistiram de você Emma- ele disse em um tom sarcástico e raivoso- eles nao vao estar la quando você voltar, você agora é apenas uma drogada

-nao fale merda seu idiota- disparei com raiva empurrando ele para longe de mim, o que eu nao deveria ter feito ja que ele me agarrou com força pelos braços e me deu um soco no rosto me fazendo ficar atordoada.

-volte para aquela casa de merda com aqueles idiotas, não preciso de uma vadia aberta igual voce ao meu lado- disparou ele com raiva depois de me soltar no chão da festa- não espere que aquele traficante de merda esteja te esperando de braços abertos, ele sabe o quão suja voce é.

  as palavras de Tomas voavam pela minha cabeça sem parar, sera mesmo que eles virariam as costas para mim?

  por mais a aquela discussão fosse o mais tosca possível, eu senti as palavras de tom entrando nos meus pensamentos e me deixando cada vez mais atordoada sobre o assunto. Eu nao sabia em que momento sai da festa, ou
como cheguei tão rápido em casa, mas a única coisa q eu precisava era de um banho e muitas horas de sono.

...

  Depois de comer o suficiente para encher um caminhão e dormir o suficiente para um coma, eu finalmente resolvi voltar a minha realidade e encarar a escola. Não estava com nenhuma vontade de atravessar os portoes daquele lugar, muito menos de assistir alguma aula, mas como ja avia perdido algumas aulas e provavelmente muita matéria importante, era essencial minha presença.

  tentei cobrir o máximo que consegui meu olho roxo com maquiagem, e apesar de ser superficial a marca, meu coração ainda doía com o soco, nao porque eu esperava mais vindo de tom, mas sim, porque me deixei chegar nessa situação, eu me rebaixei a aceitar essa humilhação.

  As primeiras aulas foram tranquilas se assim posso dizer, ja que nao trombei com nenhum gallagher ainda, mas o que me preocupava era a hora do intervalo. isso sim me preocupava muito.